Pode parecer um absurdo
para Rui Rio, actual líder do PSD, mas eu acredito que mais cedo ou mais tarde,
senão houver uma reviravolta de políticas no Mundo, o Estado irá ajudar os
idosos que têm um animal de estimação ao invés de dar-lhes condições económicas
para o ter. E isto porquê? Porque o número de eleitores com animais de
estimação cresce drasticamente, nos lares portugueses há mais animais do que
crianças e estes estão a usurpar o seu lugar, o que torna esta opção, para além
de politicamente correcta, mais barata! Debaixo destes pressupostos
consigo compreender o que André Silva do PAN defende, ao dizer: “um
serviço público médico-veterinário de apoio a famílias carenciadas ou a
associações legalmente constituídas que acolhem animais”.
Sobre esta matéria, convém
lembrar aos políticos que as actuais campanhas de castração surtirão efeito no
futuro próximo, ao reduzir drasticamente o número de cães e gatos entre nós,
pelo que estamos a tratar de uma situação temporária, a menos que carreguemos
para dentro das nossas casas animais até aqui nunca vistos pela necessidade ou
ganância de um subsídio. Quer lhe chamemos SNS para cães e gatos ou não, a
ideia vai vingar, porque são os mais carenciados que se encontram mais apinhados
de animais de estimação e, como todos votam, todos são importantes. Contudo,
pergunto-me: porque tenho eu de pagar a livre e impensada escolha de uns tantos?
O que eu não quero é viver
debaixo de uma ditadura de minorias, porque a situação é esta: nunca se viu um
desprezo tão grande pela condição humana e uma militância tão aguerrida na
defesa dos direitos dos animais, como se a sobrevivência dos últimos obrigasse
à redução e ao sacrifício do número dos homens e o futuro da Humanidade pouco
importasse. Consigo compreender que fazer bem aos animais é bom para a humanidade,
mas nego-me a acreditar que o respeito pelos animais implique em perdemos o
respeito por nós próprios, penso até o contrário, se conseguirmos respeitar-nos
uns aos outros, com mais facilidade conseguiremos respeitar os animais. Não
obstante, independentemente de se chamar SERVIÇO
NACIONAL DE SAÚDE PARA CÃES E GATOS ou SERVIÇO MÉDICO-VETERINÁRIO DE
APOIO A FAMÍLIAS CARENCIADAS, a ideia vai vingar,
porque o mundo não anda para trás e adopção indiscriminada de animais não pára.
Para além das famílias carenciadas e das associações legalmente constituídas
para acolherem animais, penso que mais alguém, para além do PAN, irá a lucrar com isto, só que por lapso não me lembro quem.
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