Em LÜNEN, cidade alemã na
Renânia do Norte-Vestfália, a primeira cidade mundial suportada electricamente
por biogás, várias crianças brincavam às escondidas na noite de Sábado passado,
quando um homem de 21 anos passou por elas com dois Labradores atrelados. Ao
que tudo indica, um dos cães mordeu o casaco de um menino de 6 anos, atirou-o
ao chão e acabou por morder-lhe no abdómen. Apesar da criança ter ficado
gravemente ferida e de ter sido internada no hospital, o dono dos cães pôs-se
em fuga com os animais. Mais tarde a polícia conseguiu identificá-lo e interrogá-lo,
correndo agora o risco de vir a ser acusado por agressão negligente e falta de
assistência.
Como homem ligado ao mundo
da cinotecnia lamento que a maioria dos ataques caninos sobre humanos recaia
sobre os mais fracos – crianças e idosos. O acontecido em Lünen foi facilitado
pela noite e pelo tipo de brincadeira escolhida pelas crianças, que requer
ocultação e correria, recriando assim o comportamento de presas, modo pelo qual
foram entendidas pelos cães. A não ser que tenha sido surpreendido pela
passagem inesperada da criança ou ter passado por ela sem a ver, não compreendo
por que razão o dono não conseguiu segurar os cães. Somos adeptos da instrução
nocturna e somo-lo por duas razões: para reforçar a máquina sensorial dos cães
e prepará-los para um melhor desempenho diurno e nocturno a partir das
vantagens que a noite oferece. Como à noite qualquer cordeiro vira leão, penso
que foi isso que aconteceu com o Labrador agressor. Todavia, nada justifica a
fuga do seu dono.
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