terça-feira, 10 de setembro de 2019

OS SEUS MATARAM-NO E NINGUÉM É ACUSADO?

Há uma semana atrás em VICKSBURG, no Estado norte-americano do Mississippi, um CPA policial chamado THOR, de 8 anos de idade, morreu de calor dentro de um carro da polícia, onde permaneceu cerca de 30 minutos, quando a temperatura no exterior da viatura marcava 35º Celsius. Quando os agentes caninos são deixados dentro das viaturas automóveis, os seus parceiros da polícia local têm como procedimento deixar o motor ligado para garantir o funcionamento do ar condicionado, o que não aconteceu neste caso por razões ainda por divulgar. Certo é que DONNIE HEGGINS, homem que formava binómio com o Thor, reparou, tarde e a más horas, que o motor do seu carro estava desligado e que o seu parceiro se encontrava irremediavelmente às portas da morte. Viria a morrer ao chegar ao consultório do veterinário
No currículo do Thor constam mais de 60 detenções e muitas apreensões de droga. Para MILTON MOORE (na foto seguinte), Chefe da Polícia local, o “Thor foi também um animal, mas ele era acima de tudo um polícia", o que não é nenhuma novidade para ninguém, pois sabemos que um cão polícia não é um comum animal de estimação. Mas poderá o seu serviço desrespeitar a sua natureza e direitos ao ponto de o matar? Causar a morte a um cão é um crime público nas sociedades mais evoluídas? E se o Thor foi um polícia, por que razão não se abriu um inquérito para descobrir os responsáveis pela sua morte? Poder-se-á matar polícias a torto e a direito? O cão morreu inglória e estupidamente no cumprimento do seu dever, quem não cumpriu com o seu e acabou por matá-lo? O carro-patrulha é que não foi!
Como ninguém está acima da lei, aqui e onde quer que seja, vale a pena perguntar: quantos cidadãos foram alertados pela Polícia de Vicksburg para não deixarem os seus cães fechados em carros estacionados ao sol? Hesitaria esta polícia em partir o vidro da janela de uma viatura para valer a um cão em risco de perecer? Atendendo ao que foi, não foi feita justiça ao Thor!

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