quarta-feira, 11 de setembro de 2019

A EXPERIÊNCIA VAI COMEÇAR NO HOSPITAL EDOUARD-HERRIOT

Até ao final deste mês, a terapia assistida por cães será oferecida a certos pacientes em terapia intensiva no HOSPITAL EDOUARD-HERRIOT, em Lyon/França, como parte de um estudo experimental para provar os possíveis benefícios da terapia assistida por animais. A experiência será levada a cabo com pacientes estabilizados por ressuscitação, porque importa avaliar qual o impacto dos cães nos distúrbios de ansiedade desenvolvidos por estes pacientes em particular.
Os cães escolhidos serão convidados para mostrar as suas mais-valias terapêuticas durante algumas sessões diárias no CENTRO HOSPITALAR UNIVERSITÁRIO como parte do PROJECTO REANIMAL, que é apoiado pela FONDATION DES HOSPICES CIVILS DE LYON. O objectivo é medir o impacto da mediação canina nos transtornos de ansiedade dos pacientes internados em terapia intensiva, já que muitos deles ficam psicologicamente marcados pela sua passagem neste serviço.
Como a vida dos doentes sujeitos à terapia intensiva depende das máquinas e são admitidos em condições muito graves, muitos dos que conseguem superar as suas dificuldades são acometidos de um transtorno de ansiedade (entre 30 a 70%), como se fossem agredidos ou tivessem participado em alguma guerra. Os médicos esperam que a terapia assistida por animais possa ajudá-los a superar esta provação.
Apesar da mediação animal existir há muito tempo, em oncologia, pediatria ou geriatria, e de ter sido detalhada na literatura médica, o seu impacto real no paciente nunca foi objecto de um estudo genuinamente científico. Na realização deste estudo serão escolhidos dois grupos de pacientes voluntários. Um deles estará em contacto com cães, com o programa, jogos, carícias e interacções, o segundo grupo não, o que permitirá ver se os pacientes estarão menos ansiosos ou não com ou sem contacto com os cães.
O segundo objectivo do estudo é demonstrar que, com as medidas apropriadas, a chegada de animais ao hospital é viável e segura para os pacientes. Foi solicitado à ESCOLA VETERINÁRIA DE MARCY l’ETOILE que participasse do projecto e seleccionasse cães com comportamento adequado, saudáveis e tratados (desparasitados, etc.). A gerência dos Hospices Civils de Lyon e o Centro de Combate às Doenças Hospitalares concordaram que o projecto deveria ser realizado dentro do hospital. Daqui a dois anos, as equipas médicas farão um balanço da terapia assistida por animais. 
Se o resultado for o esperado, outros hospitais seguirão o exemplo do Edouard-Herriot, não só em França, mas em todo o mundo. Oxalá a terapia assistida por animais seja cientificamente comprovada, a bem dos doentes e em prol dos cães.

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