Até ao final deste mês, a
terapia assistida por cães será oferecida a certos pacientes em terapia
intensiva no HOSPITAL
EDOUARD-HERRIOT, em Lyon/França, como parte de um estudo
experimental para provar os possíveis benefícios da terapia assistida por
animais. A experiência será levada a cabo com pacientes estabilizados por
ressuscitação, porque importa avaliar qual o impacto dos cães nos distúrbios de
ansiedade desenvolvidos por estes pacientes em particular.
Os cães escolhidos serão
convidados para mostrar as suas mais-valias terapêuticas durante algumas
sessões diárias no CENTRO
HOSPITALAR UNIVERSITÁRIO como parte do PROJECTO REANIMAL,
que é apoiado pela FONDATION
DES HOSPICES CIVILS DE LYON. O objectivo é medir o impacto da
mediação canina nos transtornos de ansiedade dos pacientes internados em
terapia intensiva, já que muitos deles ficam psicologicamente marcados pela sua
passagem neste serviço.
Como a vida dos doentes
sujeitos à terapia intensiva depende das máquinas e são admitidos em condições
muito graves, muitos dos que conseguem superar as suas dificuldades são
acometidos de um transtorno de ansiedade (entre 30 a 70%), como se fossem
agredidos ou tivessem participado em alguma guerra. Os médicos esperam que a
terapia assistida por animais possa ajudá-los a superar esta provação.
Apesar da mediação animal
existir há muito tempo, em oncologia, pediatria ou geriatria, e de ter sido
detalhada na literatura médica, o seu impacto real no paciente nunca foi objecto
de um estudo genuinamente científico. Na realização deste estudo serão
escolhidos dois grupos de pacientes voluntários. Um deles estará em contacto com
cães, com o programa, jogos, carícias e interacções, o segundo grupo não, o que
permitirá ver se os pacientes estarão menos ansiosos ou não com ou sem contacto
com os cães.
O segundo objectivo do
estudo é demonstrar que, com as medidas apropriadas, a chegada de animais ao
hospital é viável e segura para os pacientes. Foi solicitado à ESCOLA VETERINÁRIA DE MARCY l’ETOILE que
participasse do projecto e seleccionasse cães com comportamento adequado,
saudáveis e tratados (desparasitados, etc.). A gerência dos Hospices Civils de Lyon
e o Centro de Combate às Doenças Hospitalares concordaram que o projecto deveria
ser realizado dentro do hospital. Daqui a dois anos, as equipas médicas farão
um balanço da terapia assistida por animais.
Se o resultado for o
esperado, outros hospitais seguirão o exemplo do Edouard-Herriot, não só em
França, mas em todo o mundo. Oxalá a terapia assistida por animais seja
cientificamente comprovada, a bem dos doentes e em prol dos cães.
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