segunda-feira, 30 de setembro de 2019

LÁ PORQUE NÃO MORDE, PODE ANDAR À SOLTA?

Em Pullach, município da Alemanha, no Distrito de Munique, na região administrativa de Oberbayern, no Estado da Baviera, onde funciona uma das sedes do Bundesnachrichtendienst (serviço federal de Informações, um suíço de 54 anos caiu da sua bicicleta, na passada Sexta-feira, pelas 14 horas, ao evitar atropelar um Bernese que se atravessou na sua frente.
O ciclista voou por cima do guiador da bicicleta e acabou por fazer o pino. O cão nada sofreu, o homem fracturou um cotovelo e o nariz, foi parar a um hospital de Munique e a sua bicicleta ficou toda espatifada, conforme se pode ver abaixo.
Há por aí muita gente que entende soltar o seu cão na via pública, à revelia da lei, só porque o animal não morde, como se ele não pudesse concorrer para acidentes como aquele que acima descrevemos.
Um cão, por mais pequeno e inofensivo que seja, quando descontrolado ou desnorteado, pode atirar fatalmente alguém ao chão ou provocar um grave acidente de trânsito, consequências que os seus donos, normalmente adeptos do nacional-porreirismo, não alcançam de imediato, quiçá fiados na vista grossa da polícia, na Virgem ou na convicção de que Deus é português. Depois admiram-se que há horas do diabo, cavalheiro que costuma ter as costas tradicionalmente muito largas.

APROVEITE OS VOOS LOW COST E VÁ ATÉ MILÃO

Aproveite os voos low cost, conheça Milão e vá até à MILAN PET WEEK, que começou no dia 28 e que se estende até Domingo dia 6 de Outubro. São 7 dias de eventos dedicados a animais com workshops, reuniões, eventos culturais, lúdicos, artísticos e comerciais das metrópoles italianas mais amigas dos animais, uma oportunidade esplêndida para se manter actualizado acerca do que ali é feito a pensar nos animais de companhia. Se quiser e puder, boa viagem!

SÓ PODIAM ESTAR A GOZAR E … ESTAVAM!

Há coisas que acontecem com maior incidência na República da África do Sul, onde o combate contra a ignorância parece perdido e a violência contra as mulheres não pára de aumentar. Segundo faz saber o “PRETORIA NEWS”, jornal sediado na capital deste país africano, uma mulher foi a uma esquadra de polícia em Mamelodi, uma cidade a leste de Pretoria, para apresentar queixa contra o seu parceiro, que é também pai do seu filho, por a ter abusado durante algum tempo. Duas semanas antes de apresentar queixa, ela foi violentamente espancada e foi isso que a levou a queixar-se à polícia. Chegada à esquadra, os polícias nela presentes disseram-lhe que não podiam fazer nada, que procurasse outra esquadra, pois “tinham muito medo dos cães do indivíduo?!”. A resposta não agradou à queixosa e durante um curto espaço de tempo continuou a ir pedir auxílio àquela esquadra.
Até que um dia conseguiu entrar em contacto com um alto funcionário da polícia, que de imediato aceitou a queixa, pediu desculpa à mulher pelo comportamento deplorável dos seus colegas e que imediatamente procedeu à prisão do presumível agressor. A violência contra as mulheres continua a ser um grande problema na África do Sul e tem havido repetidos protestos contra este tipo de crime. Segundo dados oficiais, pelo menos 137 crimes sexuais são cometidos diariamente, na sua maioria contra mulheres. Somente em Agosto, diz que 30 mulheres foram mortas pelos maridos. No final do mês passado, um estudante de 19 anos de idade foi estuprado e espancado até à morte numa estação de correios da Cidade do Cabo. Alguns dias depois, uma praticante de boxe com 25 anos de idade foi morta a tiros pelo seu parceiro, um polícia.
O Presidente da África do Sul, Matamela Cyril Ramaphosa, diante dos manifestantes que se dirigiram à Cidade do Cabo em protesto no início deste mês, anunciou uma abordagem de tolerância zero no contexto dos desenvolvimentos recentes, ao dizer: “Basta, vamos agir” e “Homens que matam e estupram devem permanecer na prisão a vida toda." As promessas costumam ser levadas pelo vento e ventos há-os em demasia na África do Sul. Pode ser que sim, não se sabe é quando! De qualquer modo, porque o está feito, feito está, lamenta-se o desrespeito daqueles agentes policiais em relação à pobre mulher, que foi duas vezes desrespeitada e feita vítima – primeiro pelo companheiro e depois pela polícia. Depois disto, fico curioso em saber que requisitos pedirá a Polícia Sul-africana aos seus candidatos.

A BLASTOMICOSE ESTÁ A ATACAR EM FORÇA NO MINNESOTA

Os casos de uma doença fúngica séria e às vezes fatal em cães do Minnesota, Estados Unidos, estão a ultrapassar os gráficos previstos para 2019, uma vez que a BLASTOMICOSE espalha-se mais quando o clima se apresenta mais quente e húmido. Até agora já foram relatados às autoridades estaduais de saúde 170 casos de blastomicose em cães, um aumento de quase 50% em relação ao mesmo período do ano passado, ultrapassando o recorde anterior que era de 155 casos, estabelecido durante o ano inteiro de 2017. Apesar da exposição ao fungo acontecer logo na Primavera, é no final do Verão e durante o Outono que doença afecta mais cães (neste Verão esta doença fúngica atingiu também os humanos). É possível, ninguém descarta essa hipótese, que as alterações climáticas sejam responsáveis pelo aumento do número de casos, uma vez que os esporos de Blastomyces prosperam em solos húmidos com materiais orgânicos em decomposição, pelo que áreas densamente arborizadas são os principais pontos de surtos.
No Minnesota, os veterinários especulam que o grande aumento dos casos ficou a dever-se a eventos de chuva mais forte, responsáveis por altos fluxos de água e inundações, expondo assim os solos que carregam os esporos de fungos responsáveis pela blastomicose, uma vez que há muitos relatórios perto de riachos e rios que foram inundados nalgum momento do passado recente. Todavia, a Blastomicose também aparece em solos húmidos distantes de qualquer hidrovia e o número de casos relatados neste estado norte-americano tem aumentado quase todos os anos nas últimas décadas, não se sabendo ao certo se é por haver mais casos diagnosticados ou por haver mais esporos de Blastomicose no solo, ou ambos.
Blastomicose, também conhecida como Blastomicose Norte-Americana, Doença de Chicago ou Doença de Gilchrist, é uma doença pulmonar causada pela inalação de esporos do fungo Blastomyces dermatitidis; ocasionalmente, o fungo tem disseminação hematogénica, provocando doença extrapulmonar. Os sintomas são de pneumonia ou da disseminação para vários órgãos, em geral, a pele. O diagnóstico é clínico e/ou por meio de radiografia de tórax, confirmado por identificação laboratorial do microrganismo. O tratamento é feito com itraconazol, fluconazol, ou anfotericina B. Afortunadamente não temos Blastomicose em Portugal, o que é para nós uma óptima notícia. A doença é endémica na América do Norte e os sintomas típicos desta doença respiratória incluem: dor óssea, muscular e articular (principalmente no peito), tosse com ou sem muco escuro (castanho) ou com sangue, febre e suores frios, para além de perca de peso.
Depois de termos estragado (alterado) a natureza, parece que é chegada a hora de ela se revoltar contra nós, trazendo para homens e animais o agravamento das doenças já existentes e outras até aqui desconhecidas. Anima-me a esperança numa frase que sempre ouvi dizer: “entre mortos e vivos, alguém há-de escapar!” 

NOVA ZELÂNDIA: NO MELHOR PANO CAI A NÓDOA!

Se há um país onde se pode viver em paz e ser bem recebido, esse país é a longínqua Nova Zelândia, que este ano, a 15 de Março, foi surpreendida por um serial killer australiano, que matou 51 pessoas e feriu 49 junto à Mesquita de Christchurch e ao Centro Islâmico de Linwood. Este pioneiro e derradeiro ataque terrorista até ao momento naquele território, não encobre de maneira nenhuma o carácter afável dos neozelandeses, o civismo visível na sua sociedade e o bom funcionamento dos seus tribunais, bom funcionamento dos seus tribunais que se verificou no incidente que seguidamente vamos narrar, segundo o exposto pelo RNZ on-line.
Na cidade de Hamilton, a 4ª maior área urbana e a 7ª maior cidade do país, com aproximadamente 185.000 habitantes, situada na Região de Waikato, na Ilha do Norte, uma mulher foi condenada na semana passada, ao abrigo da Lei de Controle de Cães, a 1 ano de detenção domiciliar, a trabalho comunitário, ao pagamento de US $ 5.000 ao Conselho Municipal da cidade para cobrir os custos e proibida de possuir cães até 2023 (por 5 anos), em resultado do seu cão ter mordido, em Junho, uma mulher que convidou para a sua casa, que infelizmente nem à porta de entrada chegou. A vítima veio a ser hospitalizada e teve que receber um enxerto de pele. Ignora-se a sorte do cão, que em 2016 já havia sido classificado como perigoso em virtude de um ataque semelhante.
Estamos perante uma sentença justa e exemplar, de acordo com a gravidade dos factos e do dolo ocorrido. Esta foi também a opinião de Susan Stanford, primeira responsável pela educação e controlo de animais em Hamilton, que acerca desta sentença disse: “Levamos a segurança dos habitantes de Hamilton a sério. Este é um bom exemplo das medidas legais que podemos tomar para garantir que os donos cumpram as suas obrigações e sejam responsabilizados quando seus cães causarem sérios danos.” Apesar de não nos podemos queixar em matéria de ataques de cães, pena tenho eu que a Nova Zelândia fique tão longe da Europa!

WALLY CONRON: DE BOAS INTENÇÕES ESTÁ O INFERNO CHEIO!

WALLY CONRON, agora com 90 anos, foi o criador do LABRADOODLE (Híbrido de Retriever do Labrador com o Poodle) em 1989, quando trabalhava na ocasião para o GUIDE DOGS VICTORIA. Fê-lo para valer aos invisuais ou aos seus companheiros que eram alérgicos ao pêlo de cão, indubitavelmente debaixo de uma boa intenção. O problema da alergia dos homens foi de imediato ultrapassado, o da saúde dos cães é que não, porque há medida que o seu número aumentou, aumentaram quase na mesma proporção os seus problemas genéticos, responsáveis por cães doentes, o que levou Conron a dizer ao  podcast da Australian Broadcasting Corporation na semana passada: “ABRI UMA CAIXA DE PANDORA E LIBERTEI UM MONSTRO DE FRANKENSTEIN”, considerando a raça “UM ARREPENDIMENTO PARA A VIDA”. Antes de optar pela criação da raça, tanto Conron como os criadores que o seguiram, deveriam primeiro ter optado pelo despiste das doenças incapacitantes presentes nas duas raças, cuidado que lamentavelmente não aconteceu. Também os Cockapoos (Cocker x Poodle) e os Puggles (Pug x Beagle) evidenciam problemas de saúde semelhantes.
Este cuidado, intimamente ligado ao bem-estar dos animais, deverá ser abraçado sempre pelos canicultores, sejam eles amadores ou profissionais, cuja obrigação é produzir cães saudáveis. Como a maioria deles não procede assim, a menos que sejam obrigados, se você pretende adquirir um cão, informe-se primeiro das doenças que afectam a raça do indivíduo, exija a comprovação do seu despiste(1) e só depois adquira o animal. Se todos procedermos assim, estamos a lutar pela saúde, bem-estar e longevidade dos cães que queremos ao nosso lado e a garantir que os do futuro sejam igualmente saudáveis.
(1)Caso tenha essa possibilidade, porque o dinheiro corrompe, informe-se sobre a saúde dos familiares do cachorro em questão (directos e colaterais) e dos seus irmãos de outras ninhadas; aquilate das suas fragilidades (físicas, psicológicas e cognitivas), doenças geriátricas e longevidade, pois deverá saber aquilo que o espera e estar preparado.

LIVRE O SEU CÃO DO CORREDOR DA MORTE

Quisemos voltar ao tema depois de lermos hoje uma notícia no GUARDIAN OF TRINIDAD & TOBAGO que dava conta do drama de DEXTER NICHOLLS e família, um proprietário rural em Cumuto, cidade que outrora fez parte da base do exército americano conhecida como Fort Read ou Wallerfield e que foi alugada ao abrigo do acordo “DESTROYERS FOR BASES”. Nicholls produz nos seus 5 hectares em Cumuto mandioca, citrinos (toranjas e laranjas) e ultimamente também melancias. Apesar do negócio ser rentável, o homem está com vontade de virar as costas a Trinidad e nunca mais lá voltar, porque na noite deste último sábado foi assaltado mais uma vez, depois o ter sido três vezes no ano passado. O material agora roubado ronda os 300.000 dólares em equipamentos, matérias-primas e produtos. Como não podia deixar de ser, as primeiras vítimas do assalto foram os dois cães deste agricultor, mortos por envenenamento.
A brincadeira mais perigosa para os cães é brincar com eles aos cães de guarda, pô-los simplesmente a avisar e a morder, sem antever as consequências dessas acções e o perigo que poderão representar para a sua salvaguarda. Assim, NENHUM CÃO DEVERÁ SER INSTALADO COMO GUARDA ENQUANTO NÃO TIVER SIDO APROVADO NA RECUSA DE ENGODOS, PORQUE DOUTRO MODO, COM FACILIDADE, PODERÁ VIR A SER ENVENENADO! Pôr um cão a guardar uma moradia ou uma quinta, sem previamente o ter ensinado a não comer da mão de estranhos e a recusar a comida jogada no chão, é no mínimo criminoso, é colocá-lo num local à espera que o matem – MANTÊ-LO CATIVO NUM CORREDOR DA MORTE! Quem poderá dizer que gosta de cães e procede assim? Somente os tolos, cujo amor é inconsequente! Acabámos com os canis terminais municipais para matarmos os cães em casa?

TIVERAM QUE CHAMAR O HELICÓPTERO

Uma berlinense decidiu ir passear para uma área arborizada com o seu cão, perto de Frankenförde (Teltow-Fläming), numa antiga área de treino militar e ambos acabaram por perder-se (suspeito que o animal se encontrava solto). Como a busca empreendida pela polícia e pelos parentes não surtiu o efeito esperado, não tendo outra opção, os agentes da autoridade viram-se obrigados a usar o seu helicóptero, com o qual viriam a encontrar a dona e o cão exaustos mas felizes.
O desnorteamento de binómios urbanos em bosques e florestas acontece um pouco por toda a parte, como acontece com alguns turistas em parques naturais. Parece que a mudança de habitat acaba por deixá-los confusos, quiçá por falta de cautelas e/ou pelo deslumbre das paisagens e ecossistemas. Entrar numa floresta desconhecida com um cão solto é sujeitá-lo a um sem número de perigos que podem culminar com a sua morte. Ao invés, evoluir com ele atrelado, poderá evitar que ambos se percam, bastando para isso inverter a marcha e incentivar o animal ao regresso, motivando-o prà procura do que já conhece e deseja e que ficou para trás.

domingo, 29 de setembro de 2019

APC, À FRENTE E ATRÁS

O Labrador Soneca continua a evoluir segundo o expectável e foi com ele que iniciámos os trabalhos do dia de ontem, dia bastante aprazível para o trabalho que havíamos proposto. Devido à sua bondade natural e à excepcional disponibilidade que demonstra, o Soneca tudo aprende a brincar e está agora a aprender um conjunto de saltos sobre o dono que há muito designamos por “APC” (arco, perna e por cima). Na foto que encabeça este artigo vemo-lo a fazer o “arco” e na seguinte a ”perna”.
Ontem o Tiago Mateus, rapaz de 9 anos e filho da Svetlana Tricolici, para além de conduzir impecavelmente a Pitbull Cozita, conduziu de igual modo todos os cães que lhe foram confiados, merecendo por isso o destaque que lhe damos hoje. Na foto vemo-lo a conduzir o CPA Bohr.
Se há matérias em que sempre insistimos, a sociabilização é uma delas, porque a sua ausência só concorre para a luta de cães, crueldade que abominamos e que abertamente condenamos. Assim, recorremos mais uma vez às manobras de sociabilização e particularmente ao cruzamento em linha. Na foto abaixo é possível reparar que tudo correu sem incidentes e que o Soneca, agora conduzido por um terceiro, lança um olhar cúmplice ao seu condutor.
Noutro plano do mesmo exercício é possível constatar o atraso do binómio Afonso/Nasha, atraso que se deve à novidade da condução em liberdade, na qual condutor e cão estão a dar os primeiros passos.
Com o solo seco, o terreno próprio e a temperatura de feição procedemos à prática dos comandos de “à frente” e “atrás”, o primeiro usado com subsídio como subsídio de tracção e o segundo como subsídio de travamento. Na foto seguinte vemos o Fila Ben a ajudar o José António no “à frente”, cão que a subir parece um “todo-o-terreno”.
A Susana voltou aos nossos trabalhos e conduziu o Cruiser. A princípio temeu os exercícios de “sobe e desce”, mas depois acabou por fazê-los em segurança e perfeitamente à vontade. Na foto abaixo é possível vê-la numa das execuções do “atrás”, com o cão imobilizado enquanto a dona desce, tal e qual como é exigido.
O José Maria esteve ontem em grande, porque a CPA Mel, apesar de citadina, sente-se na mata como peixe dentro de água. Na foto seguinte podemos ver o ímpeto que a cadela dispensou nas subidas, muito embora o seu dono não seja visível por se encontrar tapado pela vegetação.
Com uma cobaia na frente (neste caso o fotógrafo), a Fila Nasha atinge quase a mesma velocidade tanto nas subidas como nos planos rectos, pelo que o “à frente” não constitui para ela qualquer problema, sê-lo-á para o fotógrafo “senão der corda aos sapatos”.
Num cão possante com o Fila Ben, a abertura de peito patenteada na foto abaixo, significa apenas que traz a reboque um condutor bastante pesado, talvez até demasiado, alguém ao redor dos 110 kg. Desconhecemos a identidade do condutor em causa, provavelmente um convidado que por ali passou.
A Susana sempre empresta à classe escolar um ar de classe e elegância, qualidades parcialmente encobertas pela sua humildade e introversão. Junto com híbrido CPA/Malinois Cruiser, animal de uma generosidade a todos os títulos louvável, ela vai conseguindo vencer metas após metas e alcançar os objectivos propostos.
O marido, o António, homem pleno de garra e vontade, tem que aprender a poupar o seu companheiro de quatro patas no treino, o Land, porque se agarra à trela em demasia e cansa injustificada e precocemente o animal, que ainda por cima parece não ter nascido para trabalhar (interagir). Quanto ao “à frente” – serviço cumprido!
Retornamos à Susana que aparece na foto abaixo durante um exercício de “atrás”. O exercício correu bem, o cão comportou-se a preceito e a Susana saiu em segurança. Se tudo correu assim, porque raio saiu a senhora de cabelos em pé? Ter-se-ia assustado com o fotógrafo? Também não é caso para tanto!
O António esteve melhor nas subidas do que nas descidas, será que o aforismo “para cima todos os santos ajudam” é mesmo verdade? Verdade é que o António foi motorista do Comandante na tropa e há muito que não faz exercício físico. Se precisar de ginásio, encontrá-lo-á entre nós!
Quanto ao nosso amigo José Maria, ontem em crescendo, encostas não são para ele problema, terá eventualmente algum nas subidas e descidas que a vida lhe causar ou na escolha das estratégias para as vencer, exactamente como acontece com todos nós. A Mel esteve em grande e o cio tarda em acontecer-lhe.
O Afonso pode ir com a Nasha até ao “fim do mundo” que a cadela segui-lo-á. Contudo, não sabemos se esta cadela é a ideal para a idade que o rapaz atravessa, mas temos a certeza que o será quando o menino for mais esforçado e investir na cumplicidade entre ambos. Na foto vemo-los num momento do “atrás”.
Apesar de fisicamente debilitado, o José António não se escusou a nenhum dos exercícios propostos à classe. Na foto abaixo é possível vê-lo a fazer o atrás com o Fila Ben, cão que o ajudou a ultrapassar as dificuldades em segurança.
A foto seguinte mostra uma perseguição efectuada pelo binómio Afonso/Nasha cuja decisão não pode ser contestada. Mas o que importa mais realçar é pormenor da linha do peito e a convergência de anteriores da cadela, mais-valias morfológicas que enaltecem a sua biomecânica (caso fosse mal aprumada jamais conseguiria realizar as excelentes performances que diariamente patenteia).
Se a disponibilidade física da Fila não pode ser posta em causa, a do seu condutor muito menos, porque o Afonso não se nega a nada e enfrenta tudo com a calma e naturalidade necessárias. Com a CPA Mel no seu encalce correu que nem um lebrel.
Ao olharmos para a foto seguinte, apetece-nos dizer: “Corre José Maria!”, porque a cadela quer andar e barriga do dono não deixa! Em média este condutor perde 2 horas de aula por sessão, o que não é bom para quem precisa de se manter em forma.
A Svetlana foi convidada para fazer alguns percursos como fugitiva, incumbência que aceitou de bom ânimo e sem reticências, momentos que infelizmente o nosso fotógrafo (Paulo) não soube ou não teve como captar. Todavia, a foto seguinte ilustra o bom empenho desta moldava que é digno do nosso apreço.
Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: Afonso/Nasha; António/Land; João/Ben; Jorge/Soneca; José António/Bohr; José António/Ben; José Maria/Mel; Susana/Cruiser; Svetlana/Ben e Tiago/Cozita. Para a semana voltaremos com mais novidades. Boa continuação de fim-de-semana.

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

UM DILEMA NA TERRA DAS LÂMINAS

Primeiro vamos falar da terra onde tudo se passou, SOLINGEN, uma cidade alemã com estatuto de Distrito, localizada na região administrativa de Düsseldorf, no Estado da Renânia do Norte-Vestfália. Até à década de 70 do século passado, o nome “Solingen” era bastante conhecido das famílias portuguesas mais abastadas, cujas senhoras por altura do seu casamento sempre levavam no seu enxoval um bonito e funcional faqueiro com essa marca, geralmente de prata, como sinal de qualidade. Os faqueiros Solingen ainda hoje se encontram à venda no mercado, o seu preço depende do material usado no seu fabrico e do número de peças, oscilando entre os 700 e os 2.000€.
Solingen há muito que é conhecida como a “CIDADE DAS LÂMINAS”, graças às diversas forjas de renome instaladas há séculos na cidade, que produziram e continuam a produzir espadas, facas, tesouras e navalhas. A fama das suas lâminas remonta à Idade Média, quando os ferreiros dali cunharam a expressão “Cidade das Lâminas”. No final do Séc. XVII, um grupo de ferreiros de Solingen traiu os juramentos da profissão e levou os segredos das suas forjas para a vila inglesa de SHOTLEY BRIDGE, adjacente à cidade de Consett, no condado de Durham, 16 km a sudoeste de Newcastle, que em tempos foi o coração da indústria de fabricação de espadas na Grã-Bretanha. Actualmente estima-se que 90% das facas produzidas em solo germânico provenham de Solingen. Entre as mais famosas empresas de cutelaria e forja de Solingen estão: a Wüsthof; a J. A. Henckels, a Boker, a Villeroy & Boch e a Wilkinson Sword, que apesar de ser uma empresa inglesa, tem hoje a sua sede em Solingen.
O dilema de Solingen diz respeito a um motorista que bateu com a sua viatura noutra que se encontrava estacionada e que se pôs em fuga. Tudo aconteceu no Distrito de Kettwig, hoje às 05H55. Como consequência do embate, o pequeno Dachshund do motorista fugitivo, que circulava no banco do pendura, ao ver a porta do seu lado aberta, escapou-se para a rua sem o seu dono dar por isso. O pequeno cão acabou nas mãos da polícia e várias testemunhas assistiram ao incidente.
O dono do Dachshund encontra-se agora num dilema: caso vá buscar o seu cão, a polícia detém-no, identifica-o, e encaminha-o para o Tribunal; se desprezar o Dachshund, livra-se do problema e de despesas. Entretanto, o cão encontra-se num abrigo, não sem antes a polícia lhe ter dado o pequeno almoço. O animal tem entre 6 e 7 anos de idade e apresenta-se bem cuidado.
O que falará mais alto: o amor pelo cão ou a fuga às responsabilidades? A avaliar pela primeira acção do dono, o segundo caso parece levar vantagem (ainda dizem que os cães não precisam de ter sorte com os donos!), muito embora qualquer um possa arrepender-se.

PENSACOLA ENGAVETOU MAIS 5

Numa operação de combate à luta de cães, cinco pessoas foram presas anteontem em Pensacola, no estado norte-americano da Florida, acusadas de 44 crimes relacionados com um ringue de luta com cães, segundo anunciou o Procurador Lawrence Keefe ontem. A acusação alega que o ringue, que funcionava sob o nome C Wood Kennels, organizava lutas de cães, permitia que os cães atacassem animais "isca" e realizava cuidados veterinários sem licença para evitar qualquer suspeita ao levar os cães a um veterinário licenciado. Os marginais chamam-se DAVID LEE MOSER; DEREK JEDIDIAH GOLSON; HALEY COOK MURPH; “TOMMY” PEEK e SHANE PATRICK SPRAGUE, com idades compreendidas entre os 24 e os 67 anos.
Cada um destes “cavalheiros” tinha o seu papel nesta actividade ilegal, Sprague e Golson mantiveram o ringue de lutas de cães a funcionar desde Abril de 2017 a Junho de 2019, organizando as lutas de cães, permitindo o ataque a animais de isca e traficando cães junto com Moser e outros para outros estados. Peek uma referência e um recrutador de cães para a luta e Murph, de acordo com a acusação, realizava procedimentos cirúrgicos nos animais, incluindo o tratamento de cães feridos e o corte das suas orelhas, apesar de não ser veterinário (a pandilha estava bem montada!). Entre o material que lhe foi apreendido, constam grampos e suturas de pele, bolsas e linhas de soro, bisturis e esteróides para animais. A acusação alega também que o C Woods Kennels usou o website subterrâneo (escondido) PEDS ONLINE para anunciar a venda de cachorros, as suas linhagens e encontrar compradores para os melhores lutadores pós-luta.
O teor da acusação aqui manifesto levanta uma ponta do véu sobre esta “actividade” cruel e repugnante, própria de tempos idos que a todos envergonha, onde o sofrimento dos cães e os seus direitos são completamente ignorados, ao ponto de participarem em lutas de morte. Como se depreende, a luta de cães encontra-se ligada a outras actividades criminosas, sendo invariavelmente secundada pelo tráfico e consumo de drogas. As autoridades de Pensacola procederam bem e estão de parabéns, oxalá assim continuem.