No passado Sábado foi
encontrado morto no jardim da casa onde vivia, em SANT’EUSANIO FORCONESE,
na região dos Abruzos, Província de Áquila/Itália, o PASTOR ALEMÃO
lobeiro de resgate KAOS,
propriedade do adestrador italiano FABIANO
ETTORE, que há 2 anos atrás participou no resgate de
sobreviventes na cidade italiana de AMATRICE (fustigada
por um terrível terramoto de magnitude de 6.2 que fez 241 mortos e destruiu a
maior parte da cidade) e que meses depois prestou idêntico serviço na cidade de
NORCIA,
também ela atingida por um violento terramoto. Pela nobreza e acerto no seu
serviço, este cão era saudado em Itália como herói.
Quem deu com o cão morto
foi o seu proprietário e treinador, que afirma terem-no envenenado, segundo fez
saber num post do Facebook, adiantando que o Kaos estava vivo na noite anterior,
porque o ouviu ladrar por volta das 2 da manhã. Profundamente chocado com a
morte do animal, manifestou-se nestes termos: “Não tenho palavras” e “Eu não
consigo entender um acto tão horrível”. Como se desconhece ainda como o animal
foi envenenado e se o foi de modo intencional, a polícia abriu um inquérito ao
ocorrido.
Mal tiveram conhecimento
do trágico incidente, activistas dos direitos dos animais italianos, lamentaram
o sucedido e descreveram o suposto assassino do cão de resgate como um “criminoso
perigoso”. RINALDO
SIDOLI (na foto seguinte), porta-voz do ANIMALISTI ITALIANI,
grupo romano pelos direitos dos animais, disse a propósito: “Mataram o herói
que, junto com as equipas de resgate, cavou com suas quatro patas durante essas
horas dramáticas para encontrar sobreviventes do massacre”. Completando depois:
“Kaos salvou os seres humanos, e esses mesmos seres humanos envenenaram-no”. Em
seguida, SIDOLI pediu
novas leis que introduziriam penas mais duras para a crueldade contra os
animais.
Devido em parte à justa
popularidade do cão, a sensual parlamentar italiana MICHELA
BRAMBILLA (na foto abaixo) disse à Associated Press que esperava
que a morte de Kaos encorajasse os membros do Parlamento a aprovar uma lei
contra a crueldade sobre os animais que ela havia proposto no início deste ano.
Por seu lado, GIULIA
GRILLO, Ministra da Saúde de Itália, expressou condolências
online, escrevendo que estava a trabalhar com o ministro do
Meio Ambiente, SÉRGIO
COSTA, e com o ministro da Justiça, ALFONSO BONAFEDE,
para ampliar as penalidades para os "criminosos sem coração" por trás
de intoxicações animais.
De acordo com um estudo de
2012, que analisou os dados fornecidos pelo Centro de Controle de Intoxicações
de Milão, a maioria das intoxicações de animais em Itália envolve cães. Outro
estudo, este de 2014, realizado por pesquisadores italianos que examinaram os
dados de 870 cães em Roma, concluiu que o envenenamento foi a segunda causa
mais comum para a sua morte e com mais de 17% deles morreram ao consumir
materiais tóxicos. Este relatório disse ainda que nos ambientes urbanos, pode
haver um "baixo nível de tolerância social aos cães vizinhos" e que
"intencionalmente iscas envenenadas localizadas são comuns.
A nossa solidariedade vai
para Fabiano Ettore porque lamentamos profundamente o desaparecimento de um cão
assim, um animal nobre, nascido e criado para servir, sem maldade inata ou
incutida, que morreu precocemente sem nada que o justifique. A morte do Kaos
levanta de novo a polémica sobre a recompensa a dar aos cães de pistagem,
salvamento e resgate, porque se for baseada somente em guloseimas, estes cães irão
continuar a morrer que nem tordos!
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