Não, não se trata de
nenhum erro gráfico, o nome é mesmo esse – AMAN,
um CPA pertencente à POLÍCIA
DE SUFFOLK/UK, que em 2011 salvou o seu condutor de ser
morto à facada, o guarda STEVE
JAY,
que mesmo assim ainda foi esfaqueado nos braços e nas costas. Como resultado da
sua intervenção defensiva, o cão também não saiu ileso, sendo esfaqueado nos
ombros e no peito, de tal maneira que ter ser levado à pressa para uma cirurgia
de emergência.
A valente e valorosa
prestação deste PASTOR
ALEMÃO valeu-lhe várias distinções e menções honrosas.
Durante o período de
recuperação pós-operatório, o seu parceiro de serviço, Steve Jay, levava-o para
junto das crianças locais, ensinando-as acerca do serviço e responsabilidades
dos cães-polícias, contando para isso com a colaboração do cão, que sempre se
manifestou amável e amigável entre crianças e jovens.
Ao pronunciar-se sobre o
seu falecido parceiro de quatro patas, JAY
não mostra dúvidas ao dizer que só se tem um cão assim uma vez na vida, que
nunca tinha tido nenhum assim e que o animal era simplesmente único. Vindo da
Alemanha, o Pastor Alemão chegou àquela Polícia com 17 meses e já vinha
parcialmente treinado, facto que obrigou o seu condutor a aprender alemão para
lhe dar os comandos funcionais (de trabalho).
Depois de ser aposentado, foi-lhe
diagnosticada MIELOPATIA
DEGENERATIVA, uma doença genética (da qual já falámos)
caracterizada pela perca do uso das patas traseiras e pelo enfraquecimento da
coluna vertebral. Doença que se julga indolor, mas que é angustiante e
profundamente desgastante para os animais, que se vêem obrigados a arrastar-se.
Infelizmente, a doença é muito comum nos Pastores Alemães, pelo que deverá ser
sistematicamente despistada.
Apesar
de privado da sua mobilidade, o AMAN continuava curioso e
atento como sempre esteve no serviço. No dia 20 deste mês, fez ontem oito dias,
morreu em consequência da doença que o afligiu. Como os cães policiais não
recebem tratamento especial de sepultamento, o Guarda Jay pretende largar as
suas cinzas no parque para onde o levava nos dias de folga.
O
tempo passa, leva as memórias e induz ao esquecimento, mas estou certo que,
enquanto for vivo, STEVE JAY jamais se esquecerá que um
dia teve um companheiro que lhe salvou a vida. Perder um cão assim e eu já
perdi alguns que davam a vida por mim, é uma perda irrecuperável e bastante
dolorosa, muito mais do que o comum das pessoas imagina!
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