terça-feira, 31 de julho de 2018

SABE QUAIS SÃO OS SERES VIVOS MAIS ANTIGOS DO MUNDO?

Sabe quais são os seres vivos mais antigos do mundo? Até há bem pouco tempo nem a comunidade científica sabia. São DOIS VERMES NEMATÓIDES (lombrigas) que PESQUISADORES RUSSOS descobriram na SIBÉRIA, presos no gelo há 40.000 ANOS e que conseguiram reanimar. Numa colaboração com a PRINCETON UNIVERSITY/USA, estes cientistas publicaram um estudo sobre o assunto na revista DOKLAY BIOLOGICAL SCIENCES.
Estes cientistas russos contaram que estavam em duas amostras de gelo muito antigas oriundas da Sibéria. A primeira amostra, com 32 mil anos, foi encontrada a 30 metros de profundidade; a segunda, tirada a uma profundidade de 3.5 metros, tem 41.700 anos. Ao descongelar as amostras, os pesquisadores encontraram mais de 300 nematóides, dois dos quais mostravam sinais de viabilidade. Ao constatarem essa possibilidade, tentaram ressuscitá-los num meio de crescimento rico em nutrientes, com ágar-ágar (1) e com bactérias E. coli como alimento.
Depois de várias semanas, os vermes começaram a mostrar sinais de recuperação no seu metabolismo. Os pesquisadores afirmam ter seguido um procedimento rigoroso de esterilização, que impede qualquer contaminação externa. É impossível que os vermes sejam introduzidos mais tarde nas amostras. Os biólogos russos lembram que os nematóides não são conhecidos por cavar tão fundo no solo. Por conseguinte, deve deduzir-se que as amostras colhidas são "vintage".
Estudos científicos anteriores já haviam comprovado a excepcional resiliência dos nematóides. Já em 1946, alguns cientistas conseguiram ressuscitar nematóides em amostras de plantas com 39 anos de idade. A descoberta dos agora ressuscitados seres vivos mais antigos do mundo, segundo adianta o estudo, mostra a capacidade de organismos multicelulares sobreviverem à criopreservação por milhares de anos. Os pesquisadores esperam abrir caminho para novas pesquisas sobre criopreservação humana (o assunto é recorrente e tarda não tarda volta à tona de água).
(1)O ágar-ágar, também conhecido simplesmente como ágar ou agarose, é um hidrocolóide fortemente gelatinoso extraído de diversos géneros e espécies de algas marinhas vermelhas que consiste numa mistura heterogénea de dois polissacarídeos, agarose e agaropectina.

OS ROBOTS ADESTRADORES ESTÃO PARA CHEGAR!

A julgar pelo que a SONY faz saber, brevemente os cães estarão a ser treinados por robots adestradores! A multinacional de electrónica japonesa veio agora afirmar que os cães podem aprender habilidades sociais com o seu ROBOT de estimação AIBO, para além de ser possível a amizade entre ambos. A SONY sustenta as suas afirmações nuns testes que realizou com o modelo mais recente do AIBO e com 13 cães de estimação, experimentos que foram observados por um especialista, o DR. TADAAKI IMAIZUMI.
Na primeira fase dos experimentos, o Aibo foi apresentado a 13 cães de raças diferentes na presença dos donos numa sala. Nove dos 13 aproximaram-se do cão robot e tentaram identificar o seu cheiro; 6 farejaram o ânus do Aibo para saber mais sobre ele e estabelecerem comunicação. No entanto, alguns cães observaram o robot à distância e não se aproximaram dele.
Na segunda fase, foram colocados Aibos em 3 domicílios durante duas semanas, para se observarem as respostas dos cães em relação aos robots. Um poodle miniatura com 6 meses de idade, que inicialmente estava temeroso em relação ao Aibo, depois do seu dono ter pedido ao robot para se sentar e fazer outras habilidades, aproximou-se do Aibo e executou as mesmas acções. No terceiro dia já parecia que o poodle tinha aprendido o nome do robot, e quando o dono lhe disse para “brincar com o Aibo”, o cachorro mordeu o ouvido e a cauda do brinquedo. No oitavo dia, o poodle tentou brincar com o Aibo deitando-se no chão e mostrando-lhe a barriga.  
IMAIZUMI que tudo observou criteriosamente, concluiu acerca dos resultados dos experimentos: “Ter um companheiro para cuidar pode fornecer estabilidade psicológica aos cães” e “ Eu vislumbrei que a convivência do Aibo com eles pode ajudá-los a desenvolver algo semelhante à compaixão e ajudá-los a crescer.”
À velocidade a que tudo anda, não me admirava nada que amanhã, ao invés de homens, estejam robots a ensinar cães! Virão os homens também a ser comandados por máquinas? Será que já não estão? Estas questões são preocupantes e pertinentes.

NADA CACHORRO, NADA

É obrigatório e de todo conveniente, para os cães que habitam em moradias com piscinas, que aprendam a nadar, independentemente do seu propósito ou serviço. E têm que aprender a nadar porque nem todos sabem e algumas raças apresentam grandes dificuldades em fazê-lo, nomeadamente as pertencentes ao grupo morfológico dos molossos, que apenas mexem as mãos e que acabam por afogar-se devido à exaustão. Hoje já existem equipamentos próprios para facilitar a aprendizagem dos cães a nadar, mas infelizmente nem todas as Pet Shops os têm à venda.
Na impossibilidade de se adquirir esse equipamento, o que há a fazer é servir-nos da trela para induzirmos os cães a usarem os dois pares de membros abaixo da linha de água. Para que isso aconteça, temos que circular na frente dos animais e manter sempre a trela esticada, o que fará com que os cães aprendam a usar as patas de trás por não se poderem empinar. Podemos prestar esta ajuda tanto dentro de água como fora dela, muito embora a última opção seja a mais aconselhada, porque a possível aflição dos cães pode levá-los a arranhar-nos as costas.
Convém começar e terminar os percursos natatórios pelas áreas de entrada e saída das piscinas, para que amanhã os cães saibam por onde sair e possam fazê-lo sozinhos. Ao fim de meia-dúzia de percursos de indução, a maioria dos cães já sairá das piscinas a nadar correctamente, o que não significa que tenham aprendido de uma vez por todas, pelo que durante vários dias deveremos recapitular o ensino anteriormente ministrado.
É fácil saber quando os cães já sabem verdadeiramente nadar - quando entram e saem das piscinas por vontade própria! Enquanto se afastarem das piscinas e dos donos quando lá estiverem, o problema continua por resolver. Por que razão ou razões dissemos no início do primeiro parágrafo que é obrigatório e de todo conveniente que os cães com piscinas à sua disposição saibam nadar? Para não morrerem afogados e poderem refrescar-se nos dias de maior calor, o que a partir de amanhã, segundo se consta, irá dar muito jeito! Se a salvaguarda dos cães for levada a sério, é impensável não os ensinar a nadar.  

O QUE DIZEM OS CÃES DOS DONOS: MESSI & HULK

É-me indiferente se o MESSI é melhor ou pior que o RONALDO, mas nota-se que são bem diferentes, apesar de se dedicarem ao mesmo desporto (julgo que não sou menos patriota por pensar assim). Hoje os media internacionais, talvez por falta de assunto e de estarmos em época de férias, divulgaram imagens do jogador de futebol argentino a fintar o seu cão, um DOGUE DE BORDÉUS chamado HULK. Como nada sei acerca do MESSI e sei alguma coisa (pouca) de cães, vou tentar saber um pouco mais sobre o jogador do Barcelona através do seu cão, o que não deixa de ser um desafio e pêras.
A escolha da raça do cão e não ele em particular, desnuda muita coisa acerca das preocupações, desejos e condições de vida do seu proprietário. Ao escolher um dogue de Bordéus, o argentino demonstrou em simultâneo que adora o poder que o estrelato lhe confere, que é rico e não faz questão de ocultar a sua riqueza, que aprecia o conforto e a paz no lar, que é extramente protector da família, equilibrado e que vive em segurança, também que não percebe muito de cães e que ainda não conseguiu sufocar a criança que vive nele. E tudo isto porquê?
Quando comprou o cachorro, o homem nascido em Rosário, sabia que ele iria ficar grande e que seria quase impossível ocultá-lo dos demais, que não é qualquer um que tem condições para comprar e manter um cão assim, prerrogativas que obviamente não quis desprezar. O Dogue de Bordéus é um cão de status, que compõe graciosamente o retrato de qualquer Família e que não lhe causa embaraços, por não ser interactivo em demasia e ter um temperamento calmo e afectuoso, o que é óptimo para quem precisa de descansar e para as irrequietas crianças. Por outro lado, a escolha desta raça assenta como uma luva a quem se encontra protegido e apenas deseja um cão familiar, próprio para brincar, porque doutro modo, o nosso homem, procuraria um cão mais territorial, activo e vigilante (Malinois, Pastor Alemão, Doberman, Rottweiler, Dogo Argentino e por aí adiante).
Ao não escolher um cão destes, o jogador do Barcelona mostrou ser equilibrado e pouco dado tremores ou a acessos de raiva. Dissemos que Messi não percebe muito de cães e a prová-lo estão os membros anteriores do cão, que estão uma verdadeira lástima (vale a pena reparar outra vez na foto introdutória ao texto). A gravidade dos seus desaprumos não pode ser só atribuída a causas ambientais, à ausência de exercício regular, mas é proveniente de uma transmissão genética lastimável que tarda em largar a raça. O homem queria um cão grande e pouco visto (diferente), mas não lhe conhecia os defeitos.
Caso os conhecesse, mesmo que impulsionado por um desejo infantil, jamais jogaria à bola com o animal, já que a rotação mais brusca de uma ou de ambas as mãos, poderá lesionar o cão seria e gravemente devido ao seu anómalo assentamento ortopédico e peso, risco que certamente não correria. Por sorte os Dogues de Bordéus não são dados a grandes correrias e como depressa se cansam… param e mandam os outros correr!
Penso que já ficámos a saber um pouco mais sobre o cidadão argentino Lionel Andrés MESSI Cuccittini e os seus anseios que, pelo ar feliz do cão, são os mesmos de toda a família. Messi apenas queria um cão à sua altura e a sua escolha recaiu sobre o Dogue de Bordéus! 

DI COSA È MORTO KAOS?

No passado Sábado foi encontrado morto no jardim da casa onde vivia, em SANT’EUSANIO FORCONESE, na região dos Abruzos, Província de Áquila/Itália, o PASTOR ALEMÃO lobeiro de resgate KAOS, propriedade do adestrador italiano FABIANO ETTORE, que há 2 anos atrás participou no resgate de sobreviventes na cidade italiana de AMATRICE (fustigada por um terrível terramoto de magnitude de 6.2 que fez 241 mortos e destruiu a maior parte da cidade) e que meses depois prestou idêntico serviço na cidade de NORCIA, também ela atingida por um violento terramoto. Pela nobreza e acerto no seu serviço, este cão era saudado em Itália como herói.
Quem deu com o cão morto foi o seu proprietário e treinador, que afirma terem-no envenenado, segundo fez saber num post do Facebook, adiantando que o Kaos estava vivo na noite anterior, porque o ouviu ladrar por volta das 2 da manhã. Profundamente chocado com a morte do animal, manifestou-se nestes termos: “Não tenho palavras” e “Eu não consigo entender um acto tão horrível”. Como se desconhece ainda como o animal foi envenenado e se o foi de modo intencional, a polícia abriu um inquérito ao ocorrido.
Mal tiveram conhecimento do trágico incidente, activistas dos direitos dos animais italianos, lamentaram o sucedido e descreveram o suposto assassino do cão de resgate como um “criminoso perigoso”. RINALDO SIDOLI (na foto seguinte), porta-voz do ANIMALISTI ITALIANI, grupo romano pelos direitos dos animais, disse a propósito: “Mataram o herói que, junto com as equipas de resgate, cavou com suas quatro patas durante essas horas dramáticas para encontrar sobreviventes do massacre”. Completando depois: “Kaos salvou os seres humanos, e esses mesmos seres humanos envenenaram-no”. Em seguida, SIDOLI pediu novas leis que introduziriam penas mais duras para a crueldade contra os animais.
Devido em parte à justa popularidade do cão, a sensual parlamentar italiana MICHELA BRAMBILLA (na foto abaixo) disse à Associated Press que esperava que a morte de Kaos encorajasse os membros do Parlamento a aprovar uma lei contra a crueldade sobre os animais que ela havia proposto no início deste ano. Por seu lado, GIULIA GRILLO, Ministra da Saúde de Itália, expressou condolências online, escrevendo que estava a trabalhar com o ministro do Meio Ambiente, SÉRGIO COSTA, e com o ministro da Justiça, ALFONSO BONAFEDE, para ampliar as penalidades para os "criminosos sem coração" por trás de intoxicações animais.
De acordo com um estudo de 2012, que analisou os dados fornecidos pelo Centro de Controle de Intoxicações de Milão, a maioria das intoxicações de animais em Itália envolve cães. Outro estudo, este de 2014, realizado por pesquisadores italianos que examinaram os dados de 870 cães em Roma, concluiu que o envenenamento foi a segunda causa mais comum para a sua morte e com mais de 17% deles morreram ao consumir materiais tóxicos. Este relatório disse ainda que nos ambientes urbanos, pode haver um "baixo nível de tolerância social aos cães vizinhos" e que "intencionalmente iscas envenenadas localizadas são comuns.
A nossa solidariedade vai para Fabiano Ettore porque lamentamos profundamente o desaparecimento de um cão assim, um animal nobre, nascido e criado para servir, sem maldade inata ou incutida, que morreu precocemente sem nada que o justifique. A morte do Kaos levanta de novo a polémica sobre a recompensa a dar aos cães de pistagem, salvamento e resgate, porque se for baseada somente em guloseimas, estes cães irão continuar a morrer que nem tordos!

UMA BOA IDEIA VINDA DE DALLAS

RICKI BENSON, fotógrafa profissional e cinófila, decidiu fazer um calendário inovador para ajudar três centros de resgate caninos na área de DALLAS, Texas/USA, nomeadamente o THE LOVE PIT, o RESCUE ROW e o ANGELS ANIMAL RESCUE DA ASTASIA. O calendário é para o próximo ano e as fotos que o ilustram obedeceram a um novo critério, ligado também ao seu título: “DAD BODS AND DOGS CALENDAR”. BENSON rompeu com a ideia tradicional visível nos calendários típicos para aumentar a consciencialização sobre adopção canina e decidiu juntar nas fotos homens e cães que se parecessem uns com os outros, no seu dia-a-dia e ao longo do ano, sabendo da saída que os calendários masculinos tinham por ali.
Como a estratégia para a compra do referido calendário já foi explicada, resta dizer qual o seu objectivo nas palavras da sua autora: “Eu quero que esse calendário faça as pessoas rirem e sorrirem.” Os cães usados como modelos pertenciam todos aos já citados centros de resgate e neste momento alguns deles já foram felizmente adoptados. Quem desejar ver a totalidade das fotos basta clicar em cima de https://www.huffingtonpost.com/entry/dad-bods-and-dogs_us_5b58bd67e4b0fd5c73cb23fc . Louva-se a ideia e lamenta-se que nenhum fotógrafo por aquelas bandas não se tenha lembrado de fazer um calendário idêntico, mas que trocasse os modelos masculinos por femininos, o que seria mais do nosso agrado.   

segunda-feira, 30 de julho de 2018

CERTIFIQUE-SE ANTES DE O MANDAR PARA DENTRO DE ÁGUA!

Segundo dizem as previsões meteorológicas, a partir da próxima Quarta-feira vamos enfrentar temperaturas a rondar os 40º celsius. Com uma onda de calor assim é natural que os proprietários caninos, querendo refrescar os seus companheiros de 4 patas, acabem por levá-los para junto de rios, albufeiras e barragens, quiçá até às poucas praias onde a sua entrada não se encontra interdita.
Contudo, certifique-se previamente da inexistência de algas, porque nesta altura do ano acontecem os “blooms algais”, uma grande concentração de algas que ocorre ciclicamente, em particular no Verão, ligada ao aumento da temperatura e à ausência de vento e precipitação, proliferação que em regra ocorre durante duas ou três semanas. Na origem do problema estão a adubação agrícola excessiva, que permite uma lixiviação para a massa de água e/ou descargas de águas residuais urbanas não tratadas. E quando as cianobactérias morrem e libertam toxinas acumuladas, numa concentração superior a determinado valor, mandar um cão para dentro de água é contribuir decisivamente para a sua intoxicação. Por prevenção, água com algas não!
Aqueles que conseguirão levar os seus cães à praia, por norma para praias não concessionadas, deverão escolher aquelas onde também não sejam visíveis grandes concentrações de algas, porque a nossa costa marítima é também assolada por algas e microalgas prejudiciais à saúde de pessoas e cães, entre elas a “ostreopsis”. Convém não esquecer que a vida marinha e o oceano estão a enfrentar uma nova ameaça: uma alga tóxica que está a desenvolver-se a uma velocidade alarmante. Perante estes perigos, informe-se primeiro da qualidade da água e siga os conselhos das pessoas ou entidades que zelam pela saúde de todos nós.
O conselho está dado e há que ter cuidado, para que não fique com as férias estragadas por ver o seu cão intoxicado, depois de ter ingerido água contaminada que lhe rebentou com os rins. A recuperação de uma intoxicação por algas tóxicas pode levar meses e deixa marcas. Estou certo de que não vai querer ver o seu cão a padecer!

A ORIGEM DOS CÃES DE GUERRA AMERICANOS

Contrariamente ao que se julga, antes da II GUERRA MUNDIAL os Estados Unidos não tinham qualquer esquadrão ou companhia cinotécnica, muito embora já tivessem usado cães como mascotes ou para qualquer outra capacidade não oficial. O aproveitamento dos cães aconteceu em JANEIRO DE 1942, obra de alguns membros do AMERICAN KENNEL CLUB e de outros entusiastas caninos, que formaram uma organização civil denominada de DOGS FOR DEFENSE, com o objectivo de treinar cães-sentinelas para o exército ao longo da costa dos Estados Unidos.
Ao tomar conhecimento daquela organização e do seu esforço, o Ten.Cor. CLIFFORD C. SMITH, chefe da Divisão de Protecção de Plantas da Divisão de Inspecção do Quartel-General, sugeriu ao seu Comandante que o exército passasse a usar aqueles cães-sentinela nos depósitos de suprimentos, sugestão que foi aceite (Março de 1942) e que originou um programa experimental com sucesso, levando o QUARTERMASTER CORPS em Agosto do mesmo ano a estabelecer centro de treinos para cães de guerra em Front Royal, VA; Fort Robinson, NE; Ilha do Gato (Gulfport), MS; Camp Rimini (Helena), MT; e San Carlos. Sobre a formação de cães na Ilha do Gato já editamos um artigo intitulado: “O SEGREDO DE CAT ISLAND: VARRER O JAPÃO À DENTADA!”, editado em 21/11/2014.
O K-9 CORPS aceitou treinar inicialmente 32 raças caninas, mas dois anos depois já havia reduzido essa lista a sete, sendo elas: Pastor Alemão; Doberman; Pastor Belga; Husky Siberiano; Collie; Cão de Esquimó e Malamute do Alasca. Os responsáveis pela DOGS FOR DEFENSE entregaram para o efeito ao exército cerca de 18.000 cães e quase 8.000 foram dispensados (44,4%) após os testes realizados nos centros. As razões que presidiram à dispensa destes animais foram: “excitabilidade quando sujeitos a ruídos e a tiros, doenças, falta de olfacto e temperamento inadequado”.
O QUARTERMASTER CORPS treinou tratadores e cães segundo o MANUAL TÉCNICO 10-396 de 01 de Julho de 1943, que delineava a doutrina a ser observada no treino. A sua duração normal ia de 8 a 12 semanas. Os cães passavam primeiro por algo a que poderia chamar-se “treino básico”, altura em que se acostumavam à vida nas forças armadas. Depois eram recrutados para um programa de treino especializado que os capacitava como cães mensageiros, de sentinela e de patrulha.
Em Março de 1944 formaram-se pelotões de Cães de Guerra para ajudar as forças militares americanas nas operações ofensivas na Europa e no Pacífico, servindo 7 no Velho Continente e 8 no Pacífico. Graças à prestação destes cães, os japoneses nunca conseguiram emboscar uma patrulha norte-americana liderada por um deles. Entendeu o QUARTERMASTER CORPS treinar também cães para detectarem baixas no campo de batalha, sendo os cães testados pela primeira vez em CARLISLE BARRACKS, em 04 DE MAIO DE 1944. O programa viria a ser abandonado porque os cães não conseguiam fazer distinção entre homens não feridos, feridos e mortos (se fosse hoje sabiam como, porque já temos cães detectores de cadáveres).
Depois da II Guerra Mundial, o CORPO DA POLÍCIA MILITAR assumiu a responsabilidade de treinar os cães militares, que continuaram e continuam a servir com distinção noutros conflitos. Calcula-se que o Exército Norte-americano mobilizou 1.500 cães para a GUERRA DA COREIA e 4.000 na GUERRA DO VIETNAME. A coragem e lealdade destes cães continuam a salvar vidas  e a evitar baixas desde a criação do CORPO K-9, como ainda recentemente o fizeram no IRAQUE e no AFEGANISTÃO.

NÓS POR CÁ: O HÁBITO NÃO FAZ O MONGE

Muitos portugueses gostam de mexericos, sofrem de inveja e os media vão ao seu encontro, obrigando os restantes cidadãos a consultarem ou a assistirem aos noticiários internacionais. Acabado o “folhetim Bruno de Carvalho”, outro se levanta agora e parece que vai durar, o relativo a RICARDO ROBLES (na foto seguinte), deputado do BLOCO DE ESQUERDA, partido que juntamente com o PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS apoia o actual governo, popularmente alcunhado de "geringonça".
O destaque dado a Robles resulta do facto de se dizer contra a especulação imobiliária (que é voz corrente no seu partido) e de ter comprado com a sua irmã um prédio à Segurança Social em Alfama, em 2014 (na foto abaixo), de frente para o Museu do fado, num montante de 347.000 € (que grande negócio fez o Estado!), quantia que os obrigou a contrair dois empréstimos à banca, respectivamente à CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS e ao MONTEPIO GERAL.
Depois das obras de requalificação que os dois irmãos empreenderam, no valor de 650.000 €, o imóvel está agora a ser vendido por uma imobiliária de luxo, ao preço de 5.700 000 € (cinco milhões e setecentos mil euros), negócio que não se coaduna em absoluto com as declarações do co-proprietário do prédio, enquanto político de esquerda quando diz que “ lamenta que o problema da habitação em Lisboa se esteja a agravar”, que “Os preços continuam a aumentar brutalmente e isto está a criar uma crise social. Encontrar casa, seja para arrendar seja para compra, apesar de o crédito para a habitação estar mais acessível, continua a ser proibitivo" e “Esta é uma cidade cada vez mais para ricos e menos para lisboetas e para quem quer viver na cidade, para trabalhar, morar, estudar."
Nada disto me espanta, porque há muito sei que o hábito não faz o monge, que em todos os partidos há gente pior do que outra e que raros são os políticos, sejam eles de esquerda, do centro ou da direita, que tendo oportunidade para “deitar a mão à massa”, não o farão ou não mentirão para “chegar ao poleiro”. No meio de tudo isto, o movimento do “SACO AZUL(1) do GES, de Portugal para a Suíça, num montante de 3 200 000 000 €, ocorrido entre 2006 e 2014, não mereceu o devido destaque e acabou por passar despercebido!
Ser dum partido político é prometer ao povo o que ele quer e não ter ideia de o cumprir, por se haver comprometido anteriormente com outros que aceitaram e promoveram a sua ascensão. Dito isto, não faltam por cá “CONDES DE ABRANHOS(2). Entretanto, o folclore continua lá para os lados do PALÁCIO DE BELÉM, porque hoje DOM MARCELO I, o popular, recebe a SELECÇÃO PORTUGUESA DE FUTEBOL SUB-19, sagrada campeã europeia na Finlândia, num jogo frente à sua congénere italiana. Será que a época do “fado é que instrói e o futebol é que induca” nunca mais acaba? Infelizmente, a maioria destes jovens campeões, tal como aconteceu com outros que os antecederam, saltará de empréstimo em empréstimo e de clube em clube até passarem ao anonimato, por via dos bons negócios que as SAD’S(3) são obrigadas a fazer.
Como parece que um onda de calor se aproxima, com temperaturas acima dos 40º celsius, resta-nos pedir à Virgem de Fátima que nos livre dos incêndios, faça com que a rede do SIRESP(4) funcione e que os helicópteros Kamov consigam descolar. Por via das dúvidas, é melhor dar também uma palavrinha a Santa Bárbara, para que nos mande chuva em caso de necessidade, porque nestas coisas da desgraça só a Divina Providência nos pode valer!

(1)SACO AZUL corresponde a fundos não declarados na contabilidade oficial de uma empresa com o objectivo de fugir ao fisco e/ou de pagar subornos. É sinónimo de contas clandestinas (caixa 2 ou caixa b são outros sinónimos) que apenas são do conhecimento de um círculo restrito de pessoas. Contudo, e como explica o Ciberdúvidas, este termo nem sempre teve esta conotação pejorativa. (2) “O CONDE DE ABRANHOS” é uma obra póstuma do grande escritor português Eça de Queiroz, que narra e satiriza uma figura do constitucionalismo, Alípio Abranhos. (3) Sociedades Anónimas Desportivas que permitem constituir um tipo de sociedade, sob a forma de sociedade anónima, cujo objecto é a participação numa modalidade em competições desportivas de carácter profissional, a promoção e organização de espectáculos desportivos e o fomento ou desenvolvimento de actividades relacionadas com a prática desportiva profissionalizada dessa modalidade. (4) Operadora de comunicações da Rede Nacional de Emergência e Segurança resultante da parceria público-privada promovida pelo Ministério da Administração Interna, que segundo tudo indica não funcionou em pleno nos incêndios ocorridos no ano passado em Pedrogão Grande.

domingo, 29 de julho de 2018

AINDA NÃO É SEGURO NEM CONCLUSIVO TOMAR DECISÕES DE VIDA OU DE MORTE COM BASE EM TESTES DE ADN DOS ANIMAIS

É o que podemos concluir através de um artigo publicado na REVISTA NATURE, no passado dia 25 de Julho, cuja principal autora é ELINOR KARLSSON (na foto seguinte), professora assistente de medicina molecular na Escola de Medicina da Universidade de Massachusetts, que adianta ser a genética uma ferramenta realmente poderosa e nova, mas como é realmente nova, ainda não compreendemos todo o seu significado.
À parte disto, segundo é adiantado e denunciado no artigo, a ciência por detrás do teste genético para cães está atrasada, o que não impede que o seu mercado esteja a crescer. Em todo o mundo, há pelo menos 19 laboratórios que comercializam testes genéticos para cães, testes que geralmente custam menos de 200 dólares e que dizem revelar o risco genético para mais de 100 doenças. Apesar do pouco que ainda se sabe sobre esta matéria, “uma cadeia de hospitais veterinários dos Estados Unidos até recomenda o teste genético para todos os cães, alegando que os testes podem informar "cuidados de saúde individualizados" e orientar o treino comportamental de cada cão” – afirmaram os autores.
KARLSSON e os seus colegas dizem que para se desmembrar quais mutações ou combinações de mutações podem levar a condições de saúde, é necessário realizar enormes estudos de testes genéticos com a participação de dezenas de milhares de animais, já que a maioria das pesquisas relacionadas com cães é até ao momento baseada em pequenos e pouco abrangentes estudos. Por outro lado, e passo a citar: “A maioria dos veterinários não sabe o suficiente sobre as limitações dos estudos, ou sobre a genética em geral, para poder aconselhar os donos preocupados".
Completando esta afirmação, a mesma cientista deu o seguinte exemplo: “ um estudo genético pode descobrir que cães com uma condição médica têm uma mutação genética específica . Mas o próximo passo, que a maioria dos pesquisadores de canídeos ainda tem que fazer, é conseguir um novo grupo de cães para testar quantos com a mutação vão desenvolver a doença. Esse passo permitiria aos pesquisadores, com base nessa mudança genética, prever que cães a contrairiam. Essa é a parte que estamos perdendo e que é muito importante, caso queiramos usar os resultados clinicamente.”
Para melhorar o teste genético para cães, os autores recomendaram várias etapas que podem ser imediatamente  implementadas, que incluem a partilha de estudos sobre genética dos animais de companhia (neste momento, a maioria dos estudos industriais são privados, o que significa que outros investigadores não podem ler e avaliar os resultados) e treinar conselheiros genéticos de animais de estimação que possam explicar os resultados dos testes aos veterinários e aos donos de animais.
Entendem também estes cientistas que a indústria deverá criar uma metodologia padrão para testar a genética dos cães, delineando, entre outras coisas, como as amostras deverão ser colectadas, enviadas e analisadas. Em simultâneo, os estudos sobre animais de estimação deverão ter um determinado número de participantes, antes das alegações serem feitas sobre os resultados. E, se porventura um gene é suspeito de aumentar o risco de uma condição médica, a empresa deveria indicar, numa escala de 1 a 5, quão grave é esse risco e o que a evidência diz acerca dele.
Os autores do artigo terminam dizendo que os resultados dos actuais testes não são ainda conclusivos para se proferir uma sentença de vida ou de morte dos animais, que servem somente como indicadores e que “as comunidades científica e industrial precisam de estabelecer alguns padrões básicos para garantir que sabemos o que os testes realmente significam." O presente trabalho não poderia ser mais oportuno, porque já havia por aí gente que abatia animais antes da manifestação ou desenvolvimento duma possível doença, que poderiam contrair ou não, tudo com base em testes de ADN ao dispor do consumidor.