Apraz-nos a abordar este
tema como uma citação bíblica, escusando-nos do seu carácter escatológico e sem
querermos tornar sacro aquilo que vamos dizer, somente nos lembrámos do constante
no Salmo 118, versículo 22: “A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a
pedra angular” porque debaixo dum princípio idêntico nos dedicámos à criação e
ao treino de Pastores Alemães Negros, já que não o fizemos por moda, por serem
melhores que os outros, por serem mais rentáveis ou por achá-los mais bonitos
ou apelativos, mas porque não eram visíveis nesta variedade cromática as
dificuldades mecânicas, psicológicas e cognitivas que assolaram e continuam a
assolar a variedade preto-afogueada, tanto do agrado de expositores e juízes e
uma tremenda dor de cabeça para quem dela espera aquilo que outrora foi.
Como a
variedade negra é recessiva, foi gradualmente afastada das exposições, ao ponto
de ser completamente desprezada e isenta de beneficiamentos desastrosos,
mantendo assim intactas as mais-valias que fizeram do Pastor Alemão um cão
renomado, sem os handicaps hoje reconhecidos e denunciados na variedade dominante,
fruto duma selecção sem sentido ou dum desnorte que apenas se tem preocupado
com a estética. Aquilo que expositores e juízes rejeitaram, foi o que melhor
nos serviu para o trabalho. Debaixo da mesma preocupação adquirimos grande
número de lobeiros, numa época em que raramente eram vistos e pouco apreciados.
É caso para se dizer: quando uns não querem, estão os outros estalando!
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