É sabido que não morremos
de amores por César Millan, que não reconhecemos nele um método de ensino
próprio ou inovador, que ridicularizamos e denunciamos as suas soluções
imediatas e o grotesco de alguns subsídios de ensino que adianta, contudo não o
invejamos nem tampouco lhe desejamos algum mal, porque o entendemos como um “entertainer”
e nisso há que tirar-lhe o chapéu. Mas lá para a América há muita gente que não
pensa como nós, que é invejosa e procura oportunidade, que tudo faz para saltar
para a ribalta, aproveitando-se inclusive dos erros e desaires alheios, nomeadamente
dos ocorridos com gente famosa para alcançar visibilidade. Desta fez a desgraça
caiu sobre o “encantador de cães”, que não consegui travar atempadamente o
ataque dum mestiço de Buldogue Francês sobre um leitão, acabando o porquinho a
sangrar e com uma orelha rasgada.
Como resultado disso, ocorrido
no “César Show 991”, Millan está sob investigação por crueldade animal e não há
pé-rapado na América que não tente morder-lhe nos calcanhares, inclusive
adestradores até aqui desconhecidos. Dir-nos-ão que é o preço da fama e são
capazes de estar certos. Errado e tramado ficou o César, que deveria ter
treinado melhor o cão e ensaiado a cena, que vê a sua vida emporcalhada por um
simples porco. Nas sociedades “do tudo ou nada”, exactamente como sucede no
futebol, um homem depressa passa de bestial a besta, de “encantador” a monstro.
Como já vimos o vídeo do acontecido, aguardamos com alguma curiosidade os
resultados da investigação.
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