O
cão que mordeu um bebé de dois meses em Yvelines (França) será sacrificado, segundo
anunciou o prefeito Jean-Jacques Brot (na foto acima). Skaar, um American
Staffordshire, irá ser sacrificado em breve segundo ordenou o prefeito de
Yvelines na passada segunda-feira, 20 de novembro de 2023.
No
passado dia 7 de setembro, em Magnanville, este cão mordeu um bebé de dois
meses que se encontrava ao colo da mãe, perfurando-lhe uma coxa e uma nádega, o
que o levou a ser internado de urgência no Hospital Necker, em Paris,
encontrando-se fora de perigo. O prefeito de Magnanville, onde o incidente
ocorreu, recusou-se a decidir sobre o caso.
Brot,
o prefeito de Yvelines, preferiu aplicar o princípio da precaução “tendo em
conta [o facto] que o risco de recorrência não pode ser excluído”, optando por
mandar abater o cão. Como qualquer cão que morde, Skaar foi submetido a uma
avaliação comportamental por um veterinário e as conclusões mostraram que ele
não era particularmente perigoso e que sofria de um défice de treino. O
prefeito de Magnanville, Michel Lebouc (na foto seguinte), recusou-se a tomar
uma decisão sobre o assunto e pediu ao Estado que “assumisse as suas
responsabilidades”.
Desde
o ocorrido, o cão está alojado num canil do Departamento. A sua proprietária
ainda pode interpor uma sentença sumária no tribunal administrativo de
Versalhes, através do seu advogado. Questionados pelo Le Parisien, os pais do
bebé mordido não ficaram satisfeitos com a decisão do prefeito. “Não queríamos
que o cachorro morresse ”, disse a mãe. “Desejávamos apenas que ele não voltasse
para as mãos da sua dona.”
Não tenho qualquer dúvida ao afirmar que estamos perante mais uma morte escusada, produto de uma decisão errada, preconceituosa e baseada numa falsa premissa, que por si mesma desacredita todo e qualquer processo de reeducação canina. Se o veterinário a quem foi pedido o parecer concluiu que o cão não era perigoso e que precisava de treino, a sua reeducação é mais do que possível e o seu abate gratuito. A somar a isto, a parte lesada não pediu e não está de acordo com o abate do animal, apenas gostaria que o cão não voltasse para a posse da sua dona, o que mostra sabedoria e indica qual o verdadeiro culpado do incidente. A decisão de Jean Jacques Brot é típica de um funcionário do estado, de um polidor de poltronas que vê o mundo da sua janela, de um burocrata insensível que se julga magnânimo.
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