No
quadro da solidariedade da UE para com a Ucrânia, a Comissão Europeia decidiu
treinar e doar um total de 50 cães detectores de explosivos e minas às
autoridades ucranianas, até ao final de 2024, entregando agora um segundo
pacote onde se incluem Pastores Alemães, Belgas e Holandeses. Como consequência
da agressão russa contra a Ucrânia, milhares de minas e outras ameaças
explosivas estão espalhadas por uma área de terra contaminada equivalente à
Áustria, à Dinamarca e aos Países Baixos em conjunto, o que deixa a Ucrânia com
um desafio sem precedentes, o de varrer esta extensa área, que representa mais
de 30% do seu território.
No
passado dia 9 de novembro de 2023, teve lugar uma cerimónia de entrega na base
da Guarda Fronteiriça Polaca em Nowy Sacz, durante a qual um lote adicional de
oito cães detectores de explosivos e minas recém-treinados foi entregue às
Forças Armadas Ucranianas e ao seu Batalhão Humanitário de Desminagem. Esta
cerimónia completou um treino final de duas semanas, durante o qual os cães
detectores de minas foram emparelhados com os seus adestradores ucranianos.
Este projecto foi lançado em outubro de 2022 pela Comissão Europeia e pelo Serviço de Instrumentos de Política Externa (FPI), quando os primeiros 9 cães começaram a ser treinados. Estes cães ágeis e de tamanho médio são treinados para localizar minas e munições não detonadas dentro e fora de edifícios, assim como em veículos que foram queimados ou bombardeados e também nos vastos campos da Ucrânia. Os cães desminadores serão agora apoiados por drones de detecção de metais fornecidos pela Comissão Europeia, que examinam os campos antes de os cães serem destacados para as áreas suspeitas.
Esta
abordagem tem tido um bom desempenho em simulações até à presente data e será agora
testada contra ameaças reais na Ucrânia. Outra componente desta acção da UE de
apoio à Ucrânia é a detecção de ameaças químicas, biológicas, radiológicas e
nucleares (QBRN). A Comissão Europeia tem vindo a estabelecer um protocolo para
detectar ameaças radiológicas, utilizando cães treinados e equipados com
sensores de detecção radiológica. Esta abordagem piloto foi testada com sucesso
pela Polícia Luxemburguesa e permitirá às Forças Armadas Ucranianas detectar
fontes radioactivas roubadas ou escondidas em edifícios por redes do crime
organizado.
Desde os primeiros dois meses que se seguiram à invasão russa da Ucrânia, a Comissão Europeia reuniu uma equipa especializada de toda a UE para ajudar os esforços de desminagem ucranianos. A Bélgica e a Polónia são dois parceiros-chave que têm sido fundamentais na implementação deste projecto. Os militares belgas e a Unidade dos Cárpatos da Guarda de Fronteira Polaca forneceram terrenos militares apropriados que simulam as áreas de intervenção na Ucrânia para o treino dos cães.
O programa de treino da UE para os
cães que ajudam a limpar as cidades e os campos da Ucrânia de todos os tipos de
explosivos, foi desenvolvido pela Comissão Europeia com o apoio dos membros
responsáveis pela aplicação da lei do seu Grupo de Trabalho de Cães Detectores
de Explosivos. No total, a UE financia a formação e a logística de 50 cães
detectores de minas, pré-treinados na Bélgica e emparceirados com os seus
tratadores ucranianos durante uma sessão especial de formação, antes de serem
entregues às autoridades ucranianas. O custo estimado para os 50 cães de
detecção é de aproximadamente 2 milhões de euros - Slava Ukraini. Heroiam
slava!
PS: Os velhos Pastores Alemães lobeiros continuam a marchar para a linha da frente, mas agora com a família toda reunida, irmanados e cerrando fileiras com Belgas e Holandeses.
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