quinta-feira, 30 de novembro de 2023

ALGUÉM SABE QUANTAS GUERRAS FALTAM PARA OS CÃES SEREM DISPENSADOS DELAS?

 

Quatro cães militares israelitas que foram vitais para salvar vidas de soldados ao encontrar armas e bombas escondidas pelo Hamas serão enterrados com todas as honras militares. O grupo de pastores belgas “CRACK” foi morto pelo Movimento de Resistência Islâmica depois de ter descoberto mais de 50 dispositivos armadilhados, armas e stocks de munições no último mês. Os cães, todos pertencentes à unidade especializada OKETZ (k-9) das Forças de Defesa de Israel (IDF), estavam estacionados na BRIGADA DE OPERAÇÕES ESPECIAIS MAROM e foram vitais na descoberta de armas de fogo escondidas nos contestados hospitais al-Shifa e turcos na cidade de Gaza, além de serem responsáveis pela localização dos corpos de dois reféns sequestrados. Quatro desses cães especialistas – chamados Mido Taiga, Jack e Gendi – foram mortos no conflito e serão enterrados no cemitério da unidade no seu Quartel-general. Os cães Malinois encontraram a paciente oncológica Yehudit Weiss de 64 anos e o cabo Noa Marciano de 19, em al-Shifa na semana passada. Ambos supostamente mortos pelo Hamas, apesar do grupo palestiniano ter alegado que a Sra. Weiss tinha morrido de um “ataque de pânico” e o cabo Marciano de ferimentos durante um ataque israelita.

Autoridades israelitas disseram que os cães encontraram bombas em várias áreas do hospital de Shifa, reforçando as alegações das IDF de que o Hamas usou uma sofisticada rede de túneis sob o comando de Al Shifa como centro de comando e controle, contrariando a legislação internacional. Na semana passada, as IDF descobriram vários poços e túneis no edifício do hospital, que mais tarde foram explodidos, enquanto o Hamas continuava a negar que o local fosse um reduto militar. No entanto, fontes das IDF disseram que foram encontradas armas “por todo o hospital”, graças aos cães, incluindo debaixo das camas, equipamentos médicos e armários. As mesmas autoridades partilharam imagens incríveis dos cães em acção e revelaram como um deles salvou a vida de uma unidade de soldados depois de detectar uma bomba armadilhada. O cão chamado Denver – que ainda está vivo – farejou dois grandes carros-bomba perto do hospital turco em Gaza e uma bomba dentro de um carro entre dois prédios do complexo. Depois que o Denver alertou a unidade, a filmagem mostra como um drone Zik foi chamado e retirou o carro com segurança, sem ferir nenhum dos soldados. Os cães também são usados na verificação de túneis túneis para soldados quando o acesso é difícil, por meio de câmeras fixadas nas suas cabeças.

Outro cão encontrou também uma bomba letal com armadilha que continha estilhaços e balas, que também acabou desactivada com segurança. As autoridades militares israelitas destacaram o Malinois “GENDI” pela sua bravura, depois de ter sacrificado a sua vida para salvar soldados numa unidade que entrou num bloco de apartamentos na cidade de Gaza como parte de uma operação de limpeza. O cão foi enviado e passou pelo primeiro e segundo andares, mas foi emboscado por um terrorista no terceiro, que nele atirou pensando tratar-se de um soldado. Como resultado, a unidade das IDF foi alertada sobre a presença inimiga e capaz de agir contra ela, direccionando o fogo e neutralizando todos os inimigos. Um oficial das IDF disse ao MailOnline: “O cão sacrificou a sua vida para salvar os soldados que teriam sido emboscados, e este foi apenas um de muitos casos”. Outro oficial disse: 'Os combatentes e cães da unidade participam em todas as missões operacionais, estão determinados a operar sempre que for necessário. Continuaremos a ser uma unidade significativa para a segurança das nossas forças. Os cães que morreram defendendo bravamente o nosso país serão homenageados e lembrados.” A unidade Oketz foi fundada em 1939. Desde então, mais de 150 cães foram mortos em combate e estão enterrados no cemitério do Quartel-general da unidade no centro de Israel.

Parece que poucos duvidam que a Oketz é uma das melhores unidades K9 mundiais, o que se deve em primeira instância ao treino árduo e continuado de homens e cães em cenários reais que tornam obsoletos os mais exigentes simulacros, num lugar geoestratégico ora de guerra aberta ora de guerra latente e vice-versa. Diante dos cães que já morreram e vão continuar a morrer, cento e tal anos depois, pergunta-se: quantas guerras faltarão para os cães serem dispensados delas? Será que ainda não tivemos tempo suficiente para pensar nisso? Hoje nascer cavalo é na maioria dos casos um privilégio, nascer cão pode ser ou não! Enquanto a vida dos cães for barata, eles continuarão a marchar para a guerra, traídos por uma amizade condicionada, também por um brinquedo e um saco de biscoito baratos. Mais do que heróis, eles continuam a ser vítimas do especismo que nos assola. Que venham os cães de lata com IA – os de carne e osso agradecem – os soldados humanos nem tanto!

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