Na cidade tailandesa de KANCHANABURI,
capital da província com o mesmo nome, um casal gastou cerca de 43.574€ na
construção de um MAUSOLÉU
ORNAMENTADO COM DOIS CAIXÕES REFRIGERADOS para o seu
falecido cão, contrariando a tradição budista que defende nestes casos a
cremação ao invés da conservação em gelo. A existência dos dois caixões serve
para mudar o cão de um para o outro, caso o primeiro esteja demasiado gelado. O
dono do cão, que o criou desde cachorro, adiantou outra vantagem acerca do
mausoléu que mandou levantar: “Podemos tirá-lo (o cão) do caixão e abraçá-lo
sempre que quisermos”.
Kanchanaburi foi ocupada
por tropas japonesas em 1942, durante a II Guerra Mundial e nela foi construída
a célebre Ferrovia da Morte, obra do trabalho escravo de prisioneiros de guerra
aliados e asiáticos, que se viram obrigados a construir uma ponte, evento
imortalizado no filme “A
PONTE DO RIO KWAI”, projecto que matou quase metade dos
prisioneiros devido a maus tratos, doenças e acidentes (o local está
devidamente assinalado, tem agora uma ponte de pedra e é muito visitado por
turistas de todo o mundo).
Com uma área três vezes e
meia superior à de Portugal e com um PIB (Produto Interno Bruto) duas vezes
maior que o nosso, a Tailândia é um país de grandes contrastes e numerosas
assimetrias, onde há gente que tudo tem e outra que luta todos os dias pela sua
sobrevivência, para além de ser um lugar de eleição para os ocidentais
dedicados ao turismo sexual (dizem que ali não há sonho ou fetiche que não se
concretize). Dentro deste contexto, não nos espanta ver sumptuosos mausoléus
caninos naquelas bandas. “CEST
LA VIE”, como dizem os franceses que também andaram por lá!
Sem comentários:
Enviar um comentário