A história é muito fácil
de contar, foi recentemente narrada na maioria dos tablóides britânicos, saltou
para os media internacionais e está a provocar alvoroço na internet. EMMA McNULTY (na
seguinte), uma escocesa de 18 anos, estudante e a trabalhar em part-time num
restaurante, sentiu-se perturbada depois da morte da sua velha cadela yorkshire
MILLIE e
faltou ao trabalho. A entidade patronal não aceitou a morte do animal como
desculpa válida para faltar ao trabalho, recusou conceder-lhe um dia de folga
para chorar a Yorkshire que cresceu com ela e acabou por despedi-la.
Como para McNulty um
animal de estimação tem tanta importância quanto um membro da família humana,
ela entende que os empregadores deverão reconhecê-lo também e dar aos seus
empregados o tempo de luto necessário pela morte dos seus animais. De imediato
lançou uma petição que já alcança vários milhares de assinaturas. A BLUE CROSS,
associação de bem-estar animal britânica, fundada em 1887, pôs-se do seu lado e
uma das apoiantes da teenager escocesa, Louise Stephen disse: “Eu não tenho filhos e
decidi ter uma cadela no seu lugar. Ela é o meu mundo e se algo lhe acontecer,
eu não tenho permissão para levá-la ao veterinário nem o direito de faltar ao
emprego quando ela morrer. No entanto, se eu tiver um filho, posso fazer essas
coisas”.
Do jeito que as coisas
vão, com os cães equiparados a crianças e com o seu número a crescer, ao ponto
de substituírem os filhos e verem os seus direitos mais depressa respeitados que os das crianças, a licença de luto por animal de estimação estará aí não
tarda e será somente uma questão de tempo, considerando a grande paixão que os
ocidentais têm pelos seus animais de estimação. Neste novo milénio tudo leva
a crer que a solidariedade humana com os animais suplantará a tão necessária
entre os homens. Estará isso certo? Cada um que se interrogue.
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