sexta-feira, 23 de agosto de 2019

LICENÇA DE LUTO POR ANIMAL DE ESTIMAÇÃO NA FORJA

A história é muito fácil de contar, foi recentemente narrada na maioria dos tablóides britânicos, saltou para os media internacionais e está a provocar alvoroço na internet. EMMA McNULTY (na seguinte), uma escocesa de 18 anos, estudante e a trabalhar em part-time num restaurante, sentiu-se perturbada depois da morte da sua velha cadela yorkshire MILLIE e faltou ao trabalho. A entidade patronal não aceitou a morte do animal como desculpa válida para faltar ao trabalho, recusou conceder-lhe um dia de folga para chorar a Yorkshire que cresceu com ela e acabou por despedi-la.
Como para McNulty um animal de estimação tem tanta importância quanto um membro da família humana, ela entende que os empregadores deverão reconhecê-lo também e dar aos seus empregados o tempo de luto necessário pela morte dos seus animais. De imediato lançou uma petição que já alcança vários milhares de assinaturas. A BLUE CROSS, associação de bem-estar animal britânica, fundada em 1887, pôs-se do seu lado e uma das apoiantes da teenager escocesa, Louise Stephen disse: “Eu não tenho filhos e decidi ter uma cadela no seu lugar. Ela é o meu mundo e se algo lhe acontecer, eu não tenho permissão para levá-la ao veterinário nem o direito de faltar ao emprego quando ela morrer. No entanto, se eu tiver um filho, posso fazer essas coisas”.
Do jeito que as coisas vão, com os cães equiparados a crianças e com o seu número a crescer, ao ponto de substituírem os filhos e verem os seus direitos mais depressa respeitados que os das crianças, a licença de luto por animal de estimação estará aí não tarda e será somente uma questão de tempo, considerando a grande paixão que os ocidentais têm pelos seus animais de estimação. Neste novo milénio tudo leva a crer que a solidariedade humana com os animais suplantará a tão necessária entre os homens. Estará isso certo? Cada um que se interrogue.

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