Pouco tempo depois do galo
cantar, o Afonso e o Tomás levantam-se de cama, fazem a sua higiene pessoal,
tomam o pequeno-almoço e saem para o treino com as suas cadelas, enquanto a
maioria dos seus colegas do liceu continuam a dormir e a suplicar que não os
acordem. O treino não é tarefa fácil para homens e cães, mas a cumplicidade que
os une tudo torna possível, desde que o exemplo não falte a recompensa se faça
presente. Na foto acima vemos o binómio Afonso/Nasha num salto de aquecimento e
na seguinte o Tomás com a Lexa a ultrapassar um túnel.
Como o túnel possibilita
dois usos, pedimos aos binómios presentes que o saltassem. Na foto abaixo
podemos ver o modo incorrigível como o obstáculo foi vencido e ultrapassado,
com o condutor no sítio certo na saída (3º momento).
Há que aproveitar tudo o
que a cidade nos oferece para reforçar a liderança e muscular os cães. A determinado
momento deparámo-nos com uma caixa de electricidade e aproveitámo-la como obstáculo.
O mesmo aconteceu com um
gradeamento de ferro com 50 cm de altura, que foi usado como slalom,
possibilitando saltos à esquerda e à direita com um intervalo de dois passos,
tarefa apenas ao alcance de cães aprovados e experimentados.
Costuma-se ouvir dizer que
“candeia que
vai na frente alumia duas vezes” e foi isso que o Tomás
se viu obrigado a fazer, para que a Lexa seguisse o seu exemplo e ultrapassasse
o obstáculo à sua frente.
À falta de uma passerelle,
usámos um muro estreito para ensinar a Nasha a rodar em cima dele e de qualquer
passagem estreita. Esta inversão de marcha fica a dever-se mais à técnica dos
condutores do que à habilidade dos cães.
Quando treinamos exclusivamente
obstáculos damos a preferência àqueles que possibilitam um desempenho binomial
dividido, onde homens e cães fazem tudo lado a lado, visando o aumento da
confiança dos cães e o melhor desempenho dos seus condutores (os donos também
precisam de estar em forma quando conduzem os cães à trela).
Estiveram presentes os binómios
Afonso/Nasha e Tomás/Lexa. O tempo esteve de feição, estranhámos a ausência do
Gonçalo e do Ruca e também não pudemos contar com a presença da Svetlana. No
final ainda houve tempo para se tirar uma foto à Nasha junto duma pintura
moral, ocasião que aproveitámos para usar o comando de “quieto”.
Se não acontecer nada em
contrário, amanhã, pouco tempo depois do galo cantar e enquanto outros dormem,
voltaremos ao trabalho com a mesma decisão e empenho.
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