De acordo com o relatório
revelado pelo canal alemão de televisão ARD
no seu programa “REPORT
MÜNCHEN”, revista televisiva sobre eventos políticos, que teve
com parceiros de investigação o GUARDIAN
britânico
e o centro de busca CORRECTIV, com
base em centenas de documentos internos da FRONTEX,
agência europeia que visa prestar assistência aos países da UE na correcta
aplicação das normas comunitárias em matéria de controlos nas fronteiras
externas e do reenvio de imigrantes ilegais para os seus países de origem, com
sede em Varsóvia, na Polónia, membros desta autoridade, devidamente fardados,
infligiram maus-tratos a refugiados, promoveram-lhes caçadas com cães e não
hesitaram em atacá-los com sprays de gás pimenta, agressões também perpetradas
por guardas fronteiriços na Bulgária, Hungria e Grécia, numa clara violação dos
Direitos Humanos. Segundo o mesmo relatório agora tornado público, a Frontex
não implementou quaisquer medidas contra estes abusos.
Por conta desta inacção,
que a muitos choca, há quem acuse a Frontex de conivência e cumplicidade. Outro
relatório a que os jornalistas tiveram acesso faz saber que, nos voos de
deportação, os menores foram embarcados desacompanhados e que os refugiados
foram sedados. Comportamentos destes levaram Andreas Potakis, Comissário dos
Direitos Humanos condenou o ocorrido, lamentando estes padrões de comportamento
no seio da autoridade fronteiriça europeia. Como é do conhecimento público não
existe na prática um consenso relativo às políticas de emigração da UE, uma vez
que diversos estados-membros optam por diferentes estratégias.
O comportamento abusivo de
alguns países europeus em relação à emigração lembra, e em alguns casos é
idêntico, às políticas fronteiriças do Sr. Trump, tão condenadas aqui na Europa,
mas igualmente praticadas, porque ninguém quer os desgraçados - teme-se pela
miséria! Diante da situação actual, vivemos numa guerra global e aberta entre
ricos e pobres, com uns a defenderem a sua riqueza e outros a querê-la também
para si, peleja em tudo igual à verificada entre os cães, que não gostam de
repartir os seus repastos, mesmo que não tenham fome.
Portugal sempre oferece os
seus bons ofícios aos imigrantes que chegam à Europa e nisto é incorrigível,
mas porque será que depois de cá chegarem, logo se escapam para outros países
europeus mais prósperos, apesar de receberem aqui melhores apoios que muitos
nacionais, gente há muito acostumada a esconder a sua própria miséria?
Deseja-se que seja encontrada uma solução para esta guerra, que faça regressar
os cães às suas boxes e que reduza a zero o número de vítimas.
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