segunda-feira, 8 de maio de 2017

SENÃO ECLODIR UMA GUERRA…

Senão eclodir uma guerra, os cães continuarão a ser um dos melhores negócios deste mundo, não tanto pelo que custam ou valem, mas pela importância crescente que vão tendo junto dos cidadãos das actuais sociedades livres, que os querem cada vez mais juntos de si e melhor tratados. Os cães estão na moda, na “mó de cima”, por causa deles se pode ganhar ou perder uma eleição, pelo seu convívio alcançam-se novas amizades, algumas inimizades, relacionamentos mais intensos e até casamentos (também divórcios). Longe vai o tempo em que os cães ficavam em casa enquanto os seus donos iam de férias, agora partem juntos para toda a parte e as companhias transportadoras, sejam elas rodoviárias, marítimas ou aéreas, oferecem hoje melhores condições para que isso aconteça.
No mundo dos negócios e a na procura de maiores proventos mais interessa o lucro que o credo de cada um, não sendo por isso de estranhar que companhias aéreas de países muçulmanos aceitem cães e gatos na cabine da Classe Económica até 7 kg de peso, em voos com duração até 5 horas, desde que o número de animais de estimação não exceda o par por voo, as dimensões das caixas caibam debaixo da área do assento e seja feita uma reserva 48 horas antes da partida, como pratica e se disponibiliza a Royal Jordanian Airlines à imitação da vizinha El Al e de algumas companhias aéreas ocidentais (nisto estão de acordo árabes, judeus e cristãos).
Ainda que à partida nos pareça pouco provável, não estranharíamos ver primeiro resolvidos os problemas dos pets que os dramas dos seus donos, porque a promoção canino/felina não tem sido acompanhada por uma maior dignificação da condição humana. O que nos impedirá de tratar condignamente o nosso semelhante? O que terá ele a menos que os nossos cães e gatos? 

Sem comentários:

Enviar um comentário