Por enquanto não são
muitos os “dogwalkers” em exercício em Portugal, sendo mais fácil encontrar os
existentes nos bairros mais ricos das grandes cidades ou no interior de
condomínios para as classes sociais mais altas. Exemplo disso é o que sucede em
Lisboa nos Bairros do Restelo e de Belém, onde um pequeno grupo de jovens
estrangeiros e nacionais se dedica a esse ofício, rebocando pelos passeios cães
de vários tamanhos e apresentações. Os preços que cobram não são elevados e só
conseguirão ultrapassar o montante do salário mínimo se tiverem muitos
clientes. São geralmente estudantes, trabalhadores não qualificados, artistas ainda
por aclamar e gente desempregada de ambos os sexos (alguns deles prestam esta
actividade como 2º emprego).
Nas grandes cidades
inglesas dogwalkers não faltam e pelos vistos clientes também não (mesmo com a
economia em recessão), de tal maneira que em Gosport, uma cidade pertencente ao
Condado de Hampshire na costa sul inglesa, o Conselho Municipal decidiu reduzir
o número de cães assim transportados em simultâneo de 6 para 4, medida que nem
todos os proprietários caninos e dogwalkers apoiaram, mas que a população em geral
agradeceu por lhe sobrar mais espaço nos locais públicos. Quem for apanhado a
passear mais de 4 cães ao mesmo tempo sujeita-se a uma multa de 100 libras,
podendo ser reduzida para metade quando paga imediatamente. Os funcionários
camarários também inquirirão junto de donos e dogwalkers dos saquinhos próprios
para a apanha dos dejectos caninos. Esta lei municipal entrou em vigor ontem e
é possível que venha a ser seguida em breve noutras cidades do Reino Unido.
Sem comentários:
Enviar um comentário