A notícia é tão sórdida e
tão estúpida que nos apanhou de surpresa, pois jamais imaginaríamos que um cão
de terapia pudesse vir a ser morto pelo paciente a quem socorre. A notícia colhemo-la
do “Mirror” on-line e o triste episódio aconteceu nos Estados Unidos com uma
veterana do exército americano, que ao que tudo indica e segundo um vídeo que
pôs a circular, acabou por matar a tiros (5) e também por espancamento, o cão
que lhe foi distribuído como terapeuta, depois de o amarrar a uma árvore, no que
foi ajudada pelo seu companheiro, também ele militar e estacionado em Fort
Bragg, na Carolina do Norte, tido como a maior instalação militar do mundo em
termos de população (50.000 pessoas no activo).
O cão assassinado, um
Pitbull branco e cinzento de nome “Camboui”, por vezes também tratado por “Cam”
ou “Cammy”, acabou por ser sepultado bem perto do local onde foi executado
pelos seus pretensos algozes. Sabe-se que os presumíveis autores deste hediondo
crime foram acusados respectivamente de crueldade animal e conspiração no
incidente. A militar em questão, Marinna Rollins, de 23 anos de idade (nas fotos
abaixo), pensa-se que se juntou ao Exército dos Estados Unidos em Fevereiro de
2014 e foi medicamente dispensada do activo em Janeiro deste ano, sendo-lhe
diagnosticado “stress pós-traumático” (PTSD) e outros distúrbios mentais (ao
serviço do US.Army esteve na Coreia do Sul como ilustradora multimédia).
Às 3 horas da madrugada do
último Domingo, quando ainda se encontrava em liberdade debaixo de fiança, foi
encontrada morta no seu apartamento, apontando o inquérito policial em curso para
a hipótese de suicídio. Por todo o lado é difícil fazer soldados à força e é
uma profunda loucura esforçar quem está à beira da ruptura. Marinna Rollins,
que Deus a tenha em paz e também distante dos cães, é a antítese plena do “Iron
Mike”, porque nunca deveria ter sido considerada apta para o serviço e vestido
uma farda. Será caso único? Se muitos mais houver é porque algo vai francamente
mal no recrutamento norte-americano. Oxalá a morte do famigerado Camboui seja
um facto isolado, porque não há nada pior que ser “abatido por fogo amigo” ou
ser traído por quem amamos. Ironicamente este Pitbull veio para dar vida e
acabou morto. Afinal, os cães de terapia também podem morrer no cumprimento do dever, particularmente quando entregues a gente que deveria estar internada
e debaixo da mais rigorosa observação, considerando a sua própria segurança, a
dos outros e a dos pobres animais.
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