segunda-feira, 15 de maio de 2017

HMP BELMARSH: UM LUGAR POUCO ACONSElHÁVEL PARA QUEM LÁ ESTÁ E PARA QUEM LÁ VAI

Infelizmente todos os países desenvolvidos são obrigados a ter uma ou mais prisões de alta segurança. A portuguesa fica em Monsanto, no topo desarborizado da floresta que é o “pulmão de Lisboa. Em Inglaterra existe a HMP Belmarsh, em Thamesmead, a sudeste de Londres, para onde são enviados os detidos mais perigosos do Reino Unido (terroristas e psicopatas), uma unidade prisional que pelo rigor das suas regras e alegadas violações dos direitos humanos, já mereceu o título de “versão britânica da Baía de Guantánamo”, pelo que quem lá cai não é boa praça!
Como não podia deixar de ser, atendendo à sua importância estratégica para a segurança nacional e para impedir a livre circulação de droga atrás das grades, ali operam cães de patrulha e detectores de estupefacientes, vistoriando os últimos várias cadeias do sistema prisional britânico (115 públicas e 14 prisões privadas na Inglaterra e no País de Gales) devido ao elevado aumento do consumo de droga entre os presos (droga e desacatos sempre andam de mãos dadas), num total de 550 cães, pertencendo 40 deles à empresa privada G4S líder mundial na prestação de serviços de segurança, com sede em Londres e a operar em mais de 100 países.
No passado dia 31 de Março, quando se encontrava de visita a um detido naquele estabelecimento prisional, uma menina foi inesperadamente atacada por um Labrador treinado para a detecção de drogas, vindo a necessitar de uma cirurgia plástica, quando o animal procedia a uma operação de rotina. Após o ocorrido e como de costume, foi elaborado um inquérito e o cão foi tirado de serviço, a família da criança diz-se chocada e espera uma indemnização por parte do Ministério da Justiça britânico (compreende-se).
Como nos custa acreditar que o tratador do dito cão o tenha instigado contra a menor, é bem possível que ela tenha sido agredida por se sentir insegura, mostrar medo ou ter entrado em pânico, reacções suficientes para despoletarem o ataque daquele animal, o que não isenta de maneira nenhuma a responsabilidade do seu tratador e que compromete de sobremaneira o seu profissionalismo.
Este incidente lembra-nos que há muita gente com medo de cães e que esse medo pode ser-lhe lesivo e até fatal, por servir de detonador e incentivo para os ataques caninos. Se você tem medo de cães ou tem algum familiar ao seu encargo que os teme, é de todo conveniente que se dirijam a uma escola canina e levem gradualmente de vencida esse temor, através de cães próprios para o efeito e debaixo da supervisão de quem os forma e ensina, porque doutro modo e quando menos esperar, numa esplanada ou em qualquer jardim, poderá vir a receber uma inesperada dentada de um inocente cãozito que se estreou para o efeito naquela hora (não é por acaso que a lei obriga que todos os cães sejam conduzidos à trela nos lugares públicos). A cinofobia tem cura e está ao alcance de qualquer um, desde que sinta essa vontade e seja convenientemente auxiliado. 

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