Segundo a “The US
Veterans' Administration” revelou e que o “The Telegraph” on-line tornou
público, a cada 65 minutos um veterano de guerra dos Estados Unidos comete
suicídio devido ao distúrbio do stress pós-traumático (PTSD). As taxas mais
altas verificam-se nos soldados vindos das guerras do Iraque e do Afeganistão.
A frequência de trauma durante um combate militar atinge de 1/3 a metade das
tropas. Os sintomas podem incorrer em pesadelos recorrentes, em acordar com “flashbacks”
do trauma, em ataques de pânico, hipervigilância, retracção de emoções,
explosões exageradas de raiva, desapego por familiares e amigos, perca de
interesse generalizado e pensamentos suicidas, ocorrendo geralmente até 3 meses
depois do trauma em indivíduos sujeitos a graves lesões ou presentes num evento
traumático.
Desde a década de 70 do
século passado, que a enfermeira canina Elaine Smith usa cães de terapia para
auxiliar indivíduos atribulados por doenças físicas e distúrbios mentais,
recurso que tem contribuído para a diminuição da pressão arterial dos pacientes
e aumentado o seu bem-estar. Hoje já todos temos conhecimento de cães de
terapia que ajudam pessoas com deficiência visual, auditiva e outras a viverem
de forma mais independente, mas pouco sabemos acerca dos cães que são treinados
para ajudar indivíduos afectados por transtornos emocionais.
Recentemente os
profissionais que trabalham com os veteranos de guerra recém-chegados dos
combates decidiram também reuni-los com cães de terapia, estratégia que se tem
revelado extraordinariamente eficaz no alívio dos seus sintomas de stress pós-traumático (PTSD). Apesar de em média estes pacientes recuperarem em três
meses, ficam sujeitos a episódios recorrentes durante muitos anos e com
aumentado risco de depressão. Rick Yount do Departamento da Defesa em Bethesda,
Maryland/US, comprovou e descobriu que a introdução de um cão de terapia em
soldados que sofrem de PTSD aumenta-lhes o controlo dos impulsos, reduz-lhes os
sintomas do stress e da depressão, aumenta-lhes a capacidade de se expressarem
com emoções apropriadas, melhora-lhes o sono e leva-os uma menor procura de
medicamentos para a diminuição das dores.
Estes cães, de valor
incalculável, confortam os soldados acometidos de ataques de pânico, conseguem
acalmá-los quando se irritam e acabam por ajudá-los a reajustar as suas emoções,
tudo graças à oxitocina que despertam nos seus pacientes quando são
acariciados, transmitindo-lhes em simultâneo segurança e bem-estar, o que se
torna deveras importante para o restabelecimento das suas rotinas em atraso e
para o retomar dos seus propósitos anteriores ao trauma. Por tudo isto,
bendizemos os cães de terapia e quem os prepara. Que venham mais, nunca são
demais e fazem muita falta!
Sem comentários:
Enviar um comentário