Segundo descobertas
recentes na Ilha de Zhokhov, situada no Mar Ocidental da Sibéria e bem perto do
Árctico, tudo indica que sim! E se assim é, estamos perante a evidência mais
antiga da domesticação de cães até agora descoberta. O achado deve-se ao
arqueólogo Vladimir Pitulko da Academia de Ciências de São Petersburgo, que
escava naquela Ilha gelada desde 1989 (ainda morre para lá sem ninguém dar por
isso!).
Nas escavações que levou a
cabo recentemente, encontrou naquele local restos de trenós e ossos de cães
juntos, o que parece indicar qual o serviço desempenhado por aqueles animais,
cujas ossadas não eram de lobos mas de cães verdadeiros e sugerem que foram
criados para puxar trenós, muito embora as ossadas a princípio se parecessem com
algum tipo de híbrido cão-lobo.
Crê-se que os Zhokovianos
de há 9.000 atrás, que eram caçadores e que percorriam grandes distâncias,
criavam cães com um propósito definido – o de rebocar trenós, o que explica também
que a domesticação canina aconteceu ali por razões de trabalho ligadas a
actividades de sobrevivência e subsistência humanas, o que indicia
que o trabalho foi a principal razão que levou à domesticação de cães e dá também pistas acerca donde ela aconteceu primeiro. Aguardam-se novas conclusões.
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