O Hamas, uma organização
extremista palestino-sunita, islamo-fundamentalista com um braço armado – as Brigadas
Izz ad-DIN al-Qassan, que se diz movimento de resistência palestino, confunde-se
com o ISIS e outros grupos terroristas, sendo responsável por vários ataques suicidas,
bombas e lançamentos de rockets sobre Israel, Estado que não reconhece,
controla neste momento a Faixa de Gaza, uma estreita faixa de
terra localizada na costa oriental do Mar Mediterrâneo, no Médio-Oriente, que
faz fronteira com o Egipto a sudoeste (11 km) e com Israel a leste e a norte
(51 km). O território tem 41 km de comprimento e apenas de 6 a 12 de largura, numa
área total de 365 km2, território exíguo onde vivem 1. 700 000 pessoas,
maioritariamente muçulmanas, e que tem a sétima maior taxa de crescimento
demográfica do Mundo. A Faixa de Gaza sofre de falta de infra-estruturas, nalguns
locais encontra-se em escombros por culpa dos bombardeamentos israelitas de
retaliação, não tem indústrias, tem uma escassez crónica de água e o seu espaço
aéreo é controlado por Israel.
Enquanto governo, o Hamas
proibiu a passagem de cães pela Faixa de Gaza, nomeadamente pelas ruas, áreas mais
movimentadas e praias, forçando os proprietários caninos a manterem os seus
animais dentro de casa, agora que o Verão se aproxima e as temperaturas sobem
para os 30 graus, medida repressiva que surge como resposta ao aumento de cães que
passeiam pelas ruas, excursão animal que diz atentar contra a cultura e
tradições de Gaza, permitindo que os ditos cães possam passear pelos campos. O
porta-voz da polícia ali, Ayman al-Batniji, entende que a presente proibição
tem mais a ver com a protecção de mulheres e crianças do que com as suas
tradições e cultura. A posse de cães tem sofrido ali um forte incremento nos
últimos anos, apesar de alguns teólogos radicais islâmicos considerarem estes
animais imundos e passíveis de emporcalhar os seus donos, desaconselhando a sua
posse aos fiéis. Esta proibição é uma clara medida política que visa reforçar a
liderança do Hamas e fundamentar a sua influência na sociedade. Já sabe, se for
a Israel, levar o seu cão e tiver curiosidade de ir à Faixa de Gaza, é melhor
não o levar para lá.
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