segunda-feira, 22 de maio de 2017

DOG WALKERS E HAMAS NÃO COMBINAM

O Hamas, uma organização extremista palestino-sunita, islamo-fundamentalista com um braço armado – as Brigadas Izz ad-DIN al-Qassan, que se diz movimento de resistência palestino, confunde-se com o ISIS e outros grupos terroristas, sendo responsável por vários ataques suicidas, bombas e lançamentos de rockets sobre Israel, Estado que não reconhece, controla neste momento a Faixa de Gaza, uma estreita faixa de terra localizada na costa oriental do Mar Mediterrâneo, no Médio-Oriente, que faz fronteira com o Egipto a sudoeste (11 km) e com Israel a leste e a norte (51 km). O território tem 41 km de comprimento e apenas de 6 a 12 de largura, numa área total de 365 km2, território exíguo onde vivem 1. 700 000 pessoas, maioritariamente muçulmanas, e que tem a sétima maior taxa de crescimento demográfica do Mundo. A Faixa de Gaza sofre de falta de infra-estruturas, nalguns locais encontra-se em escombros por culpa dos bombardeamentos israelitas de retaliação, não tem indústrias, tem uma escassez crónica de água e o seu espaço aéreo é controlado por Israel.
Enquanto governo, o Hamas proibiu a passagem de cães pela Faixa de Gaza, nomeadamente pelas ruas, áreas mais movimentadas e praias, forçando os proprietários caninos a manterem os seus animais dentro de casa, agora que o Verão se aproxima e as temperaturas sobem para os 30 graus, medida repressiva que surge como resposta ao aumento de cães que passeiam pelas ruas, excursão animal que diz atentar contra a cultura e tradições de Gaza, permitindo que os ditos cães possam passear pelos campos. O porta-voz da polícia ali, Ayman al-Batniji, entende que a presente proibição tem mais a ver com a protecção de mulheres e crianças do que com as suas tradições e cultura. A posse de cães tem sofrido ali um forte incremento nos últimos anos, apesar de alguns teólogos radicais islâmicos considerarem estes animais imundos e passíveis de emporcalhar os seus donos, desaconselhando a sua posse aos fiéis. Esta proibição é uma clara medida política que visa reforçar a liderança do Hamas e fundamentar a sua influência na sociedade. Já sabe, se for a Israel, levar o seu cão e tiver curiosidade de ir à Faixa de Gaza, é melhor não o levar para lá. 

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