segunda-feira, 22 de maio de 2017

EXAME DE ADN PARA SALVAR O SEU CÃO E LIVRÁ-LO DE APERTOS

Há vinte e cinco anos atrás tive um cão chamado “Faruk”, o nome veio com ele e era um simpático Collie Barbudo que a tudo obedecia e que não fazia mal a uma mosca, muito embora urinasse nas pernas de quem lhe cheirasse mal, o que me causou alguns embaraços e amargos de boca. Acompanhou-me na abertura das minhas duas primeiras escolas caninas e permaneceu ao meu lado por duas décadas. Certo dia, quando ainda não imaginava que viria a ser adestrador e que me dedicava a pastorear almas, uma vizinha minha veio bater-me à porta queixando-se que o meu cão lhe havia matado meia-dúzia de galinhas e que queria ser indemnizada pelo prejuízo.
Morava na altura num 2º andar e o cão só saía à rua comigo e atrelado, pelo que estava inocente daquilo que o acusavam. Usando de alguma malícia, perguntei àquela mulher se tinha visto o meu cão no seu quintal, uma vez que tinha as orelhas erectas, tinha o pelo curto e era castanho. Ao confirmar de imediato a descrição, mostrei-lhe prontamente o Faruk, que tinha as orelhas abatidas, o pelo comprido e era cinzento e branco! Comprometida e enrolando o “rabinho entre as pernas”, aquela vizinha foi à procura doutra vítima! Acerca do Faruk vale ainda a pena ler o texto "O TEMPO PASSA E ELA CONTINUA", editado em 01/06/2011 e relativo a uma das suas filhas.
Um episódio semelhante aconteceu recentemente em St.Clair no Michigan, só que ali a vítima foi outro cão. Um Pastor Belga Malinois de nome Jeb, aproveitado como cão de terapia, foi acusado por um vizinho de ter assassinado o seu pequeno Spitz Alemão (Pomeranian). O caso foi levado a tribunal e segundo os ditames da lei, o Pastor Belga (na foto abaixo) tinha como certa a pena capital, caso se confirmasse ser o autor daquele acto.
Quando tudo parecia perdido e o Pastor Belga condenado à injecção letal, os seus donos lembraram-se de fazer o exame do ADN às feridas do Spitz, para se certificarem se os acontecimentos aconteceram conforme a descrição daquele vizinho. Quando os resultados chegaram, a inocência do Jeb ficou comprovada e o Pastor Belga saiu ilibado. Se porventura se vir em “assados” como este já sabe: peça o exame do ADN, mesmo que o tenha de pagar, como sucedeu com os donos do Pastor Belga. 

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