segunda-feira, 29 de maio de 2017

CALUDA, QUEM MANDA AQUI SOU EU!

Perguntaram-nos o seguinte: “As duas cadelas que tenho destinadas à guarda da minha propriedade, que sempre se deram bem, cresceram, brincaram e ainda brincam juntas, incompatibilizam-se agora dentro de casa quando detectam e avisam o aproximar de pessoas ou de algo estranho, ocasião que a mais velha aproveita para carregar sobre a mais nova, que ainda não tem 12 meses mas que já teve o 1º cio (a mais velha vai a caminho dos 3 anos de idade). Porque agirá a fêmea mais velha assim e o que posso fazer para evitar que isso se repita e agrave?”.
A situação deste leitor é infelizmente muito comum mas tem solução à vista. A cadela mais velha ataca a mais nova nas circunstâncias atrás indicadas para fazer saber à outra quem ali manda, uma vez que não quer ser despojada do seu predomínio e desalojada do lugar hierárquico, porquanto é mais velha e antiga naquela casa, não querendo por isso mesmo abdicar dos seus direitos. Caso fossem dois machos e não duas fêmeas, a situação seria a mesma, muito embora as fêmeas sejam mais impiedosas umas com as outras, porque a luta pela hierarquia na base da pirâmide social é mais encarniçada e menos respeitosa, mesmo nos cães.
Se porventura alguma delas fizesse uma captura, bem depressa a outra capitaneava as acções ou seguia o seu exemplo graças à presença dum inimigo comum, apaziguando assim as suas rivalidades pela indução à “presença no mesmo lado da barricada”. Não havendo de imediato essa hipótese, que deverá acontecer quanto antes por simulação, para aprenderem a guardar em conjunto, o melhor que há a fazer em abono da salvaguarda duma e doutra é separá-las na ausência dos donos, tanto de dia como de noite, ficando uma em alerta e a outra em descanso.

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