Perguntaram-nos o
seguinte: “As
duas cadelas que tenho destinadas à guarda da minha propriedade, que sempre se
deram bem, cresceram, brincaram e ainda brincam juntas, incompatibilizam-se
agora dentro de casa quando detectam e avisam o aproximar de pessoas ou de algo
estranho, ocasião que a mais velha aproveita para carregar sobre a mais nova,
que ainda não tem 12 meses mas que já teve o 1º cio (a mais velha vai a caminho
dos 3 anos de idade). Porque agirá a fêmea mais velha assim e o que posso fazer
para evitar que isso se repita e agrave?”.
A situação deste leitor é
infelizmente muito comum mas tem solução à vista. A cadela mais velha ataca a
mais nova nas circunstâncias atrás indicadas para fazer saber à outra quem ali
manda, uma vez que não quer ser despojada do seu predomínio e desalojada do
lugar hierárquico, porquanto é mais velha e antiga naquela casa, não querendo por
isso mesmo abdicar dos seus direitos. Caso fossem dois machos e não duas
fêmeas, a situação seria a mesma, muito embora as fêmeas sejam mais impiedosas
umas com as outras, porque a luta pela hierarquia na base da pirâmide social é
mais encarniçada e menos respeitosa, mesmo nos cães.
Se porventura alguma delas
fizesse uma captura, bem depressa a outra capitaneava as acções ou seguia o seu
exemplo graças à presença dum inimigo comum, apaziguando assim as suas rivalidades
pela indução à “presença no mesmo lado da barricada”. Não havendo de imediato essa
hipótese, que deverá acontecer quanto antes por simulação, para aprenderem a guardar
em conjunto, o melhor que há a fazer em abono da salvaguarda duma e doutra é
separá-las na ausência dos donos, tanto de dia como de noite, ficando uma em
alerta e a outra em descanso.
Sem comentários:
Enviar um comentário