Quem controla as agências
de rating? A quem servirão? Até que ponto serão isentas? Serão os seus
propósitos inteiramente sérios? Não poderemos ignorá-las? Se não têm controlo, não
se souber a quem servem, não forem isentas e se os seus propósitos não forem
inteiramente sérios, então não podemos ignorá-las, porque certamente serão mais
umas para nos tramar!
quarta-feira, 31 de maio de 2017
HÁ NOVE MIL ANOS ATRÁS JÁ HAVIA CÃES DE TRENÓ?
Segundo descobertas
recentes na Ilha de Zhokhov, situada no Mar Ocidental da Sibéria e bem perto do
Árctico, tudo indica que sim! E se assim é, estamos perante a evidência mais
antiga da domesticação de cães até agora descoberta. O achado deve-se ao
arqueólogo Vladimir Pitulko da Academia de Ciências de São Petersburgo, que
escava naquela Ilha gelada desde 1989 (ainda morre para lá sem ninguém dar por
isso!).
Nas escavações que levou a
cabo recentemente, encontrou naquele local restos de trenós e ossos de cães
juntos, o que parece indicar qual o serviço desempenhado por aqueles animais,
cujas ossadas não eram de lobos mas de cães verdadeiros e sugerem que foram
criados para puxar trenós, muito embora as ossadas a princípio se parecessem com
algum tipo de híbrido cão-lobo.
Crê-se que os Zhokovianos
de há 9.000 atrás, que eram caçadores e que percorriam grandes distâncias,
criavam cães com um propósito definido – o de rebocar trenós, o que explica também
que a domesticação canina aconteceu ali por razões de trabalho ligadas a
actividades de sobrevivência e subsistência humanas, o que indicia
que o trabalho foi a principal razão que levou à domesticação de cães e dá também pistas acerca donde ela aconteceu primeiro. Aguardam-se novas conclusões.
SEBASTIÃO SALTITÃO
O bom do Sebastião, que
lembra um coelho anão, é um Pinscher cheio de genica que hoje aprendeu a saltar
60 cm, porque importa saltar para o carro e para a mesa do veterinário, muito
embora o malandro prefira andar e ser carregado ao colo, não porque tenha qualquer
dificuldade em saltar mas porque não quer perder direitos adquiridos. Quem é
que gosta de andar de cavalo para burro? Pois é, de burro é que o Sebastião não
tem nada! Este pequeno Pinscher tem evoluído na obediência de modo sensacional,
assimilando os comandos como se há muito os conhecesse. À parte do seu progresso,
o bicho é uma gracinha e parte o coração a qualquer um. Parabéns Sebastião,
adoro-te!
UNS CHAMAM-LHES SHEPINOIS E NÓS PALINOIS
A involução a que
assistimos no Cão de Pastor Alemão actual, responsável pela sua precária prestação
laboral, advinda de uma morfologia imprópria e de uma capacidade de
aprendizagem cada vez menor, tem levado muitos profissionais ligados ao mundo
da cinotecnia a abastardá-lo com Malinois, na esperança de alcançar um cão
fácil de controlar como o CPA e rijo como o cão Belga. Estes híbridos ou
mestiços são conhecidos internacionalmente por “Shepinois” ou “German Malinois”
e entre nós como “Palinois”. O seu número aumenta a cada dia que passa,
vemo-los nas mãos de militares, polícias, seguranças privados e também entregues
a um grupo restrito de civis que se dedica ao adestramento e à consequente
participação em provas caninas.
A solução encontrada por
esta gente é análoga à anteriormente encontrada pelos criadores do Pastor do
Leste Europeu, diferindo apenas na raça do cão/cães utilizado para “beneficiar”
o CPA. Do ponto de vista morfológico, atendendo à génese ou raiz comum (em cada
CPA há um pouco de Pastor Belga e vice-versa) esta mestiçagem alivia ou
conserta na totalidade os desvios estruturais presentes no Pastor Alemão,
dotando a sua descendência de uma biomecânica própria para os vários serviços
destinados aos cães de utilidade. Mais, a menos que os Malinois utilizados
sejam por demais angulados (que dificilmente serão e que nunca deveriam sê-lo), a
maioria dos filhotes nascerá de média angulação traseira, tal qual os CPA’s de
linha laboral, o que lhes possibilitará desempenhos atléticos específicos e de
difícil execução para os Malinois, que são peritos em saltos de cabra, no que
lembram os helicópteros a levantar do solo. Para além disso, em abono da
celeridade operacional, estes mestiços serão mais rápidos que o seu progenitor
CPA e farão a transição dos andamentos naturais com maior facilidade. Importa
ainda destacar que ser-lhe-ão mais rijos pela sua rusticidade. Quanto à
melhoria morfológica e ao desempenho atlético não restam dúvidas: a artimanha
funciona.
Do ponto de vista
cognitivo há que considerar qual o tipo de CPA utilizado, se de beleza ou de
trabalho. Caso o progenitor utilizado seja de linha estética ou de meia-linha
(cruzado com um exemplar de linha laboral), o mais natural é assistir-se a um reforço
da carga instintiva nos cachorros, que substituirão o forte impulso ao
conhecimento presente no ancestral Pastor Alemão pela tremenda disponibilidade
do Malinois, o que os tornará mais previsíveis e ao mesmo tempo mais autónomos,
autonomia que nem sempre será fácil de controlar, como não é fácil controlar um
Malinois quando decide inventar serviço. Caso o CPA utilizado seja de linha
laboral, tanto poderá assistir-se-á a um aumento cognitivo em relação ao
progenitor belga como ao aparecimento de cães ardilosos que fundirão em si os
dois mundos dos seus progenitores: a curiosidade do cão alemão e a ferocidade
do Malinois. Nos dois casos podem aparecer cães mansos e desinteressados (mais
por culpa de quem os seleccionou que deles próprios), animais que relembram a
proto-selecção comum, de pouco proveito para patrulhas mas dotados de excelente
máquina sensorial, também próprios para cães de auxílio e de terapia. Assim,
quando à cognição destes cães, bem que podemos utilizar o que disse uma vez
Lavoiser acerca da natureza: “nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.
No que concerne à
globalidade dos impulsos herdados destes híbridos em relação ao Pastor Alemão (o
relativo ao conhecimento já tratámos atrás), quando tudo corre bem e são
satisfatórios (o que nem sempre acontece), eles têm um menor impulso ao
alimento, um maior impulso ao movimento, superiores impulsos à defesa e a luta
e maior impulso ao poder, são mais rústicos, combativos e resistentes, apresentam
forte instinto de presa, um altíssimo sentimento territorial e uma máquina
sensorial excelente, características que levaram à sua formação e que enchem de
orgulho os seus mentores. Por detrás desta hibridação subsistem duas razões
económicas que contribuíram para o seu aparecimento: o baixo preço dos Malinois
e a necessidade de se produzirem bons cães com “a prata da casa”. A ideia não é
portuguesa e foi levada a cabo depois de conhecidos os seus resultados noutros
países a quem costumamos comprar cães para segurança.
Como não deitamos cartas e
não somos visionários, não sabemos se o futuro de algumas raças caninas, a
precisar de conserto, passará pelo auxílio da engenharia genética ou pelo
contributo da hibridação como hoje sucede. No entanto, de uma coisa temos a
certeza: o Pastor Alemão ainda não necessita dela! E não necessita dela porque
tem diferentes linhas de criação e variedades cromáticas com pouco de comum
entre si, o que lhe possibilita a biodiversidade capaz de o sustentar por mais
tempo, bastando para isso abraçar uma política de quadro aberto apoiada nos
beneficiamentos entre as linhas estéticas e as laborais assim como entre as variedades
dominantes e recessivas. Mais cedo ou mais tarde (pensamos que mais cedo do que
se julga) para evitar a chegada da saturação da raça e os seus malefícios, a
variedade branca será finalmente reintegrada na raça donde nunca deveria ter
saído, beneficiando as outras variedades cromáticas suas irmãs e projectando-as
para o futuro.
Devido às semelhanças
entre o Pastor Belga Malinois e o Pastor Alemão e entre o Palinois e o Pastor
Alemão de manto vermelho da linha laboral, como poderemos hoje e doravante
diferenciá-los? Quanto às diferenças entre o Malinois e o CPA elas são
sobejamente conhecidas e saltam à vista de qualquer principiante na matéria. As
diferenças entre o Malinois e o CPA vermelho são exactamente as mesmas que se
detectam com as outras variedades cromáticas do Pastor Alemão e as diferenças
entre um Palinois e CPA Vermelho passam pela desigualdade de crânio, comprimento, membros
e ossatura, envergadura, peso e altura, para além doutros pormenores que a
experiência nos adiantará (só têm em comum a cor). Voltaremos a este assunto
quando se justificar. Todavia, tome muito cuidado com as imitações, porque até
no melhor pano cai a nódoa!
PASTOR ALEMÃO: A INFRUTÍFERA E DESPUDORADA REDUÇÃO À RAIZ COMUM
PRÓLOGO: Este artigo,
requerido por vários leitores amiudadas vezes, dá seguimento ao outro já
editado em 15/06/2011: “PASTOR ALEMÃO X MALINOIS: VANTAGENS E DESVANTAGENS”.
O Pastor Alemão está a
evoluir para a indiferenciação quando comparado com o Pastor Belga Malinois,
apesar de nada lucrar com a similaridade e acabar encoberto por quem deseja
imitar. Tempos houve em que as diferenças morfológica, psicológica e cognitiva
entre as duas raças eram por demais evidentes, bastando para isso ver os
registos fotográficos das décadas de 20 e 30 do século passado, altura em que o
quase esquecido Stephanitz ainda pertencia ao mundo dos vivos e insistia na
aprovação laboral como critério selectivo para a propagação do cão que
idealizou e criou e, ler os relatos das façanhas de uma e de outra raça até aos
anos 60.
O Pastor Alemão e o
Malinois, apesar da sua raiz comum, são cães diametralmente opostos pelos
critérios selectivos que erigiram cada uma das raças e só a bastardia entre
ambos poderá transmitir reciprocamente os méritos de uns para os outros, crime
que se pratica há anos nas traseiras das companhias cinotécnicas profissionais,
às escondidas e à boca calada como se quem comanda jamais tivesse conhecimento
desses actos. Mais do que exemplares sublimes, ao invés de receberem o melhor
dos seus diferentes progenitores, estes híbridos acabam por espelhar
comportamentos mais próximos da impropriedade que da soma das virtudes procuradas,
quando produto de 1ª geração.
Como se já não bastasse o
experimentalismo, o logro e a fraude perpetrados por alguns cinotécnicos menos
escrupulosos e desesperados, que os há por toda a parte e de quem dificilmente nos
livraremos, seguem-se-lhes agora os criadores de cães de conformação, também apostados
em criar CPA’s voluntária ou involuntariamente mais próximos do Pastor Belga,
surripiando-lhes carácter, equilíbrio, concentração, disponibilidade e
valentia, assim como rusticidade, resistência, altura, peso e envergadura, a
excelência de aprumos, a convexidade necessária, a correcta distribuição do
peso, a prontidão de arranque e a sua força de impacto, o que tudo somado dá um
cão imprestável, de biomecânica sofrível, doente e com pouca esperança de vida,
por demais nervoso, ruidoso e inseguro como tem vindo a ser denunciado
internacionalmente e universalmente reconhecido, uma sombra do que foi, um
pastor virtual ou um nanopastor, quiçá próprio para caçar pigmeus e impróprio
para enfrentar e vencer meliantes, infractores e invasores saudáveis entre os
70 e 90 kg.
Os Pastores Alemães
provenientes destas linhas, exceptuando o indesejável abatimento de metacarpos,
o tremendo desequilíbrio para a garupa, a excessiva angulação dos membros
posteriores, o jarrete de vaca, o tipo de manto e a sua cor, lembram parcialmente
os “alsacianos” dos finais da década de 50, também eles leves e mal vestidos de
carnes, contudo operacionais por não se verem a braços com os exageros
morfológicos que vitimam agora os seus sucessores. Nas autoproclamadas linhas
de trabalho a semelhança com os “alsacianos” ainda é maior, muito embora seja
mais na apresentação que no conteúdo, porque os cães antigos estudavam os seus
inimigos e os actuais partem à desfilada, os primeiros eram silenciosos e os de
hoje fazem muito alarde do pouco que fazem, sendo por isso mais de alarme que
de guarda, até porque a sua força de mordedura não é nada por aí além, tendem
ao golpe único, ao ataque denunciado e falta-lhes tenacidade quando enfrentam
forte oposição, apesar de poderem ficar suspensos por algum tempo em nós de
corda, churros e mangas, o que “é bom para inglês ver” mas que na prática
poderá vitimá-los.
Um Pastor Alemão adulto
com apenas 30 kg é uma biruta (manga de vento) quando comparado com um
Malinois, porque nos ataques, em particular nos lançados, ao ser mais lento e
necessitar de se arrumar (travar) para efectuar a captura, tende a sofrer mais
dolo do que aquele que provoca (benditas simulações!). Temos por experiência
própria, comprovada ao longo de várias décadas, considerando a menor velocidade
do CPA em relação a outros e a necessidade de uma maior força de impacto, que
nenhum macho adulto deverá pesar menos de 33.3 kg (1.8), que o ideal é que
tenha um coeficiente de envergadura de 1.7, valor que se encontra pela divisão
da sua altura pelo peso com o animal musculado e não gordo, pelo que um Pastor
de 65 cm de altura deverá pesar 38.2 kg para o efeito e não 32.5 ou 34.2 kg
como tantas vezes temos visto (menos mal se tiver 36.1 kg).
É por demais evidente que
não podemos carregar de músculos um cão que se apresenta desequilibrado para a
traseira, parcialmente côncavo, com o peito estreito ou invertido, com as mãos
atiradas para fora e abatimento de metacarpos (por vezes com os dedos abertos),
costelas planas, descodilhado e com jarrete de vaca, muito menos consentir que
engorde, por que em ambos os casos e mais depressa no último acabará lesionado
ou virá a ostentar bolsas de líquido sinovial nas articulações. Não restando
outra hipótese aos aficionados do actual Pastor Alemão, acabarão por optar no
trabalho por exemplares mais leves considerando o menor risco de lesão. E
quando alguns exemplares saem grandes, não há como hesitar: há que dar-lhes
fome! E quando assim é, sob que parâmetros os avaliaremos? Obviamente pelos do
Malinois! Porque terá o cão de padecer por lhe haverem transmitido uma
estrutura morfológica que o condena, será justo, fará algum sentido? Os criadores
dos actuais CPA’S, considerando o que têm para oferecer, lembram aqueles que
sem amor próprio não conseguem pôr-se em forma, ficando eternamente à espera que
sejam amados pelos outros, carentes, insatisfeitos e revoltados.
Em síntese, o Pastor
Alemão precisa de voltar à qualidade original, de se libertar de décadas de
involução e ser igual ao que sempre foi: um excelente cão de utilidade e
trabalho, o que implicará na reforma e eliminação de critérios selectivos que lhe são estranhos e que até hoje mais o condenam. Ele não
precisa de ser igual aos outros mas igual a si próprio, já que nasceu e veio
para estabelecer a diferença!
terça-feira, 30 de maio de 2017
ESTAR NO HOTEL COMO EM CASA
Só há dois tipos de
pessoas que negam que os animais são um grande negócio: os que já estão nele e
os ingénuos. O negócio com os animais é de tal maneira lucrativo que o seu
tráfico continua de pé, apesar de ilegal e das duras penas a que se sujeitam os
seus agentes e/ou intervenientes.
Nunca como agora os animais foram tão
procurados por tudo e por nada, tornando-se num investimento seguro para a
obtenção de novos lucros nas mãos de uns tantos “chico-espertos”, porque os
homens dão o que têm e não têm para alimentar as suas paixões e o amor pelos
animais não escapa à regra.
Recentemente há na
hotelaria internacional um novo conceito - o de “Hotel Perk”, que constituído em serviço já
foi posto em prática em várias cidades dos Estados Unidos, do México e nas
estâncias turísticas das Ilhas Virgens britânicas, conceito que tem tudo para
ser viral e tornar-se global. Trata-se de pôr à disposição dos hóspedes os mais
variados animais domésticos e de estimação, para se sintam como se estivessem
em casa, rodeados dos seus pets ou na quinta que desejariam ter.
Cães, gatos, cavalos,
burros, aves, tartarugas e diferentes répteis estão a ser usados para esse fim,
sendo que alguns foram resgatados de abrigos para animais, passando rapidamente
de fardo a provento. Escusado será dizer que a ideia está a facturar e bem,
enquanto os hóspedes radiantes cuidam e alimentam os animais que lhes deram por
companhia.
Depois de passarmos Vilar
Formoso sentimo-nos noutro mundo e depois de ultrapassarmos os Pirinéus noutra
galáxia. E dizemos isto porquê? Porque os povos peninsulares têm que ser mais
empreendedores e abrir os olhos para o mundo à sua volta, já que ele não acaba
aqui e podemos fazer da Península, como já fizemos, um excelente ponto de
partida. Indo por terra, daqui até à França, raros são os hotéis que aceitam
cães e animais domésticos nos seus quartos, contrariamente ao que sucede na
Gália e para além dela. Será que os povos ibéricos gozam de tal saúde
financeira que lhes permita desperdiçar oportunidades e dinheiro? O mundo está
a mudar rapidamente e ninguém poderá dar-se ao luxo de perder o seu embalo!
segunda-feira, 29 de maio de 2017
HÁ PASTORES ALEMÃES DE POUCO PRÉSTIMO?
Claro que há, como há
imprestáveis em qualquer raça à luz dos seus propósitos! Na fase embrionária das
destinadas à utilidade houve muitos exemplares rejeitados por impropriedade
morfológica e pela ausência das mais-valias procuradas. Passados sensivelmente
120 anos após o grande boom dos cães com pedigree, continuamos a fazer o mesmo,
não tanto pela inexistência das qualidades esperadas, porque doutro modo já
muitas teriam desaparecido, mas por razões estéticas ainda presas ao eugenismo
negativo que desconsidera a saúde e o bem-estar desses cães. Quanto à qualidade
dos cães laborais, caberá a cada criador mantê-la, reafirmá-la e aprimorá-la,
trabalho constante e sem tréguas perante a novidade de desafios que são
colocados aos cães mas que simultaneamente lhes garante a existência e o reconhecimento
generalizado.
CALUDA, QUEM MANDA AQUI SOU EU!
Perguntaram-nos o
seguinte: “As
duas cadelas que tenho destinadas à guarda da minha propriedade, que sempre se
deram bem, cresceram, brincaram e ainda brincam juntas, incompatibilizam-se
agora dentro de casa quando detectam e avisam o aproximar de pessoas ou de algo
estranho, ocasião que a mais velha aproveita para carregar sobre a mais nova,
que ainda não tem 12 meses mas que já teve o 1º cio (a mais velha vai a caminho
dos 3 anos de idade). Porque agirá a fêmea mais velha assim e o que posso fazer
para evitar que isso se repita e agrave?”.
A situação deste leitor é
infelizmente muito comum mas tem solução à vista. A cadela mais velha ataca a
mais nova nas circunstâncias atrás indicadas para fazer saber à outra quem ali
manda, uma vez que não quer ser despojada do seu predomínio e desalojada do
lugar hierárquico, porquanto é mais velha e antiga naquela casa, não querendo por
isso mesmo abdicar dos seus direitos. Caso fossem dois machos e não duas
fêmeas, a situação seria a mesma, muito embora as fêmeas sejam mais impiedosas
umas com as outras, porque a luta pela hierarquia na base da pirâmide social é
mais encarniçada e menos respeitosa, mesmo nos cães.
Se porventura alguma delas
fizesse uma captura, bem depressa a outra capitaneava as acções ou seguia o seu
exemplo graças à presença dum inimigo comum, apaziguando assim as suas rivalidades
pela indução à “presença no mesmo lado da barricada”. Não havendo de imediato essa
hipótese, que deverá acontecer quanto antes por simulação, para aprenderem a guardar
em conjunto, o melhor que há a fazer em abono da salvaguarda duma e doutra é
separá-las na ausência dos donos, tanto de dia como de noite, ficando uma em
alerta e a outra em descanso.
CPA’S DA ACENDURA: O QUE OS DISTINGUE
Há 25 anos atrás a
Acendura Brava empenhou-se na criação Pastores Alemães para alcançar uma linha
de trabalho capaz de ombrear com os melhores exemplares da raça das décadas de
30, 40 e 50 do século passado. O nome “Acendura” espelha esse mesmo propósito
porque advém do verbo latino “acendrar” que significa lapidar e purificar.
Lapidar e purificar o quê? Lapidar as menos valias presentes nos cães que
escolhemos através de beneficiamentos acertados e purificar ou libertar os
nossos cachorros da acção castradora da endogamia e da consanguinidade,
valendo-nos para isso de várias linhas de criação e das diferentes variedades
cromáticas ainda aceites pelo estalão da raça. Nunca foi nosso objectivo criar
uma nova raça ou abastardá-la, somente restituir-lhe o bom-nome que pouco a
pouco foi perdendo, perca que levou consigo a extraordinária capacidade
cognitiva, a excelente máquina sensorial, a versatilidade biomecânica, a
valentia e a presença ostensiva outrora presentes nestes cães, qualidades que
fomos encontrar nalguns nichos de criação nacionais e estrangeiros, sem nunca
rompermos nem nos afastarmos em absoluto dos exemplares de exposição, enquanto
parte integrante da raça e constituído em subtipo pelos “maravilhados” que
nutrem uma especial aversão pelo trabalho.
A procura das mais-valias
laborais nos Pastores Alemães levou-nos no sentido contrário, à produção de
pistas tácticas que nos ajudassem a escolher acertadamente os reprodutores do
nosso interesse, mediante a sua aprovação em exercícios e obstáculos que
certificavam a sua coragem, rusticidade, cumplicidade, concentração e índices
atléticos, pelo que foi o trabalho a adiantar-nos qual o cão desejável e não o
parecer subjectivo de uns tantos dogmáticos, que imaginam a partir do que vêem
e que nunca chegam a ver aquilo que imaginam. Interessava-nos alcançar um cão
que aos 12 meses estivesse física e psicologicamente apto e maduro para
qualquer serviço destinado à raça, o que nos levou imediatamente para a
seguinte construção: 20%
de Negro, 30% de Lobeiro e 50% de Preto-afogueado ou 1/8 N, 3/8 LB e 4/8 PA,
sendo esta a construção embrionária e básica dos cães da Acendura Brava que os
liga à proto-selecção e que os torna recessivos na variedade negra.
O uso de exemplares de
diferente variedade cromática não se remeteu apenas à diversidade da sua cor
mas também e em primeiro lugar à riqueza da sua personalidade e solidez de
carácter. O recurso às três variedades cromáticas transportou-nos para outras
há muito desaparecidas e esquecidas. Para a produção específica das diferentes
variedades cromáticas servimo-nos de equações próprias para a sua obtenção com
qualidade, sempre dentro duma política reprodutora de quadro aberto por
conhecermos quais as limitações genéticas da criação isolada de cada uma delas.
Depois de uma década de
testes e de criação exaustiva, suportada pelo adestramento a terceiros, venda
de ninhadas e pelo hotel canino, alcançámos o tipo de cão que melhor nos servia:
um clássico companheiro rectangular de “121” (1 parte de espádua, duas de dorso
e 1 de garupa) curioso, também próprio para o serviço nocturno e sob condições
mais exigentes, sempre disponível e interactivo, próprio para qualquer tipo de
terreno, um marchador de alta cadência mas de fácil transição nos andamentos
naturais, com igual desempenho dentro e fora de água, rústico, resistente e de
grande disponibilidade atlética, intimidador, compacto e ao mesmo tempo veloz,
nobre de carácter e de fácil sociabilização entre iguais, difícil de assustar e
altamente persistente. Um cão ligeiramente maior e substancialmente mais
robusto que os exemplares de exposição, com maior envergadura, de stop mais pronunciado,
crânio mais pesado, excelente de ossatura e aprumos, de dorso mais paralelo ao
solo, de costelas mais redondas, membranas interdigitais menos rasgadas
(redondas), menos propenso ao pé chato e ao abatimento de metacarpos, com uma
garupa equilibrada e bem desenvolvida, de média angulação traseira
independentemente da sua cor ou tipo de manto.
O linha ou canil que nos
serviu de base foi a Rheine-Möselring, que como é sabido apresentava grande
dimorfismo sexual, disparidade que combatemos pelos beneficiamentos com cães
negros doutra procedência no Inverno, que fizeram subir as fêmeas e entravar o
pernaltismo nos machos. Os nossos machos tipo, que não se intimidam perante
qualquer tipo de agressor e que não tremem diante de disparos, medem entre 66 a
70 cm de altura, pesam entre 40 a 48 kg, têm um perímetro torácico de 86 cm, um
coeficiente de envergadura de 1.7, uma velocidade instantânea de 45 km/h e entre
60 e 70 pulsações por minuto, quando adultos e em descanso. As fêmeas, que apresentam
as mesmas qualidades dos machos, sendo por isso próprias para tomar parte em
matilhas funcionais, medem entre 62 e 66 cm, pesam entre 38 e 44 kg, têm um
perímetro torácico de 82 cm e algumas delas podem atingir velocidades iguais ou
superiores às dos machos, o que coloca em paralelo a sua força de impacto.
Por força da prévia
selecção operada nesse sentido, as cadelas tendem a ninhadas numerosas, de 6 a
10 cachorros, pesando entre 400 e 600g à nascença, consoante o seu número e
tratamento dado às matriarcas. A esperança média de vida dos cães da Acendura
oscila entre os 12 e os 15 anos. Os exemplares lobeiros, por razões genéticas,
duram menos que os demais, de 10 a 12 anos. Os mais longevos são os Red Sable
que chegam a viver 16 anos como temos vindo a ter e a dar notícia.
A contribuição da
variedade preto-afogueada (capa-preta) dotou os cães negros de maior
envergadura e antecipou a maturidade emocional dos lobeiros. Os lobeiros
transmitiram melhor máquina sensorial aos preto-afogueados e uma maior curva de
crescimento aos negros. Os negros dotaram os outros dois de maior equilíbrio
psicológico, tornando-os precoces nas suas investiduras e aumentou-lhes o efeito
surpresa, mais-valias que apontam para a sua salvaguarda e superior desempenho.
Em termos atléticos, como prestação
antecedente e propiciatória para os cães de guarda, só usámos e recomendámos
como progenitores aqueles que alcançavam uma cadência de marcha de 7km/h
durante 120 minutos, os que atingiam os 45km/h de velocidade instantânea, que
saltavam uma vertical de 120 cm sem lhe tocar, que ultrapassam obstáculos tipo
alvo com 40 cm de diâmetro, que não temiam o arco do fogo; que ultrapassavam muros
de 2.5 m de altura, que saltavam em extensão no solo 3.25 m, 2.80 m na ponte-quebrada,
que eram aprovados sem reticências nos obstáculos compostos e de múltipla
utilização, os capazes de rastejar e de transportar na boca objectos de
diferentes materiais (aço inclusive) com um peso mínimo de 3 kg, de subir e
descer desacompanhados escadas elevadas a 6 m de altura, que mostravam especial
aptidão em obstáculos oscilantes e que consigam trabalhar sem entraves em
túneis e outros obstáculos abaixo da linha do solo (a nível de pistagem e de
guarda as exigências não eram menores).
O trabalho que levámos a
cabo, bem-sucedido pelo estudo e pela dedicação, ainda hoje torna possível a
identificação de um descendente de 4ª geração da Acendura Brava, como nos
sucede quando vemos um Pastor Alemão digno desse nome, ao ser testemunha e vivo
representante das glórias passadas que alardeia e transporta.
sábado, 27 de maio de 2017
RANKING SEMANAL DOS TEXTOS MAIS LIDOS
O
Ranking semanal dos textos mais lidos obedeceu à seguinte ordem de preferência:
1º
_ OS FALSOS PASTORES ALEMÃES, editado em 24/02/2015
2º
_ O AZEITE PRÀS CARRAÇAS, editado em 24/06/2010
3º
_ BENEFICIAMENTOS ENTRE AS LINHAS DE TRABALHO E A DE BELEZA NO CPA, editado a
22/05/2017
4º
_ HÍBRIDO DE CHOW-CHOW/PASTOR ALEMÃO: MÁQUINA OU DESASTRE?, editado em
11/05/2016
5º
_ EXAME DE ADN PARA SALVAR O SEU CÃO E LIVRÁ-LO DE APERTOS, editado a
22/05/2017
6º
_ PROTEJA O SEU CÃO DO CALOR QUE AÍ VEM, editado a 24/05/2017
7º
_ HOMENAGEM AOS VALENTES, editado a 25/05/2017
8º
_ PASTOR DE SHILOH: SUPER-CÃO OU DECEPÇÃO?, editado em 23/01/2014
9º
_ DOG WALKERS E HAMAS NÃO COMBINAM, editado em 22/05/2017
10º _ CRÓNICAS DE UMA FILHA
DESCUIDADA, editado em 25/05/2017
TOP 10 SEMANAL DE LEITORES POR PAÍS
O
TOP 10 semanal de leitores por país ficou assim ordenado:
1º Portugal, 2º Brasil, 3º
Estados Unidos, 4º Holanda, 5º Moçambique, 6º Reino Unido, 7º Alemanha, 8º Índia,
9º Ucrânia e 10º Itália.
TROCAR-LHES AS VOLTAS PARA VENCER A ANSIEDADE
O excessivo antropomorfismo
com que são tratados muitos cães citadinos têm-lhes aumentado substancialmente
a ansiedade, adquirindo comportamentos desesperados, agressivos ou destruidores quando os
seus “papás” saem de casa para o trabalho ou a “mamã” se vê obrigada a ir às
compras. E para agravar ainda mais a situação, diante de manifesta
insatisfação, há quem prefira desabafar com o cão e não com o seu companheiro
ou conjugue como seria de esperar. Mas há ainda quem vá mais longe, gente que
se torna súbdita dum déspota que adoptou e levou lá para casa! E como este
mundo deve estar louco, duvido se alguma vez foi lúcido e sensato, são cada vez
mais os irreflectidos que dizem: “gosto mais do meu cão que da minha família!”.
E quando a ansiedade da
separação toma finalmente conta dos cães, os seus dedicados paizinhos vão a
correr para os veterinários, suplicando-lhes calmantes e antidepressivos para
os atribulados “meninos”. Se a falta de dinheiro não for problema ou um
sacrifício por aí além, outros contratarão um psicólogo animal para tentar valer
aos seus “filhinhos”, não se livrando alguns dos serviços de pretensos etólogos
que por cá não faltam. Depois de tudo terem feito ingloriamente, acabarão por
tentar ludibriar os animais com petiscos da sua preferência, pondo-se ao fresco
num ápice, de ouvidos tapados e sem olhar para trás e, quanto mais rápido
melhor, porque nada é tão aborrecido como ser obrigado a dar explicações aos
vizinhos por serem as primeiras vítimas da chinfrineira dos cães.
A ansiedade da separação
induz a uma diversidade de comportamentos anómalos que vão desde o pranto
incontido e continuado até à automutilação, acontecendo normalmente o primeiro
por excesso de mimo e o último pela sua ausência, sendo o primeiro mais próximo
das pequenas raças de companhia e o último mais comum entre cães caçadores ou
territoriais de médio e grande porte. Entre os dois extremos, tanto uns como
outros, poderão abraçar a destruição de pertences dos donos e/ou do lar. Esta patologia
está intimamente ligada à insegurança dos cães que afecta, alterando
comportamentos de acordo com o particular individual de cada cão (genético e
social), o seu género e grupo somático a que pertence. Foquemo-nos no caso
daqueles cães que ganem o dia inteiro, desde a saída dos donos até ao seu
regresso a casa, porque o problema tem solução e vamos adiantá-la já a seguir.
Como educar cães é também
educar os seus donos, aqueles cujos animais têm este problema, deverão alterar
primeiro as suas rotinas ao entrar e sair de casa, ignorando os cães 30 minutos
antes do abandono e 30 minutos depois do seu regresso ao lar, evitando nesse
período fixá-los ou falar com eles, procedimento que pouco a pouco tornará as
suas partidas e chegadas menos dolorosas para os animais por fazerem parte do
seu quotidiano. Há décadas que ouvimos falar de zoonoses e só há pouquíssimo
tempo se ouve falar das doenças que causamos aos animais. Muitos cães são
ansiosos e tornam-se depressivos por força do convívio com os seus donos, reflectindo
no seu comportamento os desequilíbrios visíveis nos seus parceiros humanos,
gente que nasce com uma profunda carência de afectos ou com uma fome congénita
de cães. Quer um cão saudável, equilibrado e confiante? Então, não dramatize as suas entradas e saídas
de casa!
Todos sabemos que os cães
são curiosos e vivem em constante observação, melhorando por isso as suas performances
com o tempo e o treino, assimilando em simultâneo e pelas mesmas razões as
rotinas dos seus donos. Para combater e levar de vencida a ansiedade da
separação dos cães importa que os donos lhes “troquem as voltas”, que os
enganem acerca das suas entradas e saídas do lar, para que os animais não
saibam ao certo quando vão entrar ou sair de casa. Para que isso suceda,
importa cumprir as rotinas que indiciam essas acções e que são do conhecimento
dos cães, saindo e entrando algumas vezes e outras não. Ao fazer isto, em
função da experiência havida e pela incerteza do desfecho, os cães perderão a
fixação e desinteressar-se-ão desses momentos gradualmente, deixando de
enlouquecer-se aquando da entrada e saída dos donos.
É de suma importância que
paralelamente se ensine o “quieto” a estes animais, tanto em casa como fora dela,
o que reforçará a liderança dos donos e robustecerá o carácter dos cães, doando-lhes
a confiança e a maturidade que teimam em adquirir, já que não ganem assim por conta
seu do bem-estar. O “quieto” a ensinar em casa deverá acontecer gradualmente,
evoluir de um minuto ou dois nos primeiros dias para períodos de tempo mais
alargados semanas depois, primeiro com o binómio no mesmo quarto e depois com o
dono noutra dependência da casa. Contudo, visando o equilíbrio emocional destes
animais, que é disso que estamos a tratar, será contraproducente solicitar-lhes
“quietos” sistemáticos e com uma duração superior aos 15 minutos no primeiro
mês. O ensino do “quieto” no exterior deverá complementar ou subsidiar o
doméstico, tirando-se partido das diferentes circunstâncias encontradas, que
deverão evoluir das mais seguras para outras de menor risco, evolução que
deverá acontecer pela resposta afirmativa dos cães. A este respeito vale a pena
ler e relembrar o que dissemos no artigo “ATÉ
A FAZER CROCHET OU TRICOT, SE ENSINA O “QUIETO” A UM CÃO!”,
editado em 30/12/2013.
Com o subsídio dos três trabalhos
atrás adiantados, que garantirão o sucesso deste último, os donos deverão ausentar-se
de casa, primeiro por um simples minuto, várias vezes ao dia e durante uma
semana. Depois, com paciência e muita calma, o tempo de separação deverá ser
aumentado: de 1 minuto para 2, de 2 para 4, de 4 para 8 e assim por diante.
Quando os donos alcançarem os 90 minutos de separação sem novidade (ausência de
lamúrias caninas), poderão ir descansados de férias para os Açores ou para onde
lhes der na gana. Como complemento ao que acabámos de explicar, todos os cães
que são forçados a separar-se dos seus donos e que são remetidos para hotéis
caninos, considerando o seu bem-estar, não deveriam rumar para lá sem terem
sido aprovados no “quieto” (diz o povo e com razão: “que quem te avisa teu
amigo é!”). Estamos certos que quem seguir rigorosamente as nossas indicações
conseguirá levar de vencida a ansiedade da separação que atormenta os seus
cães. Foi um prazer tratar deste assunto e adiantaremos outros esclarecimentos
sempre que necessário.
quinta-feira, 25 de maio de 2017
HOMENAGEM AOS VALENTES
Hoje
queremos homenagear os binómios valentes que connosco aprenderam,
experimentaram e venceram as pistas tácticas que ao longo dos anos construímos,
homens e cães inigualáveis que engrandecem a nossa memória e cujos feitos são
agora quase inatingíveis. Estamos a reportar-nos à geração que frequentou a Escola
entre 1997 e 2005 e da excelente prestação de muitos Rottweilers, também
àqueles que depois dessa data atingiram a mesma notoriedade, como é o caso do
Radar e da Joana Melo. Todos passaram pela comum Ponte-Quebrada, elevada a 1
metro de altura, com um tampo de igual comprimento, 50 cm de largura e com uma
rampa de acesso a 45º.
O
campeão de todos os tempos da Acendura Brava neste aparelho/obstáculo foi o
mestiço de CPA/Malinois “Francês”, propriedade do Sr. Pedro Rocha que saltou
entre os módulos 5.20 metros de extensão. Quem mais se aproximou dele foi um
CPA lobeiro, descendente da Acendura Brava, chamado “Baltazar” e propriedade da
Sofia, que saltou 3.70 metros, como se pode ver na foto abaixo ( o CPA pesava o
dobro do mestiço e tinha mais 15 cm de altura).
De
2011 em diante construímos aparelhos iguais e estendemos os seus benefícios a
todos quantos nos procuraram, independentemente da raça dos cães e da idade dos
donos, benefícios que apontam para a correcção morfológica e para um melhor
preparo dos cães.
Para
complementar esta invocação e homenagem, publicamos a seguinte foto para matar
saudades e mostrar que a “Ponte-Quebrada” não tem limite de altura, como o
prova este ignoto e asiático binómio militar.
Resta-nos
agradecer a quem assim nos acompanhou, gente que não desperdiçava o tempo em
desculpas e que nunca carregou para cima dos cães a responsabilidade dos seus
erros ou impropriedades, simplesmente porque os amava e sabia que não partia sozinha.
Meus senhores, foi um privilégio caminhar ao vosso lado, muito obrigado!
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