domingo, 7 de maio de 2023

VELHAS ARTIMANHAS E NOVOS RAFEIROS

 

A espécie humana sempre será acompanhada pela maldade que a compõe, ainda que alcance novas formas para melhor a dissimular. Fazer mal está-nos no sangue, fazemo-lo com tudo o que tivermos à mão e que se preste aos nossos nefastos intentos, desde que possam esconder a nossa autoria e consequente responsabilidade. E nisto, enquanto incondicionais seguidores dos homens, também os cães são usados para um sem número de crimes perpetrados pelos seus mestres. Com o exercício da caça a entrar em desuso por ser uma actividade dispendiosa e não raramente condenada, os antigos mestiços de podengo que constituíam a maior parte dos nossos rafeiros, estão agora a dar lugar a “rafeiros” doutra construção, donde não podemos excluir a presença de grande número de raças perigosas e com grande potência de mordedura, incluindo-se neles alguns DESIGN DOGS, que omissos em diferentes apresentações, se prestam exactamente aos mesmos “serviços”, o que a ninguém espanta atendendo ao número de raças díspares por detrás do Dogue Argentino.

Na maioria dos casos a artimanha resulta e o disfarce acontece porque apenas um pequeno número de raças caninas é dominante na apresentação dos seus híbridos ou mestiços. Esta arte de criar rafeiros que nunca o foram e que põe em risco a integridade física dos incautos cidadãos é extremamente vantajosa para os seus criadores, que de imediato se livram de maiores encargos com os animais, como é o caso do seguro, para além de garantirem a posse de cães perigosos, verdadeiros lobos disfarçados de ovelhas. E tudo isto porquê? Unicamente para lixar o próximo!

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