A
espécie humana sempre será acompanhada pela maldade que a compõe, ainda que
alcance novas formas para melhor a dissimular. Fazer mal está-nos no sangue,
fazemo-lo com tudo o que tivermos à mão e que se preste aos nossos nefastos
intentos, desde que possam esconder a nossa autoria e consequente
responsabilidade. E nisto, enquanto incondicionais seguidores dos homens,
também os cães são usados para um sem número de crimes perpetrados pelos seus
mestres. Com o exercício da caça a entrar em desuso por ser uma actividade
dispendiosa e não raramente condenada, os antigos mestiços de podengo que constituíam
a maior parte dos nossos rafeiros, estão agora a dar lugar a “rafeiros” doutra
construção, donde não podemos excluir a presença de grande número de raças
perigosas e com grande potência de mordedura, incluindo-se neles alguns DESIGN DOGS,
que omissos em diferentes apresentações, se prestam exactamente aos mesmos “serviços”,
o que a ninguém espanta atendendo ao número de raças díspares por detrás do
Dogue Argentino.
Na maioria dos casos a artimanha resulta e o disfarce acontece porque apenas um pequeno número de raças caninas é dominante na apresentação dos seus híbridos ou mestiços. Esta arte de criar rafeiros que nunca o foram e que põe em risco a integridade física dos incautos cidadãos é extremamente vantajosa para os seus criadores, que de imediato se livram de maiores encargos com os animais, como é o caso do seguro, para além de garantirem a posse de cães perigosos, verdadeiros lobos disfarçados de ovelhas. E tudo isto porquê? Unicamente para lixar o próximo!
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