Os
CÃES DE APOIO
EMOCINAL não são ainda aceites em todos os lados como são os
demais cães de serviço, o assunto tem gerado polémica por causa dos animais
escolhidos por alguns para o efeito, que ao invés de se fazerem acompanhar por
um comum animal doméstico, antes optam por toda a sorte de espécies, o que tem
gerado revolta e desprestigiado os animais de apoio emocional como um todo. Uma
moradora num condomínio a norte da cidade canadiana de Montreal está numa
batalha judicial com a associação do seu condomínio, depois que o seu conselho
descobriu que ela adoptou uma cadela cruzada de Husky com 2 anos que se
encontra acima do peso permitido, animal que Sarah Michaud-Allard adquiriu para
a ajudar com os seus problemas emocionais e que adquiriu na SPCA (protectora
dos animais), ao invés de comprar um cão de serviço que poderia custar-lhe mais
de 20.000 dólares, dinheiro que ela não tinha. Sarah encontra-se muito grata à
SPCA por ter encontrado uma cadela para responder às suas necessidades e por
tê-lo treinado como cão de serviço. O “problema” é que a PRINCESS (na
foto abaixo), assim se chama a cadela, pesa 35 libras (15.875 kg), 10 libras
acima do estipulado pelo seu condomínio (4.535 kg). Quando a sua dona comprou há
dois anos o apartamento onde vivem, num condomínio em Saint-Jerome, ao assinar
o contrato com o conselho do condomínio, apenas lhe foi facultada uma cópia das
regras antigas onde não constava qualquer alínea relativa ao limite de peso dos
cães.
Sarah
não se apercebeu que as regras relativas ao peso dos cães haviam mudado quando
as recebeu por via electrónica. “Quando me encaminharam as novas regras do
condomínio, não me apercebi que eram diferentes”, disse ela. Esta não é a
primeira vez que um inquilino no Quebec tem problemas com a administração de um
prédio devido ao facto do seu cão ser considerado muito grande. Em 2021,
Damiano Raveenthiran apresentou uma queixa com base nos direitos humanos,
depois que a administração do prédio lhe negou o acesso a um apartamento por
ter um Doberman com 70 libras de peso (31.751 kg). Segundo John Agionicolaitis,
que trabalha na ASISTA
FOUNDATION, fundação que fornece cães de serviço para pessoas com
stresse pós-traumático, autismo e outras deficiências, não havia naquela época
legislação referente a animais de apoio emocional como havia para os cães-guia
e outros animais de serviço. “Se você tinha um cão de apoio emocional, nada
impedia o proprietário ou os responsáveis pela administração do complexo de lhe
negar o acesso a qualquer apartamento.
Sarah admite que a Princess por vezes ladra, particularmente quando sente por perto cães mais pequenos, mas que o seu comportamento está a melhorar. “Com o treino de obediência a Princess já se acalmou mais um pouco”, disse, adiantando que nem todos os moradores do condomínio estão a pressioná-la para fazer algo a respeito do animal e que a presença cadela é totalmente indiferente para alguns, apesar de uma pessoa ter reclamado junto do conselho do condomínio. Sarah Michaud-Allard disse que já enviou toda a papelada para o conselho do condomínio, mostrando que a Princess está a ser treinada para vir a ser registada como cão de serviço, ao mesmo tempo que entregou os relatórios médicos que comprovam a sua fragilidade emocional. Pessoalmente não considero um cão com 16 kg demasiado pesado para viver num apartamento, ainda mais um de apoio emocional. Se uma lei destas se generalizasse em Portugal, os abrigos caninos ficariam à brocha com o montante dos cães devolvidos.
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