quarta-feira, 10 de maio de 2023

FOUQUIÈRES-LÈS-BÈTHUNE: OS CÃES ESTÃO PROIBIDOS DE LADRAR CONTINUAMENTE

 

A Prefeitura do município francês de Fouquières-lès-Béthune, na região administrativa de Hauts-de-France, no departamento de Pas-de-Calais, localidade muito fustigada pelo ladrar dos cães, emitiu um decreto no dia 28 de fevereiro deste ano a proibir os proprietários caninos de deixar os seus cães ladrar por longos períodos de tempo. Segundo a Prefeita Sophie Duby, trata-se simultaneamente de preservar a tranquilidade dos habitantes e de garantir o bem-estar dos cães. Esta localidade não tem sido poupada ao ladrar constante e incessante dos cães, o que ameaça ali a tranquilidade e a qualidade de vida. A autarquia agiu assim para acabar com aqueles “ruídos excessivos e abusivos, pela sua duração, pela sua repetição ou pela sua intensidade”, segundo reza o dito decreto, que não tem efeitos coercivos e que apenas pretende sensibilizar os proprietários caninos para o problema, não sendo mais que um mero apelo e uma descarada manobra política que tenta agradar “a gregos e a troianos”.

Exaltando a sua preocupação com os animais, que lhe é de todo conveniente, a Prefeita diz que o decreto visa o bem-estar dos cães, já que “um cão a ladrar o dia inteiro não é normal”, que os habitantes do município devem compreender que um cão assim não se encontra bem, ou tem medo ou está angustiado. Os habitantes de Fouquières-lès-Béthune estão confusos quanto à eficácia da medida, pois se alguns notaram uma melhoria acentuada na tranquilidade, outros continuam a queixar-se do barulho incessante, esperando todos que os donos dos cães cumpram a nova ordem. Todos sabemos que os apelos à consciência de cada um tendem a ser esquecidos e que a ausência de sanções dificilmente produz alteração. Sophie Duby não se quis antagonizar com ninguém, porque nestas coisas da política é conveniente estar bem com Deus e com o diabo. Surtirá o seu decreto algum efeito ou futuramente terá que juntar-lhe algumas coimas? O futuro o dirá e nós estaremos cá para ver.

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