A
lição de sexta-feira passada iniciou-se junto a um mal nutrido tocador de gaita-de-foles
que emprestava à sua actuação coreografias erráticas ao sabor da sua inspiração
momentânea, sendo por isso um precioso auxiliar educativo para ao nossos cães,
não só para que se acostumassem à música, mas para que também se familiarizassem
com os gestos bruscos de alguns viandantes. Em termos sociais, importava também
que a adaptação à música conseguisse libertar os animais de uivar. Como se pode
ver na foto acima, a adaptação dos cães aos instrumentos musicais não é fácil
nem transversal, havendo alguns cuja adaptação será mais demorada. Quando não
conseguimos alcançar o “quieto” debaixo de tensão, somos obrigados a retornar à
primeira fase de instalação do comando, agora em circunstâncias mais favoráveis
e com o auxílio da recompensa, procedimento que evitará possíveis traumas que
levarão e à desconfiança dos animais em relação aos seus líderes. A foto abaixo
reporta um dos momentos em que retornámos à 1ª fase para solucionarmos o
problema.
Na
foto seguinte podemos ver o CPA Bohr num desses momentos, agora mais sossegado
devido à proximidade do dono. Ninguém é responsável pelas menos valias
genéticas do seu cão, mas não há nenhuma que o impeça de confiar no seu dono,
que jamais acontecerá caso o líder dê a tarefa como irremediavelmente perdida.
O
SRD Harley, não obstante o seu pequeno tamanho, transporta consigo muito do
Teckel que esteve na sua origem, o que tendencialmente o ensurdece e torna
brigão, numa tentativa constante e incontida de ser “dono do seu nariz” e de
não se subordinar gratuitamente. Naturalmente atento a tudo ao seu redor e
avesso a olhar para a dona, terá que ser a recompensa a alterar a sua fixação.
A
Stephanie já não estava entre nós desde o verão do ano transacto, voltou agora
e parece não ter deixado de trabalhar com os seus cães, já que o Harley parece
ter ganho asas e aprendido a “voar” sobre os obstáculos. Na foto que se segue vemo-lo
a saltar decidido um suporte para bicicletas com a sua dona no lugar certo para
o ajudar, o que no passado raramente acontecia.
Com
o mesmo acerto técnico da dona, em estreia mundial, vemos este pequeno SRD a
transpor uma sebe natural com 80 cm de altura e 60 de largura, o que não é
tarefa fácil para um cão do tipo bassetóide, êxito que não se pode desligar do
facto de ser um cruzado.
No
mesmo salto, agora de outro ângulo, vemos o empenho da Stephanie que foi
flagrada com os pés no ar. Se dúvidas houvesse sobre a valentia do cão e do à
vontade com que partiu para cima do obstáculo, elas dissipar-se-iam perante a
mímica majestática do pequeno grande cão.
Com
a Stephanie em grande plano e com o Harley a responder afirmativamente às
tarefas, optei por um exercício colectivo de ginástica, agora envolvendo também
o binómio Paul/Bohr, em torno de um suporte para bicicletas, um cruzamento onde
o Bohr passaria por baixo e o Harley saltaria por cima. A Stephanie que até ali
tinha ido tão bem, ao medir mal os passos, embateu contra o Pastor Alemão e
esticou-se ao comprido no chão, levantando-se depois num lamento desusado
(voltou no dia seguinte com um penso rápido em cada palma da mão). A foto
seguinte mostra um destes cruzamentos feito com êxito.
Como
o pequeno Harley anda por demais obstinado e ataca até cães maiores do que ele,
para ajudar na solução do problema e reforçar o papel da liderança, entendi
conduzi-lo em simultâneo com o CPA Bohr.
Participaram nos trabalhos os binómios Paulo/Bohr e Stephanie/Harley; o Plano de Aula foi cumprido; a reportagem fotográfica coube aos mesmos e o tempo esteve de feição.
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