A “HOMELESS NOT DOGLESS”
é uma associação voluntária que colabora com a Unidade de Crise de Protecção
Civil na cidade italiana de Turim no “Projecto eu fico em casa”, para ajudar a
população a gerir as necessidades diárias dos amigos de quatro patas, empreendendo
para isso visitas domiciliares a famílias frágeis com cães, destinadas a
substituí-las nas áreas verdes privadas da associação, na assistência veterinária
e se necessário, também na entrega de alimentos para os animais de estimação,
de modo a garantir-lhes a actividade física e o bem-estar adequados, para que
possam manter-se serenos de volta às suas casas.
Esta
associação, em tudo sui generis, oferece ainda hospedagem nocturna a cães cujos
donos sejam hospitalizados ou colocados de quarentena quando infectados com o
Covid-19. Durante o dia vai buscar e transporta cães para as suas áreas
privadas, localizadas na Colina de Turim e nos arredores da cidade Verde, onde
tem ao seu dispor um edifício com utensílios verdes na Corso Unità d’Italia 89,
uma concessão do Município de Turim.
Luce
Boles Carenini, presidente desta associação sem fins lucrativos, esclarece que o
seu trabalho encontra-se orientado para os segmentos mais frágeis da sociedade
porque, “para muitas pessoas até hoje, ter um cão é apenas um luxo e com o
dinheiro que os proprietários ricos pagam, cobrimos os custos daqueles que não
podem pagar pelo serviço. Por isso o nosso lema é «cão rico paga cão pobre». Nesta emergência é óbvio que estamos a
apoiar principalmente famílias que já não conseguem gerir os seus cães.”
Será
que a lenda de Robin Wood serviu de inspiração a esta associação italiana de
bem-estar animal? Não sabemos. Contudo, em Turim nenhum cão fica por passear.
Seria possível termos aqui uma associação a trabalhar nestes moldes? Algo me
diz que sim e que já há alguma anterior à italiana, pelo menos no toca a serem
os ricos a pagar.
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