Confesso a minha
ignorância acerca da vida e obra de Luis
Sepúlveda Calfucura, romancista, realizador, roteirista, jornalista e activista
político chileno, que ontem faleceu aos 70 anos em Oviedo, Espanha, vítima da
actual pandemia do Covid-19. Como muitas agências de notícias internacionais
destacaram a sua morte, fui apressadamente ver de quem se tratava e vi que teve
uma vida bastante atribulada, que fez de quase tudo entre exilado e
guerrilheiro, trajecto comum a muitos sul-americanos outrora sujeitos às mais
variadas e duras ditaduras. Novidade foi saber que gostava de animais, que
escrevia histórias sobre eles e que nelas eram personagens principais . Ao que parece, Sepúlveda foi um activista dos Direitos dos Animais.
Certo dia, atendendo aos
muitos animais que tinha (gatos, cães, cavalos, ovelhas, lamas, ouriços e até
um sapo), perguntaram-lhe como era viver com eles, ao que ele respondeu: “a
vida com os animais não é tão difícil quanto se julga, basta respeitar os seus
espaços e ensiná-los a respeitar os nossos". Esta afirmação, no que diz
respeito à coabitação harmoniosa entre homens e cães, encerra uma grande lição
e resume a maior parte daquilo que entendemos como treino canino.
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