Fechadas
dentro de casa, é natural que as pessoas se vão tornando cada vez mais ansiosas
há medida que o tempo passa. Mesmo que não o queiramos, sempre acabamos, muitas
vezes sem dar por isso, por demonstrar que não gostamos mesmo nada do confinamento
forçado a que nos obrigam. Exemplo disso é o que me sucede três vezes ao dia,
quando um velhote simpático, acompanhado pelo seu já gasto Spitz, decide
cumprimentar o meu Pastor Alemão, encoberto por um muro de 2m de altura. O meu “Boche”
já os cheira à distância e de imediato põe-se a ladrar, o que sinceramente me
incomoda e que inadvertidamente me faz soltar: “Nem o velho morre, nem o vírus se vai embora!” (que Deus os conserve e eu os oiça!).
Na
cidade de Le Grau-du-Roi, no Departamento de Gard, no Sul da França, a Brigada
da Gendarmerie deste Departamento usa um drone para rastrear e surpreender os
cidadãos que não respeitem as medidas de contenção devido ao surto do Covid-19.
Nos últimos dias algo de extraordinário se passou, foi avistada uma pessoa a
passear um gato à trela, “sem que parecesse estar muito acostumada”, num resort
à beira-mar. Como a pessoa em questão não possuía qualquer certificado de
circulação, que é ali obrigatório neste período de confinamento, foi multada em
135€ e condenada a ouvir uma palestra da Gendarmerie durante 20 minutos.
Compreendo
o desespero do homem em sair de casa por breves instantes e, caso não houvesse
pandemia, eu seria um dos primeiros a dar-lhe os parabéns pelo engenho. Assim
não posso, porque poderia ter colocado a sua vida em risco e a dos outros.
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