Noutras andanças aprendi
que há gente que precisa ciclicamente de apanhar uns bons sopapos e que até
passa mal quando não tem quem lhos dê, assim acontece com muitos que adoram
provocar e desobedecer à polícia, seja aqui ou na longínqua Nova Zelândia.
Muito mais perto, no Distrito berlinense de Lichtenberg, outrora parte da
antiga RDA, onde existe o Thierpark (um dos dois jardins zoológicos de Berlin),
o Memorial de Berlin-Hohenschönhausen, o museu da Stasi (antiga polícia da
Alemanha Oriental) e o Museu Teuto-Russo, a polícia encontrou um grupo de 9
nove pessoas que se encontravam sentadas ao lado umas das outras a beber
álcool, comportamento criminoso à luz do confinamento decretado pelo governo
alemão.
Quando a polícia lhes
pediu que mantivessem a distância mínima entre si e que não ficassem num só
lugar, o grupo reagiu ruidosa e emocionalmente. No meio da confusão gerada, um
homem de 33 anos tentou agredir um polícia à cabeçada e ao pontapé, vindo a ser
atacado por um cão de patrulha que o mordeu gravemente numa perna e que o
obrigou a receber tratamento hospitalar. Não obstante, a polícia está a
elaborar um processo contra o sinistrado por resistência e agressão à
autoridade. Esta manhã um porta-voz policial disse que alguém do grupo tinha
uma faca, o que não foi confirmado.
Os cães de serviço alemães
protegem a polícia durante as suas operações, tanto em jogos ou manifestações
de futebol como em patrulhas policiais regulares. São também usados como
auxiliares na detecção de drogas, explosivos e até cadáveres. A polícia de
Berlim tem cerca de 100 cães de serviço, a maioria deles são Malinois e
Pastores Alemães. Não está a ser nada fácil fazer com que os berlinenses
respeitem as regras relativas ao Covid-19. Só ontem, a polícia apresentou 73
denúncias por crimes relacionados com negócios ilegais, crimes administrativos
e abertura de estabelecimentos não autorizados, conforme anunciou hoje. Por cá
tudo corre na santa paz e ainda bem. O homem de Lichtenberg não estava mesmo a
pedi-las? O cão não teve dúvidas!
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