Mais raro do que haver um
incêndio num quartel de bombeiros, é acontecer um assalto a um posto policial,
raridade que sucedeu entre nós, no POSTO
da GNR de
CESAR (que
não têm câmeras de videovigilância), em OLIVEIRA
DE AZEMÉIS, quando há 3 semanas atrás, por volta das 23H00, hora
da rendição das patrulhas, alguém entrou pelas traseiras do posto, subiu ao 1º
andar e internou-se na camarata, donde furtou um cinturão, um par de algemas,
um coldre, um bastão, o livro de apontamentos do bar e o comando da televisão.
O roubo só foi detectado na madrugada seguinte. Parte do material roubado foi
deixado num camião TIR estacionado ao lado do posto, mas só pela manhã, quando
o motorista chegou a Lisboa, é que percebeu o que tinha entre a carga,
alertando de imediato a GNR. Segundo a CMTV
apurou e cuja notícia transcrevemos aqui, faltavam apenas as algemas, que poderiam
ter caído durante a viagem. O caso foi de imediato participado ao Ministério
Público e está ser investigado pela Polícia Judiciária Militar. Entretanto, o
Comando da GNR de Aveiro não se pronuncia, uma vez que o caso se encontra em
investigação.
Uma das atribuições da
Guarda Nacional Republicana (GNR) é “garantir
a ordem e a tranquilidade públicas e a segurança e a protecção das pessoas e dos
bens”. Como poderá fazê-lo se nem as suas próprias instalações consegue
proteger? Será que estamos perante mais um enredo do tipo “furto de material de
guerra em Tancos” ou diante de uma brincadeira de mau gosto? É bem possível que
a precariedade de efectivos explique alguma coisa, mas não tudo, apesar de
sobrarem oficiais que seguem o lema de D. João II, nomeadamente superiores, que
se atrapalham uns aos outros nas companhias e que se vêem à brocha para ser tão
competentes como os capitães de outrora, onde um só bastava para responder
afirmativamente por uma companhia. Não estará a GNR com uma cabeça grande
demais para o efectivo que tem? Não estará mais do que na hora para proceder a
um maior recrutamento de praças? Será o novo Ministro da Administração Interna capaz de resolver o problema? O que se passou em Tancos tirou alguma credibilidade ao
Exército; o que se passou em Cesar, Oliveira de Azeméis está a desacreditar a
GNR. É bom que tudo se esclareça o mais rápido possível, porque todos queremos
confiar plenamente nas Forças Armadas e nas Polícias - ninguém deseja abalar os seu prestígio.
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