segunda-feira, 15 de outubro de 2018

NÓS POR CÁ: O INSÓLITO ACONTECEU!

Mais raro do que haver um incêndio num quartel de bombeiros, é acontecer um assalto a um posto policial, raridade que sucedeu entre nós, no POSTO da GNR de CESAR (que não têm câmeras de videovigilância), em OLIVEIRA DE AZEMÉIS, quando há 3 semanas atrás, por volta das 23H00, hora da rendição das patrulhas, alguém entrou pelas traseiras do posto, subiu ao 1º andar e internou-se na camarata, donde furtou um cinturão, um par de algemas, um coldre, um bastão, o livro de apontamentos do bar e o comando da televisão. O roubo só foi detectado na madrugada seguinte. Parte do material roubado foi deixado num camião TIR estacionado ao lado do posto, mas só pela manhã, quando o motorista chegou a Lisboa, é que percebeu o que tinha entre a carga, alertando de imediato a GNR. Segundo a CMTV apurou e cuja notícia transcrevemos aqui, faltavam apenas as algemas, que poderiam ter caído durante a viagem. O caso foi de imediato participado ao Ministério Público e está ser investigado pela Polícia Judiciária Militar. Entretanto, o Comando da GNR de Aveiro não se pronuncia, uma vez que o caso se encontra em investigação.
Uma das atribuições da Guarda Nacional Republicana (GNR) é “garantir a ordem e a tranquilidade públicas e a segurança e a protecção das pessoas e dos bens”. Como poderá fazê-lo se nem as suas próprias instalações consegue proteger? Será que estamos perante mais um enredo do tipo “furto de material de guerra em Tancos” ou diante de uma brincadeira de mau gosto? É bem possível que a precariedade de efectivos explique alguma coisa, mas não tudo, apesar de sobrarem oficiais que seguem o lema de D. João II, nomeadamente superiores, que se atrapalham uns aos outros nas companhias e que se vêem à brocha para ser tão competentes como os capitães de outrora, onde um só bastava para responder afirmativamente por uma companhia. Não estará a GNR com uma cabeça grande demais para o efectivo que tem? Não estará mais do que na hora para proceder a um maior recrutamento de praças? Será o novo Ministro da Administração Interna capaz de resolver o problema? O que se passou em Tancos tirou alguma credibilidade ao Exército; o que se passou em Cesar, Oliveira de Azeméis está a desacreditar a GNR. É bom que tudo se esclareça o mais rápido possível, porque todos queremos confiar plenamente nas Forças Armadas e nas Polícias - ninguém deseja abalar os seu prestígio.

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