De um momento para o outro
e quase sem saber como, herdei um cão – o cão dos tolos! E cão dos tolos
porquê? Porque carrega incólumes todos os vícios que só a tolice de alguns lhe
pôde dar. Ao cair-me nas mãos roía tudo o que podia dentro de casa e não
hesitava em urinar e defecar dentro dela. Na rua, quando atrelado, persistia em
rebocar-me, em comer o cocó de gatos e cães, em ladrar para estes e também para
os pombos, para além de temer os moradores das casas por onde passava. Sabendo
como solucionar os seus problemas e ainda não disposto à sina de “casa de
ferreiro, espeto de pau”, com a mesma resolução mas com menor disponibilidade,
cá vou desenvolvendo protocolos, estabelecendo rotinas e felicitando acertos
para que este cão venha a ser tão bom quanto os outros. E faço-o porquê? Porque
gosto e respeito os cães, pelo muito que me têm dado e nunca me terem
abandonado, dívida de gratidão que os tolos, por não terem experimentado,
jamais sentirão!
segunda-feira, 22 de outubro de 2018
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