Da boca de um amigo
recente, marido de uma aluna minha e homem experimentado nos negócios,
nomeadamente no que diz respeito a cristais sob uma forma alotrópica de
carbono, ouvi uma história verídica que a princípio me fez rir e que depois me
encheu de tristeza. Há alguns anos atrás, por razões ligadas ao seu ofício, o
dito cavalheiro comprou uma fazenda e foi viver para o nordeste brasileiro,
tendo também adquirido uma casa não muito longe da praia. Depois de demarcar a
sua propriedade e farto de a ver invadida por estranhos, decidiu colocar uma
tabuleta onde fosse vista por todos, escrevendo nela os seguintes dizeres: “PROIBIDA A PASSAGEM A PESSOAS
ESTRANHAS”. O aviso não surtiu qualquer efeito e os locais
continuaram a passar por lá como dantes. Quando se encontrava já desalentado,
eis que surge um graduado da polícia militar que lhe diz: “Comandante, o senhor
não sabe como são as coisas aqui, se no lugar das palavras tivesse desenhado
uma carabina toda a gente entenderia, porque a grande maioria do povão é
analfabeta!” Depois de efectuada a alteração, tal como sugeriu o policial, a
propriedade deixou de ser uma serventia alheia para sempre.
terça-feira, 30 de outubro de 2018
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