Uma pesquisa realizada na
passada 3ª Feira, levada a cabo pela FACCO
(Federação de fabricantes de alimentos preparados para cães, gatos, pássaros e
outros animais de estimação) em conjunto com a KANTAR/TNS
(grupo de pesquisa de mercado) descobriu que 49,5% dos lares franceses têm um
animal de estimação e que num contexto de crise, a procura de um animal é cada
vez mais requisitada, porque “permite esquecer os pequenos problemas quotidianos
e combater a solidão”, isto segundo o parecer de NELLY
PAPAPANAYOTOU, director da Kantar Tns.
Mas a maior novidade para
nós foi a disparidade entre o número de gatos e o de cães em terras gaulesas:
13,5 milhões de gatos contra 7,3 milhões de cães, muito embora no Reino Unido e
por outras partes do mundo a tendência seja a mesma. A população canina tem
vindo a diminuir nos lares franceses desde o início do novo milénio (em 2000
era de 9 milhões), não obstante ter aumentado 1,1% no ano de 2016.
A paixão dos franceses
pelos animais continua incólume e até tende a aumentar. Hoje têm mais coelhos e
menos pássaros em gaiolas, apesar dos últimos ainda atingirem os 5,8 milhões. O
número dos pequenos mamíferos nos lares gauleses ascende a 3,4 milhões, sendo a
maioria deles coelhos. O recorde vai … para os peixes: 22 milhões!
O número de animais de
estimação não pára de crescer em Portugal e por causa disso é considerado um
País “pet-friendly”, já que 56% dos lares portugueses possuíam pelo menos um,
isto segundo uma pesquisa levada a cabo em 2016 pela GFK, empresa
de estudos de mercado de origem alemã. No ano passado foi realizada nova
pesquisa, desta feita pela TGI
da MARKTEST,
que concluiu haver em 63,1% dos lares portugueses um animal de estimação.
Contrariamente ao que
acontece em França, os cães ocupam o 1º lugar com 38,8%, os gatos vêm em 2º
lugar com 28,4%, seguidos pelos pássaros com 10% e finalmente os peixes com
apenas 4%. Os pesquisadores têm vindo a concluir que o crescente aumento dos
animais de estimação está intimamente interligado com a alteração dos núcleos
familiares e com a noção, cada vez maior, de que os animais de estimação
contribuem para o bem-estar físico e psicológico dos donos.
Concluiu-se
assim, em matéria de animais de estimação, que os mais procurados pelos
franceses são os que os portugueses menos apreciam - os peixes, que os “tugas”
preferem ver no prato, apesar das sardinhas este ano terem sido caras, poucas e
magras! À falta de melhor, há que deitar a mão aos peixinhos da piscicultura,
aos robalos e douradas, “baratinhos”, todos iguais e a saber ao mesmo, os
chamados “frangos do mar”.
PS. O mundo continua pleno
de surpresas, porque um dos cães mais apreciado pelos portugueses é exactamente
o Bulldog Francês!
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