sábado, 20 de agosto de 2016

NÓS POR CÁ: O QUE FAZER COM O SR. SAAD MOHAMMED RIDHA E OS SEUS “MENINOS”?

Os “meninos” do Sr. Saad Mohammed Ridha, actual embaixador do Iraque em Portugal, gémeos com 17 anos de idade, depois de se terem envolvido numa rixa, num bar de Ponte de Sor, acabaram por cercar um adolescente naquela cidade, a quem deixaram inanimado no meio da rua, após lhe terem desferido múltiplos socos e pontapés, na madrugada da última 4ª Feira. Um destes “meninos” frequentava aulas de vôo em Ponte de Sor e nenhum deles tinha habilitação legal para conduzir o carro do corpo diplomático em que se deslocavam. A vítima, um jovem português de 15 anos, do sexo masculino, acabou por ser transportado de helicóptero para o Hospital de Santa Maria, onde se encontra internado em estado grave, com prognóstico reservado, várias fracturas e com traumatismo craniano, sendo objecto de coma induzido e alvo duma cirurgia reconstrutiva, literalmente a lutar entre a vida e a morte. Os agressores, depois de identificados e detidos pela GNR, acabaram por ser soltos, por gozarem de imunidade diplomática. O assunto foi entregue à Polícia Judiciária e o “menino” iraquiano que frequentava a escola de vôo acabou dela expulso na sequência dos acontecimentos.
O actual Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, esclareceu ontem que as autoridades judiciárias não lhe solicitaram qualquer diligência e que caso o façam, desenvolverá as acções "necessárias e adequadas"?! Não deveria o titular da pasta dos Negócios Estrangeiros ter contactado de imediato o seu homólogo da Administração interna e através dele convocar de imediato as polícias e encabeçar o processo? Ficámos também a saber que há um “inquérito” a decorrer (o Presidente da República diz-se chocado com os acontecimentos).
Agosto e futebol são sagrados em Portugal, porque no primeiro se vai a banhos e o segundo parece ser o que mais interessa ao País. Apesar da Convenção de Viena proteger os “jovens meliantes”, o seu paizinho e eles deveriam ser jogados porta fora e declarados “persona non grata” sem apelo nem agravo, não sem antes indemnizarem exemplarmente a vítima, caso sobreviva, o que não invalida uma manifestação popular de repúdio à porta da Embaixada Iraquiana, coisa que dificilmente acontecerá e que facilmente aconteceria caso a vítima fosse uma baleia ou outro animal. A ausência de fraternidade entre os portugueses é histórica como histórico é o desprezo dos nossos governantes pelo povo. E como sempre, espera-se que não pela gravidade do ocorrido, tudo “acabará em águas de bacalhau” ou provar-se-á que o adolescente ponte-sorense tinha por hábito jogar à cabeçada com as pedras da calçada, daí ter sido encontrado em tão mau-estado.
Estra tradição da culpa morrer solteira já faz parte do nosso folclore e é mais generosa para os estrangeiros aqui residentes, que protegidos pelos seus governos, põem e dispõem como lhes apraz debaixo da mais descarada impunidade (exemplos não faltam, pois já cá tivemos um príncipe que matou o irmão, o caso da Maggie continua sem solução e o inspector português a quem foi entregue por pouco não foi parar à prisão). Portugal já é pequenino e se a situação não se alterar, breve deixará de se ver, regredirá de piolho para carcaça! 

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