quarta-feira, 10 de agosto de 2016

… AS MOSCAS É QUE SÃO OUTRAS!

Ninguém no seu perfeito juízo pode deixar de condenar o sucedido com os cães no Cerco de Estalinegrado, altura em que foram usados como armas anti-tanque, quando carregando explosivos faziam explodir os Panzers alemães. O prejuízo que causaram com a sua morte acabou por ser também decisivo para o desfecho daquele conflito. Enquanto durou e logo pela manhã, correndo atrás do prejuízo, atiradores alemães abatiam todo e qualquer cão que avistassem.
Hoje usam-se drones para esse efeito e os cães de guerra actuais são maioritariamente usados para a detecção de explosivos e não para carregá-los, alteração que não mudou a sua malfadada sorte, porque o primeiro tiro em direcção a um binómio é para o cão.

Não se sabe ao certo quantos cães de guerra foram feridos ou morreram na Invasão do Iraque, na Guerra do Afeganistão e noutros conflitos, mas sabe-se que grande número deles acabou por ser abatido depois de haver sobrevivido às guerras para onde foram levados, o que não pode deixar ninguém indiferente e que deverá também ser objecto de profunda reprovação.
Agradar-se-ão os cães de memoriais ou preferirão viver? Já não será tempo de acabarmos com as guerras e de deixarmos os cães em paz? Verdade seja dita: a política relativa aos animais continua a ser hipócrita, como hipócrita é aquele que badala a paz e pensa em guerra. Se os homens aprendem com os seus erros, porque persistem em repeti-los? Enquanto não nos virmos como iguais, os cães não deixarão de pagar pela nossa cegueira.

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