Segundo faz saber o “The
Independent”, tablóide inglês online, na sua edição do passado dia 09 de Agosto,
na parte sul da Cidade norte-americana de Dallas/Texas, onde habitam as suas
comunidades mais pobres, o número de cães de rua não pára de aumentar, estimando-se
agora que ronde os 9.000, proliferação que vem dificultando a saída de casa dos
moradores daquela área, que à falta doutras soluções, saem à rua de cacete em
punho para não serem atacados pelos cães.
O problema mereceu
destaque nacional no início deste ano, quando Antoinette Brown, uma
afro-americana com 52 anos, foi atacada até a morte por uma matilha daqueles
cães, depois de haver sofrido mais de 100 dentadas. De acordo com os dados
divulgados pelo “Boston Consulting Group”, entidade contratada para estudar a
situação, a frequência dos ataques caninos tem aumentado anualmente 15% desde
2013, sendo a maioria deles obra de cães que foram abandonados pelos seus
proprietários na rua. Segundo a mesma consultadoria, cerca de 8.700 cães vivem
na rua e desconhecem-se os seus proprietários, o que vem atentando contra a
saúde pública, qualidade de vida e segurança dos residentes na zona sul de
Dallas e que tem obrigado os mais ousados a deslocações na via pública de
cacete em riste.
Na zona norte daquela
cidade, a mais próspera, não existe semelhante problema e proliferação, porque
80% dos cães são esterilizados contra os 15% verificados na zona sul, que tem
apenas 3 clínicas veterinárias no total contra as 3 existentes por meia-milha
na parte mais rica daquela cidade. Maeleska Fletes, presidente do “Dallas
Companion Animal Project”, considera inválida a captura e abate daqueles cães como
solução para o problema, uma vez que ele retornaria passados 6 meses, devido à
irresponsabilidade humana e à alta taxa de reprodução canina, advogando como solução
uma campanha porta-à-porta com o objectivo de educar os proprietários caninos e
oferecer-lhes gratuitamente a esterilização e o acompanhamento
médico-veterinário para os seus cães.
Ainda bem que há gente com
miolos do outro lado do Atlântico, porque doutro modo, caso Mr. Donald Trump viesse
a ser presidente e o problema subsistisse, por certo mandaria erigir um muro
para dividir Dallas ao meio, mandando depois o Exército ou a Guarda Nacional, munidos
de blindados, numa luta sem tréguas para exterminar aqueles “invasores” e “terroristas”!
Afortunadamente não
vivemos no Texas e desgraças destas já não existem por cá. Dum jeito ou de outro
vale a pena ser europeu, quer se seja gente ou cão!
Sem comentários:
Enviar um comentário