Hoje, dia 26 de Agosto,
celebra-se o Dia Mundial do Cão, data em que se pretende despertar a opinião
pública para os cuidados a haver com este animal que nos acompanha há milénios,
o que não impedirá que continue a ser desrespeitado, maltratado, explorado,
abandonado, transformado em cobaia, abatido sem agravo e morto em combate, o
que faz deste dia um “ dog memorial day”. Como sucede com todas as efemérides, que
são por norma aproveitadas para outros fins, os fabricantes de comida e de
acessórios para cães associar-se-ão à celebração, os canicultores divulgarão as
suas ninhadas, alguns veterinários subirão à ribalta, uns quantos proprietários
caninos dirão de sua justiça e os alguns centros de acolhimento para cães virão
a ser objecto de reportagem. Nada disto irá impedir a má nutrição a que os cães
se encontram sujeitos, a privação do seu exercício e excursão diárias, o
isolamento a que são votados, os atentados ao seu bem-estar, a sua castração e
a sua morte nos canis terminais municipais.
Quantos teriam sido
abatidos hoje? Diante disto, hoje é um dia de vaidade e vergonha, vaidade para
quem se serve do dia e vergonha para quem o ignora. Feliz é o meu Pastor Alemão
“Black”, que coabita comigo, raramente está só, é meu cúmplice, come ração
apropriada, merece toda a atenção, é alvo do meu carinho, é escovado todos os
dias, está desparasitado e tem as vacinas em dia, sai diariamente três vezes à
rua e é a minha sombra. Ele não sabe que dia é hoje nem aquilo que se comemora,
mas sabe que sempre poderá contar comigo.
Parabéns a todos os “Blacks”
deste mundo, aos afortunados e aos desafortunados, aos amados e aos desleixados,
aos que dão a vida por nós e que pouco ou nada exigem em troca. Eles não
precisam de orações, evocações ou medalhas, exigem apenas amor e respeito sendo por vezes mais tolerantes
connosco do que somos com eles. Obrigado companheiros!
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