Finalmente recebemos um
email da Família Carreiras. A dupla João/Radar recomenda-se e a Joana tem
passado bem. Estiveram aqui em Julho e no Natal retornarão para passar alguns
dias de férias com as respectivas famílias. Dentro de sensivelmente um mês, a
Família aumentará e o Radar já terá companhia. Oxalá tudo corra bem, o parto
seja rápido e a menina nasça saudável, forte e escorreita. Logo que possível daremos notícia do feliz evento. Felicidades para os quatro!
quarta-feira, 31 de agosto de 2016
ANDICS COMPROVOU O QUE SABÍAMOS HÁ MUITO TEMPO
O Dr. Attila
Andics, etólogo e investigador da Universidade de Eötvös Loránd/Budapeste/Hungria,
comprovou mediante observações feitas num scanner de ressonância magnética, que
os cães entendem o que dizemos e como o dizemos - as diferentes entoações que
damos às mesmas palavras; que eles usam o hemisfério esquerdo de seu cérebro
para processar o significado das palavras e seu lado direito para trabalhar a
entoação, exactamente da mesma forma que os humanos processam a linguagem. Tais
conclusões reforçam o papel das entoações que damos às palavras que lhes
dirigimos. Quando elogiamos um cão e o tom usado é de louvor, o centro de
recompensa do seu cérebro é activado e dispara, mas se dissermos o mesmo num
tom apático, o cão vai perceber que não está a ser verdadeiramente elogiado. Do
mesmo modo, um cão não deixará de nos lamber se o repreendermos debaixo de riso.
Há muito que
havíamos constatado isto no adestramento, experiência que transmitimos através
dos nossos manuais escolares nos textos “IMPACTO
VISUAL, RESPIRAÇÃO E ENTOAÇÃO DE COMANDOS” e “CARÁCTER
DA ENTOAÇÃO DOS COMANDOS”, normalmente distribuídos aos nossos candidatos a
monitores. Conhecedores da importância dos comandos verbais e da sua entoação,
sempre solicitámos aos nossos alunos que os proferissem através de uma voz
clara e modelada, porque adestrar é também equipar os donos. Em simultâneo,
sempre instámos com os nossos instruendos para que usassem a entoação adequada nos
comandos solicitados, já que dissonância entre o tom e a ordem tende à
desobediência dos animais. Conhecedores da importância da voz humana no
adestramento, requisito técnico que muito contribui para o condicionamento
procurado, quando usado a preceito, bem depressa reconhecemos ser ela válida
por si mesma como recompensa, quando reforçada pela mímica que a acompanha, o
que teve como resultado a fixação exclusiva na pessoa dos donos e a formação de
cães impolutos e incorruptíveis. O “Reforço Positivo” não se limita à
distribuição de guloseimas ou ao uso de brinquedos, vai ainda para além disso,
estruturando-se também na linguagem e entoação utilizadas, que ao serem
perceptíveis, tornam os cães solícitos pela gratidão que nutrem pelos donos.
PIADA DA SEMANA: O ENCONTRO
Duas senhoras muito
produzidas, hoje entendidas como “tias”, encontram-se à mesa dum café e uma
relata para a outra o encontro que teve na noite anterior: Ai rica foi
horrível! Começou por beijar-me com tanta força que me mordeu os lábios, de tal
maneira que receei que me saltasse o implante de colagénio. Depois acariciou-me
os cabelos ao ponto de me saltarem algumas extensões. Agarrou-se à minha cara
com tal ímpeto que temi que o botox se espalhasse por ela abaixo e até as
minhas pestanas postiças ficaram coladas ao seu nariz. Tive que o mandar parar.
Depois avançou para as minhas pernas e começou a acariciá-las. Lembrei-me que
não tinha feito a depilação e ao pará-lo saltaram-me duas unhas postiças. Dominado
pela luxúria, abraçou-me com tanta força que quase alterou a forma dos meus implantes
de silicone. Seguidamente pôs-se a beber champanhe do meu sapato e quase que
morria sufocado por ter engolido o corrector de joanetes! E depois o que
aconteceu? - perguntou-lhe a amiga. Acreditas que se foi embora?! – respondeu-lhe.
A amiga chocada com aquele desfecho, exclamou: Cá para mim era maricas!
FLAGRANTES DA VIDA REAL: O SACRO E O PROFANO DAS NOSSAS ROMARIAS
Uma inequívoca
manifestação de “Ex opere operato”: Eu vou, mas vou contrariado! O piedoso
mocetão não estudou latim e como tal desconhece a célebre frase do poeta
Catulo: “irrumabo vos et pedicabo vos". E depois, o Padre não é
obrigado a saber inglês! Adoramos a sacralidade das nossas populares
festas religiosas, porque a seguir às procissões costumam saltar para o
adro da igreja três ou quatro moçoilas esculturais, tal qual “Afrodites”, que
dançando com pouca roupa, acabam por mostrar o fio dental. Não há nada como a
fé do povo, isto é cultura meus senhores, genuína e bem preservada cultura
greco-romana!
terça-feira, 30 de agosto de 2016
ACABAR COM A VIOLÊNCIA ANTES QUE ELA ACABE CONNOSCO
Apesar das sociedades
ocidentais estarem cada vez mais violentas, a venda e a incitação à violência
não param de aumentar, particularmente entre os adolescentes que mais cedo
começam a matar, sucedendo o mesmo nas reinventadas sociedades teocrático-repressivas
que há mil e quatrocentos anos apelam ao martírio, justificam o assassinato e
que fazem do castigo justiça. A escalada global da violência atinge também
Portugal, cuja sociedade se encontra fragilizada pela novidade de conceitos e
pela ausência de parâmetros, inundada por modelos sociais e familiares alheios,
para os quais não se encontrava e não se encontra preparada. Diante desde
espectro a solução é simples: ou acabamos com a violência ou ela acabará
connosco!
A proliferação da pseudonovidade
e a má qualidade da informação têm sido responsáveis pelo agravamento do
fenómeno, bombardeio que tem vindo a fragilizar as famílias e a dotar crianças
e jovens dum estatuto de “geração espontânea”, como se não devessem obediência
a ninguém, os seus educadores pertencessem a um modelo há muito ultrapassado e
tudo lhes fosse permitido. Tardiamente arranjámos leis e estatutos para os
proteger mas ainda não encontrámos meios para nos defendermos das suas
arremetidas e abusos, antídotos seguros para o seu desnorte, desadaptação, pouca
aplicação, desinteresse, revolta, suicídio e outros crimes (os professores e
outros pedagogos que o digam!).
Algo vai ter que mudar na
família, na educação, na escola, na sociedade e na política dos homens e
mulheres do amanhã, porque a presente utopia tende a ultrapassar a mais
arrojada das anarquias, a exacerbar o culto individual em detrimento do
bem-estar e esforços colectivos. Não temos como pretensão mudar o mundo mas
podemos valer a muitos e contribuir para o decréscimo da violência. E quando
dizemos nós, estamos a referir-nos aos adestradores, nomeadamente os civis ou
aqueles que trabalham para eles, a quem cabe nesta matéria um importante papel,
porque são duplamente pedagogos (de homens e cães), exercem profunda influência
nos mais jovens e tendem a constituir-se em exemplo para pequenos e graúdos,
não se escapando alguns e por causa disso a romances mais ou menos escaldantes.
Depois do que dissemos, perguntamos-lhes: o que é um bom cão? Um que morde em
quem queremos, um que não faz mal a ninguém ou outro que pode valer a muitos? A
resposta parece óbvia.
Na impossibilidade de
conserto dos desacertos familiares (as famílias monoparentais são cada vez
menos excepcionais e apenas apresentam como vantagem a menor carga fiscal) e da
ausência de modelos válidos para a educação dos mais novos, cuja plasticidade é
física, psicológica e cognitiva, cabe à escola um papel deveras importante na
sua formação, que deverá alterar, adaptar e actualizar os seus conteúdos de
ensino, contribuindo assim para o interesse e bem-estar dos seus alunos,
facilitando a sua futura integração na sociedade. Ainda hoje não compreendemos
porque se ensinam tão tarde e tão pouco ciências como a Física e a Filosofia,
porque não há no efectivo de cada estabelecimento de ensino um psicólogo.
Teremos falta deles ou só serão válidos nos casos patológicos?
Indubitavelmente subsiste
uma má relação entre a escola e as famílias, responsável muitas vezes pelo
subaproveitamento ou mau rendimento escolar dos alunos. E se as famílias causam
entraves à escola, então terá que ser ela a aproximar-se dos lares, colmatando
as insuficiências neles presentes, mormente de carácter afectivo e por
conseguinte de cariz social. Consegui-lo-á através de actividades divididas,
mercê de tarefas que englobem pais e alunos. Nisto poderá haver também uma
correlação entre o adestramento e a escola, considerando a paixão generalizada
das crianças pelos cães e a dificuldade que a maioria delas tem em ter o seu
próprio cão. É evidente que estamos a tratar da terapia canina, do despoletar
ou do aumento da serotonina que o simples afagar dos cães oferece e que poderá
pôr em sintonia pais e filhos, por norma com pouco tempo de convívio mútuo. À parte
disto e considerando o bem-estar dos cães, que melhor acção e campanha
poderíamos desenvolver contra os maus tratos e abandono que continuam
vitimá-los?
Decididamente o
adestramento não é uma panaceia mas também não deverá prestar-se ao eclodir ou
potenciação de comportamentos marginais, coisa fácil de acontecer quando
treinamos cães como armas e ensinamos os seus donos a usá-las, já que grande
parte deles não possui a maturidade, o equilíbrio e a responsabilidade para tal
empresa, o que mais agravará os seus desvios. Sim, o combate à violência passa
também pelos Centros Caninos, que ao invés de se dedicaram à experimentação
bélica, deverão usar os cães como uma ocasião para a paz e para a fraternidade,
desenvolvendo actividades binomiais, que sendo do agrado dos animais, serão de
grande préstimo para os seus donos e para a sociedade. O combate à violência
começa dentro de cada um de nós e se lhe dermos combate, menor será o número
daqueles que a abraçarão. O que mais valerá: o cão que guarda o seu quintal ou
aquele que sai dele para socorrer e resgatar quem se encontra em aflição? Os
cães já participaram em demasiadas guerras, há que sossegá-los para que
nos tragam a paz!
segunda-feira, 29 de agosto de 2016
AMOR PARA A VIDA E PRÁ ALÉM DA MORTE
A dedicação
dos cães pelos seus donos não é de hoje e como se repete amiúde por milénios, nem
sempre merece o devido destaque. Todavia, na semana que findou, 3 cães foram
destacados pela imprensa internacional: o Cocker vermelho que permaneceu ao lado do
caixão do seu dono, morto pelo sismo em Itália; o Akita Americano Keola, que em
Doncaster/South Yorkshire/Inglaterra alertou a sua dona grávida para uma grave
infecção que a atormentava, acabando por salvá-la e ao bebé; e um Poodle
chamado Polo que em Baltimore/Estados Unidos, no meio dum incêndio, salvou a
bebé da sua dona ao deitar-se por cima dela, vindo depois a morrer. Perante
tais exemplos só nos resta dizer que o amor dos cães é para a vida e vai para
além da morte. Não deveria haver nas grandes metrópoles um monumento "ao heróico cão desconhecido"? Nós achamos que sim!
domingo, 28 de agosto de 2016
SWEETY UND KAI BECKER
Apostados em usufruir dos
prazeres desta noite de Verão, sentámo-nos numa esplanada rodeada por um
jardim, onde fomos surpreendidos pela passagem de uma Pastora Suíça (Pastora
Alemã Branca). Mais tarde viemos a reencontrá-la junto do seu dono, o Sr. Kai
Becker, um cidadão alemão casado com uma portuguesa muito simpática, senhora
que nos adiantou alguns pormenores sobre a natureza, treino e utilidade daquela
Pastora. Ficámos a saber que se chama Sweety, foi treinada na Alemanha e é uma
cadela de assistência, preparada para avisar o dono quando os seus níveis
de insulina se encontram demasiado baixos, já que o Sr. Kai é diabético e foi-lhe extraído o baço. A
Família Becker, que parece adorar Portugal, quando intentava visitar esta tarde um museu com a cadela, viu barrada a sua entrada por se fazer acompanhar pelo
animal, sob o pretexto da Sweety sujar aquele recinto. A justificativa do
funcionário não satisfez aquela família, autorizada e acostumada a circular por
todo o lado com a Pastora, que de imediato protestou. Pondo de parte o
contratempo e a ignorância daquele funcionário, exalta-se a utilidade e
prestação da Pastora dos Becker, que obviamente estão muito satisfeitos com
ela. Parabéns a todos, felicidades, boas férias e bom regresso a casa.
NÃO HÁ FOME QUE NÃO DÊ EM FARTURA
Portugal ocupa o 10º lugar
entre as nações europeias que têm mais animais de companhia, indicador
dissonante com a sua riqueza, PIB e índice de desenvolvimento, que não pode ser
dissociado do facto de ter mais pensionistas que população activa. Os
portugueses têm mais pets que filhos, graças a um processo eugénico imposto por
razões económico-sociais. 45% das famílias portuguesas têm um ou mais animais
de estimação, ocupando os cães o primeiro lugar da sua preferência, seguidos
pelos gatos, aves e peixes. Mais de 75% dos cães escolhidos são de raça
indefinida ou híbridos (rafeiros), sendo ¾ deles de tamanho médio-pequeno e
provenientes de adopção, das associações que abrigam os que foram abandonados,
cedidos na sua maioria já castrados. Entretanto, o número de criadores de cães
standardizados encontra-se estagnado, a procura de cães de raça sofre um
decréscimo acentuado, a ocorrência das suas ninhadas é menos frequente e até esporádica,
resultados que se compreendem pelo empobrecimento geral do País, que se
encontra em “Stand by” tal como a canicultura – a marcar passo e à espera de
melhores dias.
Com a austeridade e os
gastos a que os cães obrigam, a continuação das campanhas de castração e com a
criminação dos maus-tratos e abandono, poucos rafeiros sobreviverão e
deambularão pelas ruas daqui a poucos anos, o que os colocará quase à beira da extinção,
o que é simultaneamente uma boa e má notícia para os cães em geral, boa porque serão
melhor respeitados e má porque perderão a biodiversidade que os robustece e que
lhes oferece saúde e longevidade (os rafeiros são mais saudáveis e vivem em
média mais quatro anos que os seus pares padronizados). O seu desaparecimento
progressivo irá levar à maior procura dos cães padronizados, que não renderão
os lucros de outrora, obrigarão a maiores cuidados na sua selecção e virão a
aumentar o caderno de encargos daqueles que os adquirirem, de acordo com a aura
antropomórfica que hoje carregam. Passarão os cães de moda? Verão o seu número
reduzido? A hibridação e a clonagem dominarão a canicultura? Assistir-se-á à formação
de novas Raças? Quem cá estiver logo saberá!
Importa aos canicultores
de hoje preparar-se para o futuro imediato, produzir raças e cães saudáveis
segundo as tendências em voga e expectativas de quem os procura, o que equivale
a dizer que terão que apostar na qualidade e pensar nos destinatários do seu
produto, que não necessitam de cães de guerra e que maioritariamente desejam
companheiros pacíficos, interactivos e cúmplices, que não lhes causem problemas
e que possibilitem uma coabitação feliz e harmoniosa – cães simpáticos e do
agrado geral, aptos para entenderem todos como amigos (pessoas e animais). A
criação de raças caninas altamente territoriais, guardiãs e agressivas, hoje
penalizadas, encontra-se agora desajustada com os nossos princípios e valores
sociais, particularmente quando confiadas a mãos impróprias, pois só assim se
compreende o que o SEPNA da GNR tornou público em 2015: que raças com o
Rottweiler, o Dobermann, o Pit Bull e o Pit Bull Terrier foram as que mais
atacaram pessoas, tendo como alvo principal os seus donos e restantes membros
do seu agregado familiar, não poupando também outros animais.
A existência deste
desajustamento, a necessitar de ser banido e superado, concorrerá para a maior
procura das escolas caninas e terá como consequência a alteração dos seus
métodos e currículos de ensino, que assentarão basicamente no reforço positivo,
sobre a disciplina de obediência e na habilitação dos animais para as distintas
modalidades desportivas ao seu alcance. O convencional Cão de Guerra entrou em
decadência logo a partir da década de 50 do século passado e as suas atribuições
militares têm sido objecto de alteração, sendo agora mais usado para a detecção
de suspeitos e explosivos do que para o varrimento. A sua participação nos
conflitos armados está presa por um fio, mercê da Declaração Universal dos
direitos do Animal (lavrada em 1978), de uma maior sensibilidade da opinião
pública, do seu elevado número de baixas e… do seu abate pós-conflitos! A
alteração do modo de fazer a guerra, a Declaração Universal dos Direitos do
Homem (adoptada pela ONU em 1948) e até a globalização, irão também torná-lo
obsoleto, despachando-o para a companhia do ilustre Cavalo de Guerra. E nisto
subsiste um “efeito dominó”, considerando a sequência existente ente Cão de
Guerra, Cão Policial e Cão de Guarda.
O grosso dos cães que
temos hoje são reflexo de expectativas passadas e como tal, importa catapultá-los
para o futuro, não descorando o seu bem-estar e qualidade, tendo presente que
foi a perca das suas qualidades originais que os transformou em imprestáveis, efémeros
e doentes animais de exposição. Os cães de trabalho não têm os dias contados,
porque são curiosos, versáteis, multifacetados e próprios para o auxílio,
características que os capacitam cabalmente para a novidade de serviços, porque
todo aquele que persegue pode resgatar e aquele que mata pode salvar, bastando
para isso alterar as prioridades na sua selecção - virar a face da moeda. E se
assim se fizer, o actual desprezo dará lugar ao aumento da sua procura e a
depuração à exaltação. Serão os homens tão adaptáveis quanto os cães? Cada
geração tem os seus desafios, o mundo não pára e o futuro é logo adiante. Cabe
à actual geração de criadores adaptar os cães que recebeu para o dia de amanhã,
amanhã que começa hoje, que não se compadece de atrasos e que não despreza as
lições do passado. Podemos não saber muito bem o que é o tempo, certo é que
estamos cá e se aqui estamos, viemos para servir, já que a nossa inutilidade bem
depressa nos transformará em entulho e legará aos cães a mesma sorte. É hora de
acordar!
sábado, 27 de agosto de 2016
RANKING SEMANAL DOS TEXTOS MAIS LIDOS
O
Ranking semanal dos textos mais lidos ficou assim escalonado:
1º
_ OS FALSOS PASTORES ALEMÃES, editado em 24/02/2015
2º
_ ABANDONO DE ANIMAIS: HERANÇA CULTURAL E MISÉRIA HISTÓRICA, editado 21/08/2016
3º
_ PODENGO: DESPREZAR O QUE NOS FAZ FALTA!, editado em 20/01/2010
4º
_ NÓS POR CÁ: O QUE FAZER COM O SR. SAAD MOHAMMED RIDHA E OS SEUS “MENINOS”?,
editado em 20/08/2016
5º
_ O ESTRANHO ANÚNCIO DOS PASTORES ALEMÃES CASTANHOS, editado em 26/04/2013
6º
_ PASTOR ALEMÃO X MALINOIS: VANTAGENS E DESVANTAGENS, editado em 15/06/2011
7º
_ CÃO DO BARROCAL ALGARVIO: UM TODO-O-TERRENO CANINO, editado 26/02/2016
8º
_ MAIS PRAIAS PARA CÃES, MAIS TURISMO, MAIOR RIQUEZA, editado em 24/08/2016
9º
_ LÁ VAI MAIS UM!, editado em 22/08/2016
10º _ CONVERSAS SOBRE
PASTORES ALEMÃES À MESA DO CAFÉ, editado em 09/08/2014
TOP 10 SEMANAL DE LEITORES POR PAÍS
O
TOP 10 semanal de leitores por país ficou assim ordenado:
1º
Portugal, 2º Brasil, 3º Estados Unidos, 4º Reino Unido, 5º Alemanha, 6º França,
7º Ucrânia, 8º Quénia, 9º Holanda e 10º Moçambique.
EMAIL SOBRE ARTIGO NO TOPO
Nunca
imaginámos que o texto “OS FALSOS PASTORES
ALEMÃES”,
editado em 24/02/2015, viesse a ser tão visitado e se conservasse como o mais
lido ao longo de várias semanas, apesar destes híbridos serem muito populares
no Ocidente e continuarem a proliferar por todo o lado. Acerca do texto acima
citado recebemos o seguinte email: “Eu tenho um mestiço com 5 meses, ele tem o
porte de pastor e o pelo de Rottweiler,m quer ver ele, link do meu face…”.
Acabámos por ver a fotografia do cachorro, um híbrido de CPA com Rottweiler, que
por sinal é muito bonito e está bem para a idade (bem tratado). Não adiantamos
o link que nos foi facultado por razões de segurança. Agradecemos a
generosidade deste leitor e desejamos que seja feliz na companhia do seu
cachorro.
UMA LIÇÃO A TIRAR DE WATFORD
Vamos
ao factos. Um Pastor Alemão chamado “Nero” (na foto acima), propriedade da
Polícia de Watford/ Hertfordshire/UK,
partiu o pescoço em dois lados na perseguição de dois suspeitos de agressão e
roubo, ao cair de uma altura de 3.5m. Os sujeitos fugiram a pé, o cão
encontra-se estável e a polícia aconselhou a população a não circular com
valores à vista. Felizmente roubos deste género são incomuns em Watford. O
incidente ocorreu às 02H30 da madrugada de anteontem. Ignora-se se o tratador policial
do CPA foi objecto de algum reparo, muito embora acreditemos que o ocorrido conste
dos relatórios de patrulha. Como tomámos conhecimento do incidente pelo jornal “Independent”
online, que pouco faz saber acerca das circunstâncias da queda, não sabemos se
o animal saltou deliberadamente ou foi surpreendido pela diferença de nível, o
que de imediato comprometeria ou isentaria de responsabilidades o seu condutor,
ainda que ambos os casos possam prestar-se à sua inocência, se o primeiro for
entendido como uma reacção instintiva e o segundo como um infeliz acidente.
Como
dificilmente alguém persegue suspeitos com o cão atrelado, por lhe faltar
pernas e desaproveitar os bons serviços do animal, importa ensinar os cães a
descer dos muros, para que não saltem do seu topo e aprendam a encurtar a
distância que os separa do solo, trabalho aturado que poderá salvar-lhes a vida.
Na foto seguinte podemos ver o CPA “Radar” a fazê-lo, encurtando a distância de
impacto ao solto de 2 metros para 1.
Esta
preparação é indispensável a todos os cães quer eles sejam civis, militares ou
policiais, particularmente quando soltos para brincar ou actuar, porque o
perigo espreita onde menos se espera e só o condicionamento poderá valer-lhes.
Na foto seguinte, que já tem alguns aninhos, podemos ver um CPA militar a sair
impropriamente dum muro, saltando directamente do seu topo para o chão, duma
altura a rondar os 2.5 metros, como se o obstáculo se tratasse de uma vulgar
barreira vertical de 80 cm.
Todos
sabemos que as pistas tácticas há décadas que entraram em desuso e que só agora
voltaram a ser usadas pelas companhias cinotécnicas de alguns exércitos nacionais,
apesar de outros nunca as terem desleixado. O muro sobrevivente e mais comum de
ser ver é o de 1 metro de altura, executado pela curvatura natural de salto de
um cão médio e que não exige cuidados especiais na sua saída, já que é feito no
prolongamento da passada (foto abaixo). Se o ensino dos muros se remeter
exclusivamente a este, os cães virão a saltar, em caso de necessidade e pela
experiência havida, outros maiores do mesmo modo, o que poderá lesioná-los e ser-lhes até fatal, como sucedeu
ao CPA de serviço em Watford.
Considerando
esta necessidade qualquer pista táctica deverá ter à disposição dos seus
binómios muros de 1m, 1.5m, 1.8m, 2m e 2.5 metros, podendo ter ainda outro de
3m, caso a sua necessidade se justifique (quem não tiver espaço ou
disponibilidade económica para isso, poderá valer-se da maior ou menor abertura
duma paliçada). Para que estas transposições não atentem contra o seu propósito
e venham a perigar a integridade dos animais, importa conhecer a seguinte
fórmula: SM = 2xDMEX + SV, que logo nos dirá
qual a altura do muro ao alcance dum cão (SM) que é igual ao
dobro da distância média entre os seus eixos/membros (DMEX) mais altura que salta limpo na vertical (SV). O convite para a transposição dos muros só deverá acontecer
depois dos cães se encontrarem aquecidos e terem vencido todos os obstáculos
que lhes são anteriores na pista. A evolução nos muros é gradual e os tempos de
recuperação dos cães deverão ser respeitados, o que obrigará à verificação da frequência
dos seus ritmos vitais. Os melhores atletas caninos, depois de experimentados
nestes obstáculos, poderão vir a ultrapassar muros 25% mais altos que o valor
indicado pela fórmula atrás (um CPA saudável virá a transpor muros de 2.4m e os
excepcionais atingirão muros de 3 e 3.6 metros de altura).
Como
se antevê, a saída dos muros não dispensa, na sua fase preparatória e nos mais
altos (acima dos 2 metros) uma rampa de impacto, acoplada ao corpo do obstáculo,
com uma inclinação de 30 e 45º e elevada do solo a 1/3 da altura do muro. Se ao
invés de uma rampa usarmos uma mesa, com maior dificuldade conseguiremos
ensinar os cães a sair dos muros correctamente, porque ao invés de agarrarem a
eles, saltarão de imediato para a superfície nivelada, que é exactamente aquilo
que se pretende evitar (na foto abaixo a rampa encontra-se por demais elevada,
quiçá porque o cão teima em saltar desamparado e importa contrariar a sua
tendência).
Depois
do que foi explicado, o que importa gravar é que os cães carecem de ser
ensinados nas saídas dos muros, para que na diferença de planos não comprometam
a sua saúde e salvaguarda, ao saltarem desamparados e para a frente, desaproveitando
o atrito possível que encurta tanto a altura como o seu impacto ao solo – eles devem
agarrar-se às paredes até onde lhes for possível.
WILD RANGERS
Os maiores inimigos da
vida animal e dos parques naturais em África são os caçadores furtivos, que procuram
abater um grande leque de espécies animais, particularmente elefantes e rinocerontes,
na procura do marfim e dos cornos daqueles paquidermes, troféus bastante
cobiçados nos mercados árabes e asiáticos, que sustentam esta actividade ilegal
e que têm contribuído de forma decisiva para a escassez e até para a extinção
de determinadas espécies.
A conservação destes
parques e a sua fiscalização é maioritariamente sustentada por ONG'S
internacionais com o aval dos governos locais. Devido à escassez, valor e
procura do marfim e dos cornos dos rinocerontes, grupos terroristas têm vindo a
treinar indivíduos para esta caça ilegal, no intuito de subsidiar as suas
actividades subversivas e criminosas, pelo que os métodos de caçar têm vindo a
sofrer alteração, transitando dos ancestrais métodos de caça para a caça
armada, de acções isoladas para organizadas, o que tem aumentado a chacina e o
colocado em sério risco a vida dos guardas que protegem as espécies selvagens.
Insatisfeitos com esta triste
realidade, apostados em fazer-lhe frente e vencê-la, as direcções dos distintos
parques naturais têm optado pelo recrutamento de cães do Ocidente (América e
Europa), tanto para detectar os acampamentos daqueles caçadores como para lhes
fazer frente e proceder à sua captura. Assim acontece já há alguns anos na
África do Sul, nomeadamente no Parque Kruger, onde vários cães auxiliam os
guardas na detenção e perseguição de caçadores furtivos.
O treino destes cães é
árduo e muito exigente, considerando a sua salvaguarda, o particular climático,
os meios de transporte utilizados, os ecossistemas a enfrentar e a natureza dos
seus inimigos (armados, organizados e razoavelmente preparados). Os cães têm
que se adaptar ao transporte de helicóptero, à descida em rapel, à perseguição
e captura dentro de água, à dissimulação e aos ataques lançados de surpresa, a
recusar engodos, a suportar a lama, o maior peso do seu corpo molhado e enlameado,
o mato espinhoso e os contra-ataques que virão a suportar.
Apesar de muito
desgastante, este trabalho é do agrado dos cães, uns verdadeiros “Wild Rangers”,
que decidida e prontamente abraçam as suas missões, tanto em terra como dentro
de água, sendo por isso céleres e competentes guardas anfíbios, predadores de
todo-o-terreno e companheiros de préstimo inestimável.
Não obstante, a sua
formação jamais aconteceria sem o sacrifício dos homens que os capacitam, que
vestindo a pele de outros, expõem a sua a toda a sorte de desventuras.
A existência de caçadores
furtivos, quando não organizados e preparados para esse fim, deve-se à miséria
vivida pelas populações africanas, que à falta de melhor e correndo sérios
riscos (cães assim preparados podem ser letais) deita a mão a qualquer esmola
que lhe seja estendida, combatendo os cães o efeito e não a causa, numa luta
sem tréguas entre predadores, legitimando existência de uns a presença dos outros,
ambos obrigados à peleja pela sobrevivência.
Combater a fome e estender
a educação resolverão a maioria dos problemas vividos pelos africanos e por
toda a humanidade em idênticas circunstâncias, muito embora seja também preciso
combater a maldade, que sempre se fará presente nas disputas humanas na procura
da vantagem e contra a desejável paridade.
sexta-feira, 26 de agosto de 2016
CORREIO DOS LEITORES
Recebemos
dum leitor um comentário ao artigo: “O
CÃO LOBEIRO: UM SILVESTRE ENTRE NÓS”, editado em 26/10/2009,
que publicamos na íntegra:
“Tenho um lobeiro com 6
anos, e tudo o que escrevem no artigo é exacto. São maravilhosos e além de nos
darem companhia, complementam-nos. Assim, compreendi muitas das acções dele.
Parabéns pelo artigo”. Resta-nos agradecer o comentário e continuar a merecer o
interesse deste leitor.
OMITEM O QUE INTERESSA E FAZEM ECO DO QUE NÃO DEVEM
Quem governa o Mundo?
Evidentemente quem controla a informação, quem diz o que deve e não deve ser
dito, alguém desconhecido, não votado, todo-poderoso e acima das instituições, que
faz eleger os governos, força as nossas escolhas, que constrói os nossos
ídolos, heróis e vilões, despoleta conflitos e cria tréguas, segundo interesses
que não abrangemos imediatamente. Desconhecemos quem seja e apenas vemos os
seus tentáculos por toda a parte, o peso da sua censura pela adopção do
politicamente correcto – não há liberdade de informação, apenas pequenos
relatos que não comprometem o seu domínio e que servem os seus propósitos, o
que torna os jornalistas em desastradas marionetas, que acabam por omitir o que
interessa e fazer eco do que não devem, criando inúmeras vezes obstáculos à
pouca justiça que vamos tendo e comprometendo as investigações policiais. Assim
sucedeu mais uma vez hoje, quando um matutino português adiantou ser a
peritagem do automóvel dos “meninos” iraquianos de grande importância para as
investigações, indivíduos suspeitos do crime de homicídio na sua forma tentada.
Não estará a notícia a alertá-los para a eliminação de indícios?
HOJE É DIA MUNDIAL DO CÃO
Hoje, dia 26 de Agosto,
celebra-se o Dia Mundial do Cão, data em que se pretende despertar a opinião
pública para os cuidados a haver com este animal que nos acompanha há milénios,
o que não impedirá que continue a ser desrespeitado, maltratado, explorado,
abandonado, transformado em cobaia, abatido sem agravo e morto em combate, o
que faz deste dia um “ dog memorial day”. Como sucede com todas as efemérides, que
são por norma aproveitadas para outros fins, os fabricantes de comida e de
acessórios para cães associar-se-ão à celebração, os canicultores divulgarão as
suas ninhadas, alguns veterinários subirão à ribalta, uns quantos proprietários
caninos dirão de sua justiça e os alguns centros de acolhimento para cães virão
a ser objecto de reportagem. Nada disto irá impedir a má nutrição a que os cães
se encontram sujeitos, a privação do seu exercício e excursão diárias, o
isolamento a que são votados, os atentados ao seu bem-estar, a sua castração e
a sua morte nos canis terminais municipais.
Quantos teriam sido
abatidos hoje? Diante disto, hoje é um dia de vaidade e vergonha, vaidade para
quem se serve do dia e vergonha para quem o ignora. Feliz é o meu Pastor Alemão
“Black”, que coabita comigo, raramente está só, é meu cúmplice, come ração
apropriada, merece toda a atenção, é alvo do meu carinho, é escovado todos os
dias, está desparasitado e tem as vacinas em dia, sai diariamente três vezes à
rua e é a minha sombra. Ele não sabe que dia é hoje nem aquilo que se comemora,
mas sabe que sempre poderá contar comigo.
Parabéns a todos os “Blacks”
deste mundo, aos afortunados e aos desafortunados, aos amados e aos desleixados,
aos que dão a vida por nós e que pouco ou nada exigem em troca. Eles não
precisam de orações, evocações ou medalhas, exigem apenas amor e respeito sendo por vezes mais tolerantes
connosco do que somos com eles. Obrigado companheiros!
ÓDIO E MORTE EM JACKSONVILLE
Jacksonville é a cidade
mais populosa do Estado da Florida/USA, uma metrópole que congrega brancos e
negros, ricos e pobres. Quando nos lembramos dela vêm-nos à memória os
lamentáveis acontecimentos de 27 de Agosto de 1960, quando um grupo de homens
brancos, alguns do Klu Klux Klan, munidos de bastões de baseball e cabos de
machados decidiram “pôr na ordem” alguns negros que se manifestavam contra a segregação
racial de que eram alvo. Do incidente resultaram 50 feridos e 62 presos.
Jacksonville retorna mais uma vez aos jornais internacionais por um mau motivo:
pela morte de um idoso com 83 anos de idade, que foi comido vivo pelos cães de
um vizinho, quando saiu à rua para despejar o lixo. Os cães furaram a cerca,
apanharam-no fora e rebocaram-no para dentro do seu reduto, vindo a ser
encontrado irreconhecível e com os seus restos mutilados. O dono dos cães (na foto
acima) disse que a vítima devia tê-los provocado e que os animais (na foto
abaixo) haviam sido preparados para defender a propriedade (matilha funcional).
Pela natureza do bairro
onde tudo se passou e considerando a singeleza da propriedade a defender, vale
a pena perguntar: o que teria aquele cidadão de tão precioso para guardar, ao
ponto de se ataviar de dois Rottweilers, um Pitbull e um molosso gigante? Seria
a própria vida? Temeria a polícia ou as acções de meliantes, toxicodependentes e/ou de narcotraficantes? Não sabemos, tudo é
possível! De qualquer modo é preciso muito ódio ou muita insegurança para manter
uma matilha destas - altamente volátil e letal. E como há por cá gente que
manifesta igual instabilidade e despropósito, o que é aqui uma insanidade, para
que não sucedam crimes ou acidentes destes, convém atentar para o constante no Art.º 12 da
Lei Nº 46/2013.
AS CASAS VÃO ABAIXO MAS ELES NÃO ABANDONAM OS ESCOMBROS!
Ninguém pode ficar
insensível à tragédia vivida pelas gentes do Centro de Itália, fustigadas por
um violento terramoto que já teve 900 réplicas e que deixou em escombros as
regiões e localidades de Amatrice, Accumoli, Pescara del Tronto e Arquata del
Tronto, que já fez 267 vítimas confirmadas e 400 feridos (os números não param
de aumentar). Há por lá muita gente que perdeu quase tudo: família, amigos,
animais, casas e bens, o que levou o Governo Italiano a decretar o Estado de Emergência
naquela área.
No meio daqueles
escombros, onde trabalham sem cessar milhares de socorristas, apostados em
salvar os vivos soterrados, valer aos feridos e proceder à extracção dos
cadáveres, labutam 30 binómios de resgate e salvamento, oriundos de diferentes
países mas com idêntico propósito, elevando-se as silhuetas caninas sobre os
amontoados de ruínas. Afortunadamente muitos deles têm sido bem-sucedidos e
detectado vários sobreviventes, tornando-se assim indispensáveis à busca e
salvamento daquelas gentes.
Atendendo à urgência e necessidade
de tal serviço canino, nenhuma escola canina poderá dispensar a pistagem do seu
currículo, como não deverá dispensá-la pelos vínculos afectivos que adiantam a
cumplicidade entre donos e cães. Sabemos que a prática da pistagem não poderá limitar-se exclusivamente à extensão do perímetro escolar, que obriga à saída para outros ecossistemas na
procura de diferentes simulacros, ainda mais por cá, onde as pistas só oferecem
trabalho ao nível do solo, desprezando o aéreo e o subterrâneo, sendo por isso
precárias e mal-amanhadas!
No meio da calamidade que
se abateu sobre o Centro de Itália, dos imensos dramas que tem evidenciado e
dos actos heróicos de muitos, a história do “Bravo”, um molosso branco que
ficou só no meio do seu lar em escombros e que acabou também resgatado, sensibiliza
qualquer um pela sua lealdade, porque na ausência dos seus donos hospitalizados,
resistiu à invasão pelos socorristas do território que foi confiado, mesmo com
a casa deitada abaixo, aturdido e ferido, não abandonou os seus escombros e
serviço, segundo faz saber o jornal italiano “La Stampa” (viria a ser resgatado
por um militar que o socorreu).
Como temos seguido com
atenção as reportagens televisivas que nos chegam, pudemos reparar na presença
de um Pastor Alemão Azul de pêlo comprido entre os cães de resgate e
salvamento, pormenor que interessa salientar para os criadores desta raça germânica.
O beneficiamento lobeiro-negro é aquele que mais cães de pistagem dá, porque a
excelente máquina sensorial e disponibilidade do primeiro optimizam-se pelo
sagacidade do segundo, desde que os exemplares em questão sejam portadores
dessas características. Uma linha pura de lobeiros é menos cúmplice e mais autónoma,
sucedendo exactamente o contrário numa linha pura de negros (há que saber
beneficiar para se alcançar o resultado esperado). O beneficiamento entre lobeiros e preto-afogueados tende a produzir indivíduos próximos da protodominância, de comportamento mais lobeiro do que preto-afogueado. Daqui enviamos a nossa
solidariedade para os italianos em geral e em particular para os que são nossos
leitores, acompanhada do desejo de que tudo volte à normalidade e que os trabalhos
de reconstrução aconteçam o mais cedo possível. Viva l'Italia, l'Italia per
sempre!
quarta-feira, 24 de agosto de 2016
OLHA OS PASSARÕES!
Vimos a entrevista dada à
SIC pelos “meninos” do Embaixador do Iraque e não esperávamos outra coisa,
sabíamos que levariam a lição estudada e expuseram-na muito bem, quiçá por
terem sido bem aconselhados e terem tido o tempo necessário para a apresentarem
convenientemente, uma encenação perfeita, de dedos cruzados em oração e aquela de
vestir o casaquinho foi de morte! Não vamos aqui denunciar todas as
contradições do que fizeram saber, porque não queremos dar-lhes vantagem e
dificultar o trabalho dos investigadores judiciais.
Ficámos espantados que
aqueles “meninos”, de um país muçulmano, andassem pelas tascas a emborrachar-se,
particularmente em bares que sabiam ser mal frequentados. Não conseguimos
compreender porque deixaram a sua vítima inanimada no meio da rua e muito menos
acreditamos na sinceridade das suas orações. Se não fugiram é porque não têm
razões para isso, apesar de dizerem que muita gente lhes quer mal e que foram
vítimas de islamofobia. Provavelmente o papá já contratou um daqueles
advogados caros da nossa praça, acostumados a defender com sucesso os casos
perdidos. Temos alguma curiosidade, caso assim suceda, em saber qual será, pois
temos em mente o nome de meia-dúzia deles. Como nada do que disseram nos
convenceu (será que convenceu alguém?), esperamos que eles e o seu paizinho
sejam declarados personas non gratas, saiam daqui para fora quanto antes e nunca
mais cá voltem e, que uma vez chegados ao Iraque, mandem saudades que é coisa
que aqui não deixam! A coisa pode não ser fácil caso os dinheiros da Fundação
Gulbenkian estejam em jogo.
É por causa de meninos
rabinos como estes, a quem tudo é consentido, que os “Trumps” se agigantam e
trazem à tona velhas e desnecessárias trampas, ao serem embaixadores do demo e
credenciados pelo raio que os parta. Caso os “meninos” venham a ser declarados
inocentes, pagaremos com a tolerância o mal que nos fazem, política de triste e
má memória da qual se queixam os franceses hoje em dia. O que se passou foi um
acto isolado, mas se os "meninos" tivessem uma bomba à sua disposição não a
rebentariam em Ponte de Sor, aconselhados pelo álcool e pelas picardias
próprias da adolescência? Melhor é combater desde logo o terrorismo que endereçar as condolências
aos familiares das vítimas.
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