Segundo notícia do
tablóide britânico “Daily Star Sunday”, um Pastor Alemão, que se julga ter sido
treinado pelo exército norte-americano, acabou por valer a um comboio de
soldados SAS no Iraque, quando estes retornavam dum programa de 10 dias de treino
às “Forças Peshmerga” (combatentes da região autónoma do Curdistão iraquiano),
ao serem emboscados por 50 terroristas do ISIS (Estado Islâmico), que os
cercaram e detiveram debaixo do fogo de duas metralhadoras, acabando por
destruir uma viatura daquelas tropas especiais britânicas. Ao que consta e daí os
rasgados elogios ao animal, o Pastor Alemão, que se julga ter agido por ordem
dum soldado norte-americano, avançou sobre os jihadistas, atacando um
terrorista na cara e no pescoço e outro nos braços e nas pernas, fazendo-os
debandar em alta gritaria, acção que foi decisiva para o levantamento daquele
inesperado cerco.
A SAS (Special Air
Service) é uma força especial das Forças Armadas Britânicas, fundada em 1941
pelo Tenente escocês David Stirling, durante a II Guerra Mundial no Norte de
África. A escolha do seu nome serviu para confundir o exército alemão,
nomeadamente o “Deutsches Afrikakorps” (DAK), levando-o a pensar que os britânicos
tinham tropas pára-quedistas no Cairo. Hoje a SAS é considerada unanimemente
como a melhor força antiterrorista, desenvolvendo com êxito missões nos mais
variados anfiteatros operacionais e em ambientes confinados, ganhando fama de
invencível e formando forças idênticas em vários países do Ocidente.
Destacam-se das suas inovações tácticas as seguintes: “Close Quarters Combat”
(combate em ambientes confinados contra acções terroristas), Conceito de guerra
não convencional aplicado à condução das “Operações Especiais” e o Conceito de Operações
de Patrulha e Reconhecimento de Longo Alcance, em que um destacamento de forças
especiais ataca e movimenta-se dentro do território inimigo estendendo o
combate durante quilómetros e com uma duração de várias semanas. O seu lema é: “Who
Dares Wins” (quem ousa vence).
Na ocasião descrita
no 1º parágrafo deste texto, a sua vitória ficou a dever-se à valentia do
Pastor Alemão, que debaixo de fogo e baleado, não hesitou em cair sobre o
inimigo pondo-o em fuga. Não deixa de ser um contra-senso, numa altura em que
as pessoas estão mais despertas e apostadas nos direitos dos animais,
sensibilidade que tem levantado um conjunto de leis por toda a parte, que os
cães continuem a ser mandados para a guerra, donde muitos não voltarão e outros
regressarão incapacitados (por nossa vontade já não andaria por lá nenhum, apesar de reconhecermos a sua utilidade e necessidade). Se
é verdade que “há males que vêm por bem”, então os cães mutilados pela guerra
acabam por ajudar outros com a mesma deficiência e que não entraram em nenhum
conflito bélico, mediante a inovação e fabrico de novas próteses ortopédicas,
que doutro modo tardariam em chegar.
Esta
história teve um final feliz, homens e cão escaparam-se de boa mas nem todos os
dias são assim! Oxalá todos regressem a suas casas sãos e salvos, porque lutam
por todos nós, pela paz universal, pela liberdade e pela dignidade humana,
contra assassinos que não respeitam nenhum destes princípios e que intentam amedrontar-nos.
Força rapazes, dá-lhes cão!”
PS:
“GSD” é a sigla em inglês para German Shepherd Dog (Cão de Pastor Alemão)
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