A “Freya” é uma cadela com
seis anos de idade, cruzada de Staffordshire com Bull Terrier, que se encontra
aos cuidados do Animal Rescue Freshfields em Liverpool e que foi resgatada das
ruas aos 6 meses de idade. Mantém o título de “Britain’s Loneliest Dog” (o cão
mais solitário da Grã-Bretanha) porque já foi rejeitada por 18720 pessoas que
poderiam adoptá-la. Segundo se consta, é um animal delicado, meigo e
interactivo que adora festas. Como sofre de epilepsia, doença que requer alguns
cuidados (medicação e análises), é possível que não venha a ser destronada para
breve do título que a acompanha. E mesmo que não padecesse da doença, o facto
de ser cruzada de Staffordshire não lhe é nada abonatório, uma vez que nas
Ilhas Britânicas tal raça tem vitimado crianças e adultos, por ser muito
popular, de grande potência de mordedura e o controlo dos seus proprietários
não ser o desejável. Não obstante, quantas “Freyas” haverá em Portugal e no
Mundo, animais que ninguém quer resgatar e que acabam para sempre nos canis de
acolhimento? Por certo também haverá em terras lusas um recordista destes,
provavelmente um cão pouco apelativo e doente que infelizmente nunca virá a ser
adoptado. Diante duma notícia destas, depressa se percebe que o amor e a
caridade dos povos não é genuíno nem autêntico, que ninguém está para ter
trabalhos, que a maioria das gentes prefere ser servida que servir, que a cinofilia
não é incondicional, que o amor pelos cães tem limites e anda pleno de
vaidades e interesses. E se fizéssemos isso só com os cães… não viria ao mundo grande
mal!
quinta-feira, 26 de maio de 2016
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