Todos estamos lembrados do
filme americano de ficção científica “RoboCop”, realizado em 1987 por Paul
Verhoeven e escrito por Edward Neumeier e Michael Miner, cujo personagem
principal era um ciborgue, um polícia meio humano, meio máquina (Murphy), obra
que se tornou num êxito de bilheteira, foi replicada e também transformada em
banda desenhada.
A robótica veio mesmo para
ficar, passou da ficção para a realidade, a criação de vida artificial está a
acontecer, já se conseguem juntar células humanas a artificiais, pôr células
cerebrais humanas a conversar com um chip e dotar deficientes de membros artificiais
“inteligentes”. Estes avanços tecnológicos chegaram também à veterinária e a
qualidade de vida dos cães já está a tirar benefícios disso, como aconteceu com
o Robbie, um Pastor
de Shetland, com 11 anos de idade, propriedade da Professora aposentada Sharman
Steel, em vias de ser abatido por não se conseguir movimentar e levantar devido
a problemas nos seus membros posteriores.
Graças ao implante de duas
órteses revolucionárias, que lhe devolveram as funções esqueléticas e neuromusculares, que custaram cerca de 2 600€, o Robbie anda agora feliz e contente, sem
dores e por toda a parte, benefícios que não fazem a sua dona chorar pelo
dinheiro gasto ao vê-lo assim. Julga-se ser este o primeiro Robo-Dog da Grã-Bretanha
e breve outros se seguirão, sendo possível imaginar a futura formação de “RoboCops”
caninos, já que a procura do super-cão continua de pé e a inteligência
artificial em franco desenvolvimento.
Diante deste panorama e
perante tamanho avanço tecnológico, não nos custa acreditar que futuramente os
cães com problemas comportamentais venham a ser alvo de um chip capaz de apaziguar
os seus exageros e proceder à sua coabitação harmoniosa. E se isso vier a
acontecer, o que é mais do que certo (se para tanto o mundo durar), a exemplo das
transições “ferreiro-serralheiro” e “capador-veterinário”, os adestradores do
futuro passarão a ser técnicos ou engenheiros electrónicos: peritos em
robótica. Não tememos o futuro mas não nos agradaria que o mesmo viesse a
suceder com os humanos, que às múltiplas carneiradas viessem a suceder os autómatos.
Para a história fica o Robbie, o primeiro Robo-dog em Terras de Sua Majestade!
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