Quanto mais conheço do
mundo muçulmano menos quero conhecer. Para a próxima vez, esperam-se mais e piores: o Xeque
Saleh Bin Fawzan Al-Fazwan, um clérigo saudita e membro do Conselho Escolar
para As Pessoas Idosas, servindo-se da televisão, relembrou ser proibido ao
crentes tirar fotografias com gatos e com outros animais, considerando tal acto
anti-islâmico e pró-ocidental. E como proibições
por ali não faltam, também o Xadrez está proibido por induzir ao vício do jogo.
Eu não entendo nada de
religião e de teologia, mas parece-me que é melhor ser cristão que muçulmano,
apesar de não ser praticante de nenhuma das religiões, porque a essência do
cristianismo baseia-se num Deus que morreu por todos e a do islamismo parece
ser a dum deus que nos quer matar a todos (não sei o que diria o Zé Saramago se
houvesse nascido no mundo muçulmano, provavelmente diria das boas, ou não!). E
depois, a praxis cristã baseia-se no perdão e no amor ao próximo, ainda que nem
sempre tenha sido assim, e a do islão no “olho por olho; dente por dente”, no
exercício de castigos e de execuções, que infelizmente para as mulheres podem
ser à pedrada, diferenças que me tornam feliz e orgulhoso de ser quem sou: português,
europeu e ocidental.
Dizem, vendem-nos tanta
coisa, que a Arábia Saudita é aliada do Mundo Ocidental, só se for por
conveniência política, porque os seus cidadãos não gozam da mesma liberdade que
eu gozo e vêem-se sujeitos a obrigações que eu e você jamais aceitaríamos. Esta
aliada e aliança chocam com a minha ética, ao ponto de me julgar também
responsável e subsidiário daquela monarquia despótica e esclavagista que serve
de exemplo a outras de pior calibre, sejam elas monarquias ou repúblicas,
instigando-as aos mesmos crimes contra os seus cidadãos e à revelia dos
Direitos Humanos.
Com aliados assim mais
vale que se declarem inimigos, decisão que não lhes convém por enquanto e que
mais nos obriga à procura de energias alternativas ao petróleo, em prole da
humanidade e dos desgraçados que vivem debaixo da sua tirania, homens e
mulheres como eu que tiveram a má sorte de nascer no lugar errado. E se tudo
isto não é uma farsa, digam-me que estou errado: não se podem tirar fotografias
ao lado de animais mas podem filmar-se bárbaras e públicas execuções!
O que não será crime
naquelas paragens? Quem serão os verdadeiros criminosos? Acerca deste assunto
vem-me à memória a frase já gasta de Charlie Chaplin: “Quem mata um homem é
chamado de assassino, quem mata milhares é chamado de herói”. Resta-nos ser
solidários com o povo saudita e com outros sujeitos ao mesmo martírio, a quem
enviamos uma mensagem de esperança, para que a Lua Crescente ceda finalmente
lugar ao Sol, até porque ninguém pode viver eternamente nas trevas.
Sem comentários:
Enviar um comentário