quinta-feira, 20 de julho de 2023

YORKSHIRE DEFENESTRADO EM POMPONNE

 

A malucos e bêbados raramente lhes dá para baterem com a cabeça nas paredes, mas muitos deles não se coíbem de agredir pessoas e animais, sendo os últimos normalmente agredidos por raiva, como vingança ou simplesmente por estarem no sítio e hora errados. A polícia de Seine-et-Marne foi chamada a intervir na localidade francesa de Pomponne na madrugada de ontem, quarta-feira, após ter sido contactada por um cinquentenário, homem que teria, num ataque de raiva, atirado o seu pequeno cão pela janela segundo revelou o jornal regional La Marne. Embriagado na ocasião, o homem de 55 anos alertou a polícia por volta das 03 horas da madrugada. Quando esta chegou ao local deparou-se com o sujeito a transportar ao colo um pequeno Yorkshire com 10 anos de idade. Um vizinho, que também chamou a polícia, disse que ouviu o suspeito a gritar antes de defenestrar o Yorkshire da janela do 1ºandar.

Notoriamente ferido, mormente nos quartos traseiros, o Yorkshire foi entregue a uma associação local que o encaminhou para um veterinário. Lamentavelmente, o pequeno terrier não sobreviveu às suas feridas e sucumbiu algumas horas depois. O suspeito tinha ainda em casa mais dois Yorkshires que acabaram por ser-lhe confiscados e entregues a um abrigo de animais. Uma vizinha que presenciou os factos, disse que os animais ainda não tinham saído à rua. Depois de insultar e agredir a polícia, o cinquentenário foi preso e colocado numa cela de sobriedade (para curar a bebedeira), sob custódia policial, que o Ministério Público de Meaux estender até ao dia de hoje, quinta-feira, dia 20 de Julho. Provavelmente virá a ser processado por actos de crueldade ou de abuso grave a um animal doméstico, crimes puníveis com 3 anos de prisão e uma multa de 45.000 euros, ou ainda com 5 anos de prisão e uma multa de 75.000 euros em caso de morte do animal.

PS. Se tiver dinheiro para arranjar um bom advogado dificilmente será preso e a multa não lhe causará grande rombo nas finanças, mas se precisar de trabalhar para comer, para além da pena de prisão, chorará o montante da multa aplicada e nunca mais ousará perpetrar uma “proeza” igual (o que seria bom). Independentemente do seu estatuto social, o cinquentenário merece ser condenado. Não o será se alguém jurar que é inimputável ou que foi vítima de um ataque de insanidade passageira motivado pela embriaguez. Não deveria o valor das multas ser proporcional à riqueza de cada um para que todos sentissem de igual modo o preço das suas transgressões? 75.000 euros para muitos é uma fortuna e para alguns é quase nada!

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