As
altas temperaturas; as queimaduras; as espiguetas; as picadas de insectos (abelhas,
vespas e vespões) e alforrecas, assim como as algas tóxicas, formam um pentatlo
de perigos para o seu cão no verão, que muitas vezes são desconsiderados, quase
esquecidos, pelos donos, mercê do relaxamento que a estação oferece. O primeiro
desses perigos vem das altas temperaturas que se fazem sentir, capazes de
induzir os cães à desidratação. Para que isso não suceda importa garantir o
refrescamento constante dos animais, renovando a água dos seus bebedouros e
incentivando-os à procura da sombra. Debaixo da mesma preocupação, as longas caminhadas
nas horas mais quentes da tarde não deverão ser empreendidas, devendo ser transferidas
para o início da manhã e/ou para a noite.
No
verão há que ter um especial cuidado com as possíveis queimaduras dos cães,
tanto as resultantes dos barbecues que realizamos como os provocados pelos
pisos quentes nas almofadas dos cães. Nestes casos há que afastar os cães dos
grelhadores e não os sujeitar a caminhar sobre pisos e pavimentos muito quentes,
nomeadamente de cimento e alcatrão. Para proteger as almofadas dos cães já
existem produtos “bronzeadores” para protegê-las, que tanto poderão ser
pulverizados como aplicados em pomada duas vezes por semana (consulte o seu
veterinário).
As
espiguetas são espigas secas menores que uma espiga de trigo, que podem ser
perigosas para os cães quando ficam presas no pêlo. Elam podem alojar-se nas
suas cavidades respiratórias, nasais ou orais e causar ali abscessos. Perante
um comportamento anormal do seu cão, caracterizado pela tendência m espirrar,
sacudir a cabeça, sangrar pelo nariz e ter os olhos vermelhos, inchados ou
lacrimejantes, é necessário procurar de imediato um serviço de emergência
veterinária, já que isso pode ser sinal da presença de espiguetas no corpo do
seu cão! Mas, se você conseguir encontrar essas espigas no pêlo do seu cão, poderá
removê-las delicadamente para que não se partam. Para espiguetas alojadas nas
orelhas, tenha o maior cuidado para não introduzir nelas produtos ou
instrumentos" que possam aleijar o seu animal de estimação (será sempre
melhor ir ao veterinário, particularmente se não tiver experiência prévia nesse
trabalho).
Se
o seu cão for picado por uma abelha, vespa ou vespão neste verão, saiba que ele
pode contrair uma reacção alérgica grave e fatal. Porém, não entre em pânico e reaja
rapidamente para evitar o pior para o animal através de acções simples como tirar
o ferrão e desinfectar a ferida ou ir ao veterinário com urgência no caso de uma
reacção alérgica grave. Os cães não estão livres no verão de virem a ser picados
por alforrecas na água ou na beira da praia, quando encalhadas e despertando o
seu interesse. Os cães têm apenas um desejo: brincar com elas! No entanto,
podem picá-los e causar “uma reacção cutânea (vermelhão) ou mesmo um edema.
Nesta situação deverá “enxaguar a zona afectada com água do mar e não com água
doce”, mas nunca a esfregar. O objetivo é retirar os filamentos ainda presentes
com muita delicadeza e depois enxaguar novamente a área. Como nos casos anteriores,
o melhor que há a fazer é ir ao veterinário para acompanhar a evolução da
picada.
Muito
presentes em algumas praias durante o verão, que normalmente acabam interditas
ao público pelas entidades sanitárias, as algas contêm bactérias que podem ser
tóxicas para o seu cão. Mesmo que ele faça menção ou manifeste o desejo de se
embrenhar nas algas, não o deixe aproximar ou espojar nos seus tapetes. Estas
algas estão também presentes em lençóis de água doce e são igualmente
perigosas, sendo comuns em águas paradas, rios estagnados e também em algumas lagoas, lagos e charcos.
Como ser dono de um cão é ser-se primeiramente responsável pelo seu bem-estar e sobrevivência, não ignore os perigos e inimigos do seu cão, aposte seriamente na sua protecção, afaste-o dos perigos e adiante-lhe subsídios de autodefesa – seja um líder capaz!
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